Cowboys & Aliens

Crítica – Cowboys & Aliens

Como bem diz o título, trata-se de um interessante e pouco comum crossover entre o faroeste e a ficção científica, dois gêneros que, a princípio, nada têm a ver um com o outro.

1873. Jake Lonergan acorda sem se lembrar de nada, com um ferimento de bala na barriga e uma estranha pulseira metálica no braço. Ao chegar na cidadezinha perto, descobre que tem algo de errado com o seu passado. Mas ele tem pouco tempo para isso, já que a cidade está prestes a ser invadida por alienígenas.

O novo filme do diretor Jon Favreau é um eficiente blockbuster com direito a tudo o que a cartilha hollywoodiana oferece: elenco de estrelas, roteiro escrito por gente badalada e uma parte técnica perfeita, além de uma fotografia exuberante, mostrando belos ângulos, tipicos dos westerns clássicos.

Jon Favreau tem uma carreira curiosa. Era um ator do segundo escalão (ou terceiro, ou quarto) – lembro dele como coadjuvante no seriado Friends, foi namorado da Monica (Courtney Cox) uma época. Ao mesmo tempo, dirigia alguns filmes sem maiores pretensões. Mas, depois de dirigir o infanto-juvenil Zathura, em 2005, assumiu a cadeira de diretor nos dois ótimos filmes do Homem de Ferro, e entrou para o primeiro time de diretores em Hollywood.

Aqui ele tem um bom elenco em mãos, pelo menos em termos de star power. Harrison Ford e Daniel Craig não são atores versáteis, todos sabem disso. Mas funcionam perfeitamente dentro dos personagens criados para eles – é mais ou menos como juntar o Indiana Jones e o novo James Bond no velho oeste. Junto deles está Olivia Wilde, uma das melhores coisas de Tron – O Legado, e mais Sam Rockwell (Lunar), Paul Dano (Pequena Miss Sunshine) e Clancy Brown (o eterno Kurgan de Highlander).

Pena que o roteiro, escrito a 12 mãos, por Roberto Orci, Alex Kurtzman (ambos do novo Star Trek e da série Fringe), Damon Lindelof (Lost) e mais três pessoas, dá umas derrapadas. Além de trazer muitas sequências previsíveis, alguns personagens são inconsistentes – o Dollarhyde de Harrison Ford não convence nem quando é pra ser vilão, nem quando é pra ser mocinho.

Também não gostei dos alienígenas. Sei lá, na minha humilde opinião, acho meio incompatível uma raça de monstrengos usar tanta tecnologia… Mais: na hora da briga, por que vários dos aliens estavam sem armas?

Mas se você deixar essas coisas de lado, o filme é legal. Cowboys & Aliens traz empolgantes sequências e efeitos especiais muito bons. É daquele tipo de filme que se a gente não ligar pra detalhes, a diversão é garantida!

Por fim, preciso falar da experiência de ver no pmeiro Imax carioca. A tela é enorme, e a imagem e o som são muito bons. Vale a ida até a Barra!

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Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Homem de Ferro

Paul Dano

007 – Quantum of Solace

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007 – Quantum of solace

Bond, James Bond, é um velho conhecido de qualquer cinéfilo. Já teve vários rostos diferentes desde o início dos anos 60, e desde que Daniel Craig assumiu o papel, em Cassino Royale (2006), o personagem se reinventou: Bond agora é mais violento, menos mulherengo, usa menos “invenções de professor pardal” e luta contra vilões mais realistas – afinal, o cientista-louco-que-quer-conquistar-o-mundo é um conceito que não cola mais nos dias de hoje…

Bond aqui está vingativo, violento e rebelde como nunca. Ao procurar os responsáveis pela morte de Vesper (Eva Green), sua namorada em  Cassino Royale, ele esbarra numa perigosa organização internacinal secreta. E, como disse lá em cima, vai colecionando e matando inimigos ao longo do filme.

No elenco, além de Judi Dench repetir seu papel como M, ainda temos Mathieu Amalric de vilão e Olga Kurilenko de bond girl.

Curiosidade: Quantum of Solace não foi traduzido ao redor do mundo, por exigências da matriz. Aliás, acho que é a primeira vez que um filme do 007 não tem título em português…

A franquia 007 é sempre competente quando se fala de filme de ação: tiros, explosões, perseguições de carro e à pé, temos tudo isso, e sempre bem feito. Mas este novo filme tem um defeito para aqueles que, que nem heu, não são fãs ferrenhos. Diferente dos filmes antigos, que tinham histórias fechadas dentro deles mesmos, este aqui é uma continuação de Cassino Royale. E temos pistas que a história também continuará… Resumindo: Quantum of Solace é um bom filme “intermediário”…