Cova Rasa

ROTULO COVA RASA (NOVODISC) 4.QXD_ROTULOCrítica – Cova Rasa (1994)

Hora de rever o primeiro Danny Boyle!

Três amigos dividem um apartamento, mas procuram uma quarta pessoa. O novo inquilino morre de overdose logo após a mudança, deixando uma mala de dinheiro em seu quarto. A vida dos três não será a mesma depois disso.

A primeira metade dos anos 90 trouxe várias boas novidades para o cinema pop. Uma delas foi esse tal de Danny Boyle, que anos mais tarde ganharia até um Oscar de melhor diretor por Quem Quer Ser um Milionário.

Cova Rasa (Shalow Grave, no original) traz um bom time, que se repetiria outras duas vezes (em Trainspotting e Por Uma Vida Menos Ordinária): Boyle na direção, John Hodge no roteiro, Andrew McDonald na produção e Ewan McGregor no elenco. (Hodge trabalhou seis vezes com Boyle; McDonald, sete)

(Na época do quarto filme de Boyle, rolou uma lenda que não sei se procede. Ewan McGregor iria fazer o novo Star Wars, então Boyle resolvera chamar uma estrela maior para seu novo filme – tipo “Ah, é? Já que você me trocou por um projeto maior, vou trocar você por um cara mais famoso”. Se é verdade ou não, não sei. O fato é que Leonardo Di Caprio estava no novo filme, A Praia – que foi um fracasso…)

Voltemos a Cova Rasa… Temos um bom estudo do comportamento humano – como uma mala cheia de dinheiro pode transformar as pessoas e o relacionamento entre elas. O recente Dívida de Sangue usou um argumento parecido, mas é bem inferior a Cova Rasa. que sabe desenvolver bem a trama e a transformação dos personagens.

Paralelo a isso tudo, Boyle já mostra o estilo que usaria ao longo de sua carreira: ângulos bem pensados, edição ágil, boa escolha da trilha sonora, violência moderada e bastante humor negro. Além disso, a fotografia é muito legal, a iluminação do sótão ficou fantástica.

Sobre o elenco: hoje uma grande estrela, Ewan McGregor era quase um estreante nessa época. Christopher Eccleston, considerado por alguns o melhor Dr. Who, também estava em início de carreira. Fechando o trio principal, temos Kerry Fox, que, na época, era quem tinha o maior currículo, mas que sumiu – coincidência ou não, ela fez uma cena de sexo explícito em Intimidade, de 2001, talvez ela tenha se queimado com isso.

Cova Rasa demorou a ser lançado oficialmente em dvd aqui no Brasil, mas hoje em dia é facilmente encontrável nas Lojas Americanas da vida. Vale ser revisto!

Thor: O Mundo Sombrio

Crítica – Thor: O Mundo Sombrio

Estreou a continuação de Thor!

Diante de um inimigo que até Odin e Asgard não conseguem enfrentar, Thor deve embarcar na sua mais perigosa e pessoal jornada, na qual vai reencontrar Jane Foster e terá que fazer grandes sacrifícios para salvar o mundo.

Uma coisa legal dessa onda atual de filmes da Marvel é que são todos independentes, mas conectados. Você não precisa ver os outros filmes, mas, para quem acompanha, existe uma ordem cronológica dos eventos. Este filme se passa pouco depois de Os Vingadores, citado algumas vezes ao longo da projeção.

Um bom “blockbuster de verão”, Thor: O Mundo Sombrio tem um pé na ficção científica e outro na aventura descompromissada. Com um bom ritmo e boas cenas de ação, esta continuação é tão boa quanto o primeiro filme.

A direção ficou a cargo do pouco conhecido Alan Taylor. Curioso isso, já que o primeiro Thor foi dirigido por ninguém menos que Kenneth Brannagh, famoso por filmes mais “sérios”. Taylor tem currículo discreto no cinema, fez apenas uns dois ou três filmes que pouca gente viu, mas tem extensa carreira na tv. Ele dirigiu vários episódios de Game Of Thrones, deve ter sido por isso que foi chamado.

O elenco repete todos que estavam no primeiro filme: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Anthony Hopkins, Stellan Skarsgård, Rene Russo, Jaimie Alexander, Idris Elba e Ray Stevenson, entre outros. A novidade fica com Christopher Ecclestone e Adewale Akinnuoye-Agbaje, que estão bem como vilões. Mas é Tom Hiddlestone quem mais uma vez rouba a cena, as melhores tiradas do roteiro são do seu Loki – ele se transformando em outro Vingador foi sensacional. Por outro lado, o alívio cômico de Kat Dennings ficou forçado. Ah, claro, como sempre, tem o Stan Lee em uma ponta.

O filme tem ótimos momentos – a invasão dos elfos negros a Asgard é muito boa, assim como toda a cenografia dos diferentes mundos. Pena que o roteiro tenha alguns escorregões aqui e ali. Nada grave, felizmente.

Agora o “momento implicância”: onde estava a SHIELD? Assim como em Homem de Ferro 3, a SHIELD podia aparecer para ajudar quando “o bicho pegou”. Mas Thor teve que se virar sozinho, como também fez Tony Stark.

Outra: no primeiro filme, heu já tinha falado que era estranho ter um “deus nórdico” negro – Heimdall é interpretado por Idris Elba. Me pareceu estranho um negro em Asgard. E agora, acontece o inverso: por que colocaram um branco (Christopher Ecclestone) para ser um “elfo negro”? Dá pra entender?

Por fim, como acontece em todos os filmes da Marvel, temos cena depois dos créditos. Aqui são duas cenas! A primeira, logo após os créditos principais, serve para apresentar um novo personagem, que deve estar no Vingadores 2. Deve ser um personagem importante, porque é interpretado por Benicio Del Toro! E, depois dos últimos créditos, no fim mesmo, rola uma cena que. Na minha humilde opinião, foi desnecessária.

p.s.1: Peguei um ônibus pra ver o filme em outro bairro pra evitar o 3D. Prefiro em 2D mesmo.

p.s.2: Sou o único que achou as cenas da Natalie Portman em Asgard parecidas com Star Wars ep 3?