Battlestar Galactica: Blood and Chrome

Crítica – Battlestar Galactica: Blood and Chrome

Alvíssaras! Battlestar Galactica está de volta!

Estamos no décimo ano da primeira guerra contra os cylons, cerca de 40 anos antes do BSG de 2004. O cadete William Adama, cabeça quente, rebelde e recém formado na Academia, é designado para servir a bordo da nave de combate Galactica.

Em 2009 tivemos outro prequel, Caprica, que mostrava a origem dos cylons. Caprica teve só uma temporada, de 18 episódios, e decepcionou os fãs – os últimos dez minutos do episódio final são sensacionais, mas o resto da série foi devagar demais. O ideal seria alguém editar os episódios em uma minissérie de duas ou três horas, aí Caprica valeria a pena…

O novo Battlestar Galactica: Blood and Chrome tem um formato incomum. Era pra ser o piloto de uma série do canal Syfy, mas a série foi cancelada por causa do alto custo dos efeitos especiais. Resolveram então fazer um telefilme, que foi dividido em 10 webisódios, de 10 a 12 minutos cada, exibidos pelo site Machinima – os dois primeiros saíram na sexta passada. No início do ano que vem, o filme será exibido na televisão americana pelo próprio Syfy, e o blu-ray tem o lançamento previsto para 19 de fevereiro (já está em pré-venda pela Amazon). O Syfy ainda não descarta sua produção como série, embora isto dependa da receptividade dos webisódios, da transmissão na TV e da venda dos blu-rays.

E qual foi o resultado?

Bem, ainda não dá pra falar muito, já que até agora só temos dois episódios de 12 minutos cada. Mas o início foi muito bom – a sequência inicial é uma batalha espacial de tirar o fôlego, que não fica devendo nada à série antiga. E, ao fim do segundo episódio, a expectativa é grande para o que vem por aí. Mas… Infelizmente, tenho que admitir que ver um filme assim, em doses homeopáticas, não é a melhor opção. Quando começa a “esquentar”, acaba…

Mesmo assim, contarei os dias para cada novo webisódio. Não é todo dia que temos material inédito de BSG, e material de qualidade – se os efeitos especiais sofreram algum corte de orçamento, não foi nada que ficasse visível, os efeitos são muito bons.

No elenco, ninguém conhecido – Edward James Olmos, o Adama original, já era um nome famoso antes de BSGCaprica trazia dois nomes “médios”, Eric Stoltz e Esai Morales. Battlestar Galactica: Blood and Chrome conta com Luke Pasqualino, Ben Cotton, Lili Bordan, Jill Teed, Adrian Holmes e Carmen Moore.

Agora, resta esperar os outros oito episódios, e depois comprar o blu-ray. Heu apoio a volta de BSG!

So say we all!

 

Galactica, Astronave de Combate (1978)

Galactica, Astronave de Combate (1978)

Desde que acabei de ver a série BSG, de 2004, tenho vontade de rever a série original do fim dos anos 70, também criada por Glen A. Larson. Comprei o dvd com “o filme que deu origem à série” e voltei a uma história que acompanhou parte da minha infância!

Depois de muitos anos de guerra com os cilônios, os humanos estão prestes a conseguir a sonhada paz. Mas mal sabem eles que a trégua proposta pelos cilônios é uma farsa, e o objetivos dos inimigos metálicos ainda é o mesmo de antes: exterminar a raça humana. Acuados, os humanos sobreviventes agora procuram um novo lugar, um planeta que eles nem sabem se existe: a Terra.

Na verdade, este filme é composto dos três primeiros episódios da série de 1978, que teve um total de 24 episódios e depois foi cancelada por ser cara demais. Mas, apesar de ser uma produção para a tv, passou nos cinemas como um filme completo – me lembro de ter visto isso, se não me falha a memória, no cinema que tinha no Barrashopping. Depois do filme, a série passou na tv daqui. Era uma das três séries de tv de ficção científica que heu curtia – as outras eram Buck Rogers e Fuga do Século 23 (Logan’s Run no original).

As comparações são inevitáveis. Afinal, a nova BSG é uma das melhores séries da história da tv! Vamos a elas então.

