A regra em Hollywood é clara: se o filme teve sucesso comercial, teremos continuação(ões). Assim, vamos ao terceiro Busca Implacável…
O ex-agente Bryan Mills é acusado de um assassinato que ele não cometeu, e agora precisa usar suas habilidades para escapar da polícia e limpar o seu nome.
Sim, o primeiro Busca Implacável foi bem legal. Sim, o segundo foi mais fraco. Sim, não precisava de um terceiro. Dito tudo isso, fica a dúvida: vale ver o terceiro filme?
Mais uma vez dirigido por Oliver Megaton (do segundo filme), Busca Implacável 3 (Taken 3, no original) se equivale ao segundo filme. Um filme de ação apenas maomeno, com alguns bons momentos, mas que fica devendo no conjunto. E atrapalha a mania do diretor de usar sempre planos muito curtos, resulta em um filme picotado como se fosse um longo (e cansativo) videoclipe – algumas cenas ficaram confusas, como a perseguição de carros, onde demorei pra entender quem estava em qual carro.
O roteiro, mais uma vez escrito por Luc Besson (também produtor), traz um Bryan um fora da lei, perseguido pela polícia, com a ação se passando nos EUA. Sim, tudo previsível, a gente já viu essa trama um monte de vezes. Pra piorar, o filme demora a engrenar, quase nada acontece na primeira meia hora. A única vantagem é que Liam Neeson é um grande ator e está em boa forma, apesar dos seus sessenta e poucos anos, isso deixa Busca Implacável 3 um pouco acima da mediocridade.
Além de Neeson, Busca Implacável 3 traz de volta Maggie Grace e Famke Janssen, e tem Forest Whitaker e Dougray Scott como novidades no elenco (por que Xander Berkeley não voltou ao seu papel?). Nenhum dos novos vilões merece ser citado.
No fim, temos mais um filme de ação genérico, que não chega a ser ruim, mas está longe de ser bom. Quem quiser um bom filme de ação, reveja o primeiro Busca Implacável.
p.s.: A piada é velha, mas continua válida: claro que Liam Neeson vai conseguir fazer tudo aquilo. Além de ser Zeus, o cara treinou o Batman e o Obi Wan Kenobi!