Rocketeer

0-RocketeerCrítica – Rocketeer

Sei lá por que, heu nunca tinha visto esta produção da Disney de mais de 20 anos atrás…

Nos EUA às vésperas da Segunda Guerra Mundial, um jovem piloto de avião encontra um protótipo de jetpack que proporciona que ele vire um super herói mascarado.

Visto hoje em dia, a gente entende porque Rocketeer, lançado em 1991, ficou esquecido. Não é um filme ruim, mas é muito bobinho.

A produção é boa. Os efeitos especiais ainda funcionam hoje em dia. A reconstituição de época (EUA pré 2a Guerra Mundial) é bem cuidada, e o elenco é acima da média. Mas é tudo tão inocente, tão “Disney”, que o filme parece uma produção infantil – no mau sentido.

A direção é de Joe Johnston, que vinha de Querida, Encolhi As Crianças, e que pouco depois fez Jumanji. Johnston está na ativa até hoje, foi ele o diretor de Capitão América – O Primeiro Vingador (e, se a gente olhar com carinho, vai ver semelhanças entre Rocketeer e Capitão).

O papel principal é de Bill Campbell, curiosamente, o único dos principais que nunca alcançou o estrelato. Jennifer Connelly é sempre Jennifer Connely, mas aqui ela não está muito bonita, na minha humilde opinião. Alan Arkin faz o principal coadjuvante – só o reconheci pela voz, ele está cabeludo e de bigode, e não careca como o habitual. Outro careca famoso (hoje em dia) é Terry O’Quinn, o Locke de Lost, que também aparece com cabelo aqui. Ainda no elenco, Timothy Dalton e Paul Sorvino.

Por fim: heu fui o único que achei o Rocketeer parecido com o japonês Ultraman?

p.s.: Como é que o jetpack não queima as pernas do Rocketeer?

O Turista

O Turista

Depois de ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro por A Vida Dos Outros, o diretor alemão Florian Henckel von Donnersmarck foi convidado para ir para Hollywood para refilmar Anthony Zimmer – A Caçada. A ideia parecia boa, já que o elenco contava com o star power de Angelina Jolie e Johnny Depp e as belas locações de Veneza.

Sim, a ideia era promissora. Mas não funcionou…

Elise (Angelina Jolie) é amante de Alexander Pearce, um misterioso homem procurado pela polícia e por mafiosos russos. Em um trem para Veneza, ela encontra um turista americano, Frank (Johnny Depp), e resolve usá-lo como isca para enganar tanto a polícia quanto os mafiosos.

Não sei exatamente qual foi o problema, mas O Turista não engrena. Talvez tenha sido a indecisão do diretor von Donnersmarck ao escolher o estilo do filme – às vezes parece policial, mas um policial devagar demais (perseguições em lanchas lentas?); às vezes parece comédia (Johnny Depp insiste em falar espanhol em plena Itália). Talvez tenha sido a previsível e ridícula virada de roteiro bem ao fim do filme.

Aliás, preciso falar dessa virada de roteiro, mas, antes, os tradicionais avisos de spoiler:

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

No fim do filme descobrimos que na verdade Frank é Alexander Pearce. E aí, acaba o filme e começamos a pensar em várias situações ao longo do roteiro onde isso não teria lógica. Caramba, e se Elise não se sentasse perto dele no trem? E, seguindo essa linha, descobrimos inúmeros “e se”…

FIM DOS SPOILERS

No elenco, além de Jolie e Depp, temos Paul Bettany, Timothy Dalton e Rufus Sewell. As atuações foram alvo de piada de Ricky Gervais na entrega do Globo de Ouro – ele falou que, num mercado cheio de filmes em 3D, O Turista trazia atuações em 2D. Mas não achei nada tão comprometedor assim. se o filme é fraco, não é culpa do elenco, os atores nos apresentam o esperado.

Enfim, tem coisa melhor no circuito…

Flash Gordon

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Flash Gordon

Finalmente, depois de anos de procura, consegui comprar um dvd original do filme Flash Gordon! Achei para vender num site gringo uma cópia da versão “Saviour of the Universe Edition”, uma edição maneiríssima!

Flash Gordon é uma versão cinematográfica dos clássicos quadrinhos de Alex Raymond, numa super produção de Dino de Laurentis, de 1980. Flash, um famoso jogador de futebol americano, acidentalmente vai parar no planeta Mongo, governado pelo impiedoso Ming.

Tenho uma história curiosa com este filme. No verão entre 84 e 85, heu conheci uma “novidade”: meu tio emprestou um videocassete lá pra casa. Na época não tinham locadoras por aí, eram videoclubes, e era caro entrar de sócio. Ou seja, conseguir filmes não era uma tarefa muito fácil. Sendo assim, meu tio emprestou junto quatro filmes para termos opções. Mas… Um era Mulher Nota 10, e estava rotulado como “erótico”; outro era Laranja Mecânica, obviamente proibido para crianças; e ainda tinha um filme do Woody Allen, chato pra caramba, não me lembro qual era. Ah, sim, o quarto filme era Flash Gordon. Resultado? Víamos Flash Gordon todos os dias!

O elenco traz alguns nomes curiosos. O grande Max von Sydow (O Exorcista) interpreta Ming, enquanto uma belíssima Ornela Mutti faz sua filha, a princesa Aura. Também temos um Timothy Dalton pré 007 como príncipe Barin. O resto do elenco não tem ninguém digno de nota. Flash é interpretado por Sam Jones, que está na ativa até hoje, mas nunca fez mais nada importante.

Outra coisa bacana deste filme é a inspirada trilha sonora, do grupo Queen. O disco ainda hoje é lançado dentro da discografia do grupo!

Alguns dos efeitos especiais – de uma época pré cgi – ficaram muito toscos com o passar dos anos. Parecem até “defeitos especiais”! Mas alguns outros funcionam até hoje. Aqueles céus coloridos de Mongo ainda mandam bem!

Para acabar, uma informação curiosa que li no imdb: nos anos 70, George Lucas tentou comprar os direitos para fazer a sua versão dos quadrinhos do Flash Gordon. Mas como Dino de Laurentis já tinha comprado, Lucas desistiu e resolveu investir num outro projeto – um tal de Guerra nas Estrelas