O Quinto Elemento

Crítica – O Quinto Elemento

(Antes de começar a falar do Festival do Rio, posso falar de um filme que revi outro dia?)

Há tempos heu queria rever este divertido filme de Luc Besson, de 1997. Aproveitei o blu-ray gringo com legendas em português…

Século 23. Uma ameaça maligna se aproxima da Terra. A única esperança é o Quinto Elemento, que vem ao nosso planeta a cada 500 anos para proteger a raça humana, trazido pelos Mondoshawans. Mas o cruel Jean-Baptiste Emanuel Zorg, com a ajuda dos malvados Mangalores, quer atrapalhar a chegada do Quinto Elemento.

O Quinto Elemento (The Fifth Element, no original) é um daqueles felizes casos onde tudo dá certo. Luc Besson, que escreveu a história quando ainda estava na escola, conseguiu um equilíbrio perfeito entre a ficção científica, a ação e a comédia. Aliás, não se trata exatamente de uma comédia, mas o clima de galhofa rola durante toda a projeção – acho que a melhor coisa de O Quinto Elemento é que em momento nenhum o filme se leva a sério. (E isso porque não estou falando da quantidade incontável de referências à saga Guerra nas Estrelas, além de outras grandes produções da ficção científica…)

O visual do filme é impressionante. Os figurinos são de Jean-Paul Gaultier, e boa parte dos cenários e veículos foram desenhados pelos quadrinistas franceses Moebius e Mézières. Os efeitos especiais foram caríssimos, custaram 80 milhões de dólares – o maior orçamento para efeitos da história até então. Na época do lançamento, O Quinto Elemento era o filme mais caro produzido fora de Hollywood – nem tem cara de filme francês!

Luc Besson estava em ascensão – este filme veio depois de Imensidão Azul (1988), Nikita (90) e O Profissional (94). Em seguida ele dirigiria o fraco Joana D’Arc, e depois ficaria um tempo sem dirigir, só produzindo e escrevendo roteiros. Podemos dizer que O Quinto Elemento foi um grande marco em sua carreira.

O elenco é outro destaque. Bruce Willis faz o de sempre, mas faz bem feito; Milla Jovovich, ainda pouco conhecida, está ótima como a maluquinha Leeloominaï Lekatariba Lamina-Tchaï Ekbat De Sebat; Gary Oldman faz um vilão excelente, à beira da caricatura; Chris Tucker está perfeito com sua exageradíssimo mistura de Prince com Lenny Kravitz. Ainda no elenco, Ian Holm, Luke Perry, Brion James e Mathieu Kassovitz.

(Detalhe curioso: a língua falada por Leeloo foi inventada por Besson e praticada entre ele e Milla. Diz a lenda que no fim do filme eles já dialogavam nessa língua…)

Heu já era fã do filme, e depois de rever continuei fã. Recomendado para quem não viu!

Babylon A.D.

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Babylon A.D.

No futuro, um mercenário é contratado pra levar uma menina misteriosa de um convento na Rússia até a América. Dirigido por Mathieu Kassovitz e com Vin Diesel e Michelle Yeoh nos papéis principais e ainda contando com a presença de Gerard Depardieu e Charlotte Rampling em “pontas de luxo”, esse filme realmente prometia.

Prometia, com o verbo conjugado no passado. Kassovitz brigou com o estúdio e se desligou do projeto antes do lançamento do filme. O estúdio cortou 70 minutos (!), pra chegar a uma versão comercial de pouco mais de uma hora e meia.

É uma pena, porque o filme começa muito bem.  Mas acaba de maneira abrupta, e vemos como uma briga entre diretor e produtor pode atrapalhar um projeto…

Vin Diesel encontrou um prsonagem que é a sua cara com o mercenário Toorop. E Michelle Yeoh também está bem como a freira Rebeka, que toma conta de Aurora, a jovem a ser protegida. Melanie Thierry, que faz Aurora, é que às vezes parece um pouco exagerada. Mas nada que atrapalhe muito.

Ao longo do filme descobrimos que existe um grande plano religioso por trás do mistério de Aurora. Sim, lembra um pouco O Quinto Elemento, de Luc Besson, mas aqui existem mentes manipuladoras por trás da história. A trama é interessante. Infelizmente, mal resolvida…

Kassovitz recomendou a todos: “não vejam o filme!”. Mas acho que pode ser visto sim. É só não esperarmos uma obra prima.

E tomara que apareça em breve um “director’s cut”!