Sinopse (imdb): Após anos aprisionado, Morpheus, o Rei dos Sonhos, embarca em uma jornada entre mundos para recuperar o que lhe foi roubado e restaurar seu poder.
Gostei de Sandman, mas algumas coisas me incomodaram. Vou primeiro falar das coisas boas, depois falo mal.
Sei que Sandman é uma das graphic novelas mais famosas de todos os tempos, mas nunca li. Meus comentários serão apenas em cima da obra audiovisual – lembrando que uma boa adaptação serve tanto para os iniciados quanto para aqueles que nunca ouviram falar da obra.
O visual é bem legal. Talvez fosse ainda melhor se os sonhos pirassem um pouco mais (pelo menos os meus sonhos são bem mais malucos, e pessoas e lugares mudam num piscar de olhos). Mas a HQ deve ser assim, então ok, a gente aceita do jeito que foi apresentado. Pelo menos temos várias cenas onde daria pra pausar e fazer belos quadros.
A história começa apresentando o protagonista Dream, que é um personagem poderoso que é capturado por um zé mané qualquer – a série deixa claro que o cara não era importante. Mas ok, ele é capturado e roubam três coisas importantes dele. Quando ele consegue escapar, ele vai atrás dos seus três objetos, e aí a história acaba. E ainda estamos no quinto episódio de uma série de dez (ou onze). E se a série já era lenta nessa primeira metade, depois fica ainda mais lenta.
Ouvi comentários sobre o sexto episódio ser o melhor da série. O sexto é bom sim (a série cai a partir do sétimo), mas preferi o quinto, o do restaurante. Se a série mantivesse o ritmo e o clima daquele episódio, seria outra série, muito melhor!
A série foi lançada como se tivesse dez episódios. Mas depois de alguns dias, lançaram um episódio extra, com duas historinhas independentes. Melhor do que os episódios sete a dez, mas mesmo assim, foi bem fuén.
Vamos para a parte ruim? Sandman, como quase todo produto audiovisual, tem altos e baixos. Agora, tem 3 pontos que foram bem ruins, e preciso falar aqui:
– O ator principal, Tom Sturridge, é muito ruim. Não sei se a culpa é dele ou se teve alguma falha na direção de atores. Mas ele passa a série inteira fazendo biquinho com a boca. Dez episódios com o cara fazendo a mesma cara. Talvez isso funcione numa HQ, onde o personagem é estático. Mas uma adaptação é necessária quando sai de uma página de revista e vira uma tela de tv / cinema.
– Achei a personagem da Gwendoline Christie, Lúcifer Morningstar, uma personagem muito ruim. Todo mundo lembra dela como a Brienne de Game of Thrones, mas acho que ela estava melhor como a Capitã Phasma de Star Wars, onde ela pouco aparece e não dá pra ver como ela é limitada como atriz. E aquele duelo foi péssimo. Ninguém viu A Espada era a Lei? A Madame Min vira um dragão, o Merlin vira um micróbio! A gente já viu isso antes!
– São dez episódios (que viraram onze). Os seis primeiros são bons e contam uma história. Essa história acaba, a temporada deveria acabar junto, mas resolveram contar outra história. E essa nova história é bem inferior, e os quatro últimos episódios são muito mais fracos. Tem cenas que são arrastaaaadas… E o episódio extra não é ruim, mas é bem fuén.
Sei que tem gente que ficou incomodada com John Constantine virar Johanna Constantine. Mas, não li as HQs, isso não me incomodou. A atriz Jenna Coleman mandou bem.
Também tem gente reclamando dos números musicais do John Cameron Mitchel (Hedwig). Concordo que foi muita coisa, mas não me incomodou.
A HQ tem muito mais material além do que foi mostrado aqui, então devemos ter outras temporadas. Será que vão ser como a primeira parte, ou como a segunda?