Rápida Vingança

Rápida Vingança

Quando escrevi sobre Ladrões (Takers), me sugeriram este Rápida Vingança (Faster, no original). Gostei, a dica foi boa!

Depois de dez anos preso, homem sai com um único objetivo: se vingar da morte do irmão. Mas, além da polícia estar no seu encalço, ele também tem que evitar um assassino de aluguel contratado para matá-lo.

Dirigido por George Tillman Jr., Rápida Vingança é simples e eficiente: um filme de vingança, violento na dose certa. O roteiro não traz nada de novo? Não, claro. Mas, pergunto: um filme precisa ser inovador pra ser legal?

O roteiro é repleto de clichês, mas traz algumas coisas interessantes, como não dizer os nomes dos personagens. Os três principais são apenas “driver” (motorista), “cop” (policial) e “killer” (assassino).

Uma coisa boa aqui é “a volta” de Dwayne Johnson, o “The Rock”, o ex-lutador grandalhão que virou ator. Ele nunca sumiu, mas é que recentemente ele tem feito uns filmes infantis bobinhos, tipo Montanha Enfeitiçada e Fada do Dente. Mas foi bom vê-lo no seu “habitat natural”, ele é um cara grandão, fortão, careca, tatuado, com cara de mau, é legal vê-lo “kicking asses”!

Billy Bob Thornton também está muito bem, como o policial com problemas com drogas. O elenco ainda tem outros nomes legais em papeis pequenos, como Tom Berenger, Mike Epps e Adewale Akinnuoye-Agbaje (o Mr. Eko de Lost). Só não gostei muito de Oliver Jackson-Cohen, que faz o “killer”, ele não me convenceu…

Novo parágrafo para falar das meninas do elenco. Curiosamente, Maggie Grace está lindíssima, mas por outro lado Moon Bloodgood (Exterminador do Futuro – A Salvação) e Jennifer Carpenter (Quarentena) estão tão feinhas! Carla Gugino está normal…

Rápida Vingança não vai mudar a vida de ninguém, existem filmes de vingança melhores por aí (alguém falou em Kill Bill ou Oldboy?). Mas pelo menos é uma diversão honesta.

A Origem

A Origem

O novo filme de Christopher Nolan, o incensado diretor de Batman – O Cavaleiro das Trevas, chega aqui com algo invejável no currículo: o terceiro lugar no Top 250 dos melhores filmes de todos os tempos do imdb. Impressionante, não?

O filme é bom. Mas não achei tudo isso não…

A trama fala de pessoas com a habilidade de entrar no sonho de outras pessoas. Um homem com habilidade de roubar ideias e conhecimentos de dentro de sonhos alheios é contratado para inserir uma ideia – algo que até agora nunca tinha sido feito.

O filme tem um grande mérito: é uma ideia nova, numa Hollywood repleta de refilmagens e releituras. Ok, esse papo de entrar nos sonhos alheios já estava em Dreamscape – Morte nos Sonhos, de 1984. Mesmo assim, não é uma ideia reciclada, são filmes diferentes.

Os efeitos especiais são impressionantes. Ruas que se dobram, brigas em gravidade zero, edifícios desmoronando como castelos de areia… Rola até uma versão “real” da famosa escada infinita de Escher! E o melhor de tudo é que os efeitos não são daqueles que atrapalham a história, como num Transformers, por exemplo.

O elenco estelar é outro destaque. Leonardo Di Caprio, ainda com resquícios de seu papel em Ilha do Medo, lidera um elenco cheio de atores legais: Joseph Gordon-Levitt (500 Dias Com Ela), Ellen Page (Juno), Marion Cotillard (Inimigos Públicos), Ken Watanabe (O Último Samurai), Cillian Murphy (Extermínio), Tom Berenger, Lukas Haas, Tom Hardy, Dileep Rao, e ainda rolam participações especiais de Michael Caine e Pete Postlethwaite.

(Pequeno parênteses para falar do Joseph Gordon-Levitt. Sou fã dele desde a época que ele era o ator adolescente que fazia o Tommy Solomon em 3rd Rock From The Sun. Parece que ele encontrou o caminho para o estrelato. Depois de Killshot, G.I. Joe e 500 Dias com Ela, aqui ele é o principal coadjuvante. Tommy Solomon vai longe!)

E aí a gente chega no ponto que falei lá em cima. Uma super produção destas merecia um roteiro melhor! O roteiro de A Origem tem um monte de pequenas inconsistências. Por exemplo: quem está sonhando acorda ao sentir que está caindo – mas quando a van capota, ninguém acorda. Ou então o lance de morrer no sonho e, às vezes acordar, às vezes ir pro limbo. Ou ainda a gravidade zero, que rola em um nível, mas não no nível seguinte. Algumas destas falhas são explicadas, mas as explicações são tão forçadas…

(Também tem a péssima mira dos vilões armados, mas isso infelizmente é uma constante nos filmes de ação em Hollywood…)

Christopher Nolan é um cara talentoso. Este é o seu sexto filme nos últimos 10 anos, todos bons (Amnésia, Insônia, O Grande Truque e os dois novos Batman). Com o crescente sucesso de público e crítica, ele escreveu e dirigiu este A Origem, e aredito que ele achava que ia ser a sua obra prima. E o pior é que tem muita gente que concorda com ele, vide a lista do imdb!

Como disse lá em cima, o filme é bom, melhor que a média. Só não espere por uma obra prima, como os outros que estão na lista do imdb.

Smoking Aces 2 – Assassins Ball

Smoking Aces 2 – Assassins Ball

No fim do meu post sobre Smoking Aces – A Última Cartada, comentei sobre este prequel que iriam fazer.

Bem, de prequel, este Smoking Aces 2 – Assassins Ball não tem nada. Apenas usa uma situação parecida com a do primeiro filme: atrás de um prêmio milionário, assassinos competem entre si, tentando matar um único alvo.

Mas o que era interessante no primeiro filme ficou de fora deste segundo…

Os defeitos são vários. Pra começar, preciso dizer que, hoje, em pleno 2010, é inadmissível ver efeitos em cgi tão mal feitos. Algo tosco como vemos aqui, só se for proposital, para algum efeito de estilo. Mas o diretor P J Pesce não é nenhum Tarantino, e não tem talento para fazer algo capenga parecer “cool”. Do jeito que ficou, o cgi não parece estiloso, parece mal feito mesmo.

Outro problema é o roteiro, cheio de furos. Ora, como uma operação de alto nível do FBI pode ter tantas falhas? E será que é tão fácil roubar armas de grande calibre? E agora agentes do FBI não obedecem mais seus superiores? Mais uma: como a lourinha entrou tão facilmente? E por aí vai. Isso porque não estou falando da previsível virada de roteiro no final…

E o elenco? No primeiro filme, tínhamos um monte de nomes legais, como Ray Liotta, Andy Garcia, Ryan Reinolds, Ben Affleck, Jeremy Piven e Jason Bateman. E aqui? Vinnie Jones e Tom Berenger são os únicos nomes dignos de nota – sendo que Jones está sub-aproveitado; e Berenger, canastrão.

(Bem, com relação ao elenco, precisamos citar os dois nomes femininos mais importantes. Tanto Martha Higareda quanto Autumn Reeser estão gostosérrimas em suas primeiras cenas. Ah, que freira!)

Além de Higareda e Reeser, o filme tem mais uma coisa boa aqui, outra ali, como o canhão de palhaços. Mas é pouco, muito pouco. Principalmente comparado ao primeiro filme.