O novo Adama de Edward James Olmos é muito bom, mas o Adama antigo de Lorne Greene também é. O mesmo acontece com Starbuck, uma mulher na na série nova (Katee Sackhoff), mas um homem aqui (Dirk Benedict, que depois foi o Cara de Pau em Esquadrão Classe A). O Apolo antigo era melhor, seu intérprete Richard Hatch inclusive ganhou um papel na série nova (o terrorista Tom Zarek). Por outro lado, o Baltar novo é muito melhor que o antigo – o ator James Callis era uma das melhores coisas da série. Tigh e Boomer novos também são melhores.

(Curiosidades: alguns personagens masculinos viraram mulheres na nova versão. Além de Starbuck, Boomer era um homem negro e virou uma mulher oriental.)

Parágrafo novo para falarmos dos cylons – chamados de cilônios na época. Os cilônios eram legais, grandes, assustadores, com aquela luzinha no olho e voz metálica. Mas os novos são muito melhores! Os novos robôs são melhores, e ainda rolam os cylons em forma de humanos. E isso porque não falei da Tricia Helfer e sua Caprica Six! Covardia…

Gosto muito da trilha sonora da nova versão, mas a trilha orquestrada de Stu Phillips, usada nesta versão antiga, é imbatível. Por outro lado, os efeitos especiais, a cargo do premiado John Dykstra (também produtor), eram muito bons para o fim dos anos 70, os melhores que a tecnologia da época podia oferecer; mas, vistos hoje, “perderam a validade”. Alguns dos efeitos são repetidos, como os caças saindo da Galactica. Aparece a mesma cena várias vezes!

Galactica sofreu um processo movido por George Lucas, pela semelhança com Guerra nas Estrelas, lançado um ano antes. Realmente, o visual é muito parecido, os cilônios lembram os stormtroopers, o líder dos inimigos é o “imperious leader”, nome que remete ao Império, rola até uma “cena da cantina”! Mas isso é só no formato, uma história nada tem a ver com a outra.

Gostei de ter revisto o antigo Galactica, Astronave de Combate depois de ter virado fã do novo BSG. São filmes diferentes, com um quarto de século de diferença entre eles. Mas, essecialmente, ambas as séries falam sobre a mesma coisa: ação, drama, política, religião, tradições, tudo isso embalado em uma boa aventura espacial. E ainda dá pra ouvir o Starbuck de Dirk Benedict soltar um “frak!”, exclamação muito usada na nova série (substituindo um certo palavrão começado pela letra “f”).

Existiu uma segunda tentativa de Galactica depois do cancelamento desta – dois anos depois, surgiu Galactica 1980. Foi um fracasso, quase todos os atores da primeira versão não participaram porque acharam o roteiro fraco, e acabou sendo cancelada após o décimo episódio. Não me lembro se essa passou no Brasil.

O dvd que comprei é importado, acho que não foi lançado aqui. Só através de torrent ou esperando uma reprise da tv a cabo…

(Deu vontade de comprar os dvds da tempoarada completa…)

Caprica – Season Finale

Caprica – Season Finale

E, depois de apenas 18 sonolentos episódios, chegou ao fim a mal aproveitada série Caprica.

Caprica é um spin off de BSG, a trama se passa 58 anos antes dos eventos da série original. Mostra o início da criação dos Cylons, e um dos personagens principais é Joseph Adama, pai do almirante Adama de BSG.

O potencial era grande, mostrar a origem de tudo, mostrar os planetas e culturas das colônias antes da guerra. Mas o ritmo da série era lento demais. Principalmente por ser algo relacionado a BSG, uma série que tinha como uma das principais características o ritmo frenético.

A série não agradou, e foi cancelada. Depois do cancelamento, ainda fizeram alguns episódios e lançaram direto na internet. Heu achei a série tão chata que parei no meio. Até que o meu amigo Marcelo Melo me falou bem do fim do último episódio, e voltei a ver.

Realmente, os últimos dez minutos do episódio final são muito interessantes para os fãs de BSG. Algumas coisas importantes são explicadas, agora a gente entende melhor a motivação dos cylons em BSG. Fica a dica para quem começou e está pensando em desistir: o fim vale a pena!

