Invasão à Casa Branca

Crítica – Invasão à Casa Branca

Um ex-oficial do serviço secreto tem a chance de se redimir quando se torna a única esperança dos EUA contra terroristas coreanos que tomam o controle da residência oficial do presidente americano, a Casa Branca.

Confesso que não me empolguei muito com a estreia de Invasão à Casa Branca (Olympus Has Fallen, no original). Me parecia um exercício desnecessário de patriotada norte-americana. Bem, heu não estava errado, realmente é um exercício de patriotada. Mas se a gente relevar esse “detalhe”, o filme até que é legal. Bom ritmo, cenas empolgantes, efeitos especiais na dose certa, um vilão mau como um pica-pau e um mocinho que parece uma versão anabolizada do Jack Bauer da série 24 Horas – Invasão à Casa Branca é uma boa diversão para aqueles no clima certo.

Falei que tem que estar no clima certo, porque algumas coisas do roteiro soam forçadas demais. Nos Estados Unidos pós 11 de setembro, não acredito que seja tão fácil se aproximar da Casa Branca – por exemplo, um avião chega metralhando e consegue dar uma volta antes de ser abatido. Isso sem contar, claro, com várias situações previsíveis e muitos diálogos clichês.

Pelo menos quem aguenta isso tudo “ganha” um eficiente filme de ação. O diretor Antoine Fuqua (Dia de Treinamento, Rei Arthur) mostra boa mão nas cenas de ação e garante a atenção do espectador até o fim das duas horas de projeção.

O elenco está cheio de nomes conhecidos. O protagonista Gerard Butler às vezes soa caricato, mas funciona dentro do papel de exército de um homem só. Além dele, Invasão à Casa Branca conta com Aaron Eckhardt, Morgan Freeman, Angela Basset, Melissa Leo, Radha Mitchell, Dylan McDermot, Rick Yune, Cole Hauser e uma ponta de Ashley Judd.

Enfim, bom filme de ação. Mas é preciso aturar os defeitos.

The Crazies – A Epidemia

The Crazies – A Epidemia

Por coincidência, este The Crazies – A Epidemia já estava no meu hd quando soube do SP Terror. Vamos a ele!

Uma pequena cidade americana é tomada por uma intoxicação que transforma os habitantes em violentos psicopatas. O xerife local e sua esposa, médica, tentam lutar pela sobrevivência.

Dirigido por Breck Eisner, The Crazies – A Epidemia é a refilmagem de O Exército do Extermínio, feito por um tal de George A. Romero em 1973. Infelizmente não vi o original, não posso comparar. Mas posso dizer que esta nova versão é muito boa!

A estrutura lembra um filme de zumbis (será coincidência?). A população aos poucos vai ficando infectada, e aqueles que restam precisam lutar pela sobrevivência. Só que não são zumbis, os infectados continuam com domínio de suas funções motoras e morrem como qualquer ser humano. Mais ou menos como em Extermínio.

Outro elemento interessante é o uso do exército. Em determinado momento do filme, aparece o exército com sua habitual truculência para tentar controlar a epidemia. Os sobreviventes têm outro inimigo além dos infectados!

O casal de protagonistas é convincente. Timothy Olyphant é o xerife e Radha Mitchell é a médica. Isso dá credibilidade à história, afinal, o cara que pega em armas não é um cidadão qualquer, assim como a mulher que entende de vírus. Além disso, os atores estão bem em seus papéis.

Gostei do fim do filme, que abre espaço para uma continuação sem forçar a barra. Se vier, que mantenha o bom nível!

Substitutos

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Substitutos

No futuro, as pessoas não saem de casa. Usam robôs, os “substitutos”, para tudo, enquanto os controlam remotamente, isolados dentro de casa.

Esta é a interessante premissa do novo blockbuster, a ficção científica Substitutos (Surrogates no original), que estreou sexta passada nos cinemas brasileiros.

Uma coisa chama a atenção neste filme. Não sei se foi através de efeitos especiais ou através de maquiagem (ou, provavelmente, uma combinação de ambos), mas quase todos os personagens têm duas versões, o “original”, velho e mal cuidado; e o robô, de aparência mais jovem, mas com menos emoções. O mundo povoado de robôs ficou muito interessante, são várias as cenas protagonizadas apenas pelos substitutos.

Um eficiente Bruce Willis, se dividindo entre robô e humano, encabeça o elenco, que ainda conta com Ving Rhames e James Cromwell, além das mocinhas de rostos não muito conhecidos Rosamund Pike e Radha Mitchell.

A ideia (baseada em quadrinhos) é boa e o filme, curto (pouco menos de uma hora e meia), flui bem. E o roteiro ainda traz algumas reviravoltas interessantes.

Não entrará para a história como um clássico da ficção científica. Mas vale o ingresso.