Crítica – Battleship – A Batalha dos Mares
Um filme baseado num brinquedo, com enormes estruturas metálicas que parecem robôs, vindas de outro planeta, causando destruição por aqui. Não, não estou falando de Transformers, e sim de Battleship – A Batalha dos Mares, novo blockbuster em cartaz nos cinemas.
Durante uma pacífica festa militar no Oceano Pacífico, alguns navios de guerra se vêem obrigados a confrontar perigosas naves alienígenas, que chegam de repente causando destruição e ameaçando a existência da raça humana.
Battleship – A Batalha dos Mares é um típico “blockbuster barulhento”. Muitas explosões, muito barulho, muito apuro visual nos efeitos especiais, tudo isso para disfarçar personagens unidimensionais em uma trama batida e cheia de clichês.
Dirigido por Peter Berg (que fez o divertido Hancock), o filme parece uma mistura do já citado Transformers e Independece Day, com uma pitada de propaganda militar americana desnecessária. Tudo aqui é previsível, todos os personagens estão a caminho de uma espécie de “redenção”: temos o rebelde que vai virar heroi, a mocinha bonitinha que vai ter uma participação essencial, o pai da mocinha que vai ser um empecilho até se render no fim do filme, um antagonista que vai virar o melhor amigo do mocinho, um ex-militar amargurado com um problema físico que vai se redimir… Rola até o cientista gênio atrapalhado que aparece na hora H. Tudo isso no meio de uma overdose de símbolos militares americanos.
O curioso é que o filme foi baseado em um jogo, aquele velho jogo batalha naval (“E5” – “água!”). Mas a trama não tem nada disso…
O elenco nem é ruim. Taylor Kitsch, o John Carter, estrela mais uma produção de grande porte – será que estamos diante de uma nova estrela? Ainda no elenco, Alexander Skarsgård (True Blood), a modelo Brooklyn Decker, a cantora Rihanna e um sub-aproveitado Liam Neeson.
O que funciona muito bem no filme é a parte técnica. Os efeitos especiais são muito bons, as batalhas navais são bastante “reais”, e os alienígenas são bem feitos. Prato cheio para quem gosta do estilo. Só não dá pra parar e pensar no roteiro, porque senão a gente descobre que os alienígenas deveriam ter destruído logo todos os navios em volta – e aí não teria filme… 😉
Enfim, Battleship – A Batalha dos Mares é divertido. Mas talvez seja melhor deixar o cérebro fora do cinema.
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Pelo post não sei se quero mais ver o filme ou não. 😉
Mas acho que é um típico filme para ver na tela grande e “deixar o cérebro fora do cinema”.
acabei de assistir o filme, só gostei dos efeitos, e dos alienigenas,meio robô meio humano,o resto é pessimo..