E o pior é que não dá pra recomendar só o fim da série, porque quem não viu o início não vai entender quem são os personagens e eventos. Acho que o ideal seria alguém eliminar todas as partes monótonas e condensar toda a história em uma minissérie de duas ou três horas.

Tem mais um comentário que quero fazer, mas preciso do aviso de spoilers antes!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

Nada a ver o destino que deram para o jovem William Adama. Pra que aquilo??? Completamente desnecessário!

FIM DOS SPOILERS!

Enfim, nada essencial. Mas quem for fã de BSG vai apreciar o fim da série.

Caprica

Caprica

BSG – Battlestar Galactica foi sem dúvida uma das melhores séries da história da tv. Um de seus méritos é que soube a hora de terminar, durou apenas quatro temporadas e não enrolou seus espectadores. Mas, e agora? O que fazer para os fãs órfãos?

Que tal um spin off?

(Para quem não conhece o termo: spin off é uma série derivada de outra. Assim como antes era só um C.S.I., e depois apareceu C.S.I. Miami, e depois C.S.I. Nova York.)

Assim chegamos a Caprica, spin off de BSG. Como todos que acompanharam BSG sabem, Caprica era uma das doze colônias, justamente o planeta capital, de onde veio o comandante William Adama e a “astronave de combate” Galactica.

Admito que não estou muito por dentro do universo de spin offs das séries. Por exemplo, os dois de C.S.I. são basicamente a mesma coisa do original, mas ambientados em outras cidades (Las Vegas, Miami e Nova York). Outro que acompanhei foi Joey, que mostrava o Joey Tribianni de Friends depois do fim da série.

Caprica segue outro formato. Em vez de termos uma continuação com alguns personagens, a história se passa 58 anos antes do início de BSG. Até porque quem acompanhou a série até o fim sabe que não tinha muito sobre o que falar depois…

Em Caprica, acompanhamos a história da família Graystone. Daniel Graystone (Eric Stoltz) trabalha com robótica e inteligência artificial. Paralelamente, também acompanhamos Joseph Adama (Esai Morales), pai do comandante William Adama de BSG.

Caprica tem uma coisa que achei genial, e que, sozinha, já daria um filme inteiro: existe um mundo virtual, onde tudo é possível: tomar drogas, fazer sexo arriscado ou até matar alguém. Afinal, ninguém está lá de verdade, é como se fosse um “second life” feito de realidade virtual. Espero que os roteiristas explorem mais isso!

O que Caprica tem de legal para os órfãos de BSG? Bem, um dos personagens principais é o pai do Adama – que, inclusive, aparece ainda criança! Outra coisa legal é que vemos o início da criação dos cylons – as temíveis “torradeiras” que entrarão em guerra contra os humanos!

A bola fora está no ritmo. Um dos pontos fortes de BSG era o ritmo alucinante, que nos deixava sem fôlego o tempo todo. Caprica é mais lento, bem mais lento. Pelo menos o piloto. Tomara que acertem a mão!

Battlestar Galactica: The Plan

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Battlestar Galactica: The Plan

Está disponível para download um novo filme ligado ao universo do seriado Battlestar Galactica: Battlestar Galactica: The Plan.

Heu particularmente fiquei curioso para ver este filme, porque uma das dúvidas que tive quando acabou a série era exatamente qual era o “plano”. Explico: durante um bom tempo, a introdução do programa era algo como “homens criaram os cylons, eles evoluíram, eles se rebelaram, e eles têm um ‘plano’.” Mas aí a série acabou, depois de quatro temporadas, muito boas, aliás, e ninguém veio esclarecer qual era o tal plano…

Battlestar Galactica: The Plan, dirigido por Edward James Olmos (o almirante Adama), explica qual é o plano, pelo menos na visão de Cavil (Dean Stockwell), o “número um”.

Aqui tem que rolar um aviso de spoiler! Este filme é para quem viu a série! Quem ainda não viu a série vai ver um monte de coisas fora da ordem!

SPOILER!

SPOILER!

SPOILER!

Como heu dizia, o filme conta o plano do Cavil, um plano bem simples, afinal. O que o filme traz de interessante é outro ângulo sobre várias das cenas já mostradas ao longo da série. Ficamos sabendo que Cavil estava por trás de várias das ações dos cylons infiltrados, como Boomer, Simon e Leoben. Além disso, ele sempre esteve por perto dos “cinco últimos”. Sim, do lado dos cylons, aparentemente, Cavil era “o cara”.

O elenco foca mais nos cylons, tanto os que já conhecíamos desde o início, quanto os “cinco últimos”. Até aparecem outros personagens, como o próprio Adama, Lee, Starbuck, mas são coadjuvantes agora.

Este filme tem uma coisa que não teve ao longo dos quatro anos de série: nudez e sexo! Não sei se será cortado quando passar na tv… Além disso, temos algumas cenas bem interessante mostrando os ataques dos cylons às colônias.

Enfim, pelo menos para mim, a série ainda tem coisa para contar – até hoje não explicaram direito “o que é” a Starbuck! Mas este novo filme é um bom complemento para uma das melhores séries de ficção científica da história.

BSG – Battlestar Galactica – a série completa

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BSG – Battlestar Galactica – a série completa

Não gosto muito de falar de seriados, apesar de acompanhar vários deles. O problema é que gosto de escrever sobre uma obra fechada, e um seriado está em episódios. E muitas vezes um episódio é muito bom, e o seguinte é fraco, ou vice-versa. Por isso é que acho difícil falar de séries!

O máximo que heu já tinha feito era escrever sobre uma minissérie, a sensacional Band of Brothers. Mas, depois de ter visto de uma só vez todas as quatro temporadas da fantástica Battlestar Galactica, me senti inspirado para inaugurar as séries aqui no meu blog.

Esta Battlestar Galactica é na verdade uma segunda versão. A primeira é de quando heu era criança, lembro de ter visto no cinema “o filme que deu origem à série” e de depois ter acompanhado a série na tv, no início dos anos 80, numa época pré tv a cabo (eram três os seriados de ficção científica de então, Galactica, Fuga do Século 23 e Buck Rogers).

Humanos criaram os cylons, robôs que resolvem se rebelar e exterminar a raça humana. Galactica, a única astronave de guerra que sobrou, reúne os sobreviventes em naves civis para juntos lutarem contra os cylons.

Quase todos os elementos da série clássica estão novamente presentes. Até alguns dos personagens principais da série antiga estão aqui, como Apollo, Starbuck, Adama e Baltar. Como fã da antiga série, admito que achei estranho ter uma Starbuck mulher. Por outro lado, gostei muito da outra grande mudança: cylons de carne e osso, semelhantes aos humanos!

Um grande problema que rola em quase todas as séries é a chamada “barriga”, que é quando a história tem que ser esticada ao longo dar uma temporada. Bem, podemos dizer que BSG é uma série “com dieta balanceada”. Ao longo das quatro temporadas, só senti enrolaçao em alguns poucos episódios do meio da terceira temporada. O resto da série é num pique tão acelerado que mal dá tempo de respirar!

O elenco também foi muito bem escolhido. O veterano Edward James Olmos faz Adama, a maior autoridade militar sobrevivente. Seus principais pilotos, seu filho Apollo e a rebelde Starbuck são interpretados pelos novatos Jamie Bamber e Katee Sackhoff. Mas, na minha humilde opinião, os destaques do elenco são James Callis e Tricia Helfer. Callis faz um Baltar no ponto exato entre a loucura e o desespero, enquanto Helfer, lindíssima, consegue ser sexy e provocante e logo depois ter uma aparência doce e cândida. A bola fora do elenco para mim foi Mary McDonnell como a presidente, um papel importante nas mãos de uma atriz sem carisma.

Um detalhe técnico ajuda o ritmo frenético da série: quase sempre a filmagem é com a câmera na mão, o que traz um clima nervoso constante. Às vezes parece documentário!

A trilha sonora, quase sempre discreta, também é muito eficiente, crescendo e aparecendo nos momentos certos.

Resumindo: a série é muito boa. Para quem não viu, vale a pena investir o tempo para acompanhar todas as temporadas.