Corrida Mortal 2

Corrida Mortal 2

Apesar do número “2” no título, na verdade trata-se de um prequel do filme Corrida Mortal, de 2008.

No primeiro Corrida Mortal, o personagem de Jason Statham é chamado para tomar o lugar de um corredor morto, o lendário Frankenstein, em uma violenta corrida de carros dentro de uma grande penitenciária, transmitida ao vivo pelo pay per view. Este prequel mostra a origem da corrida e do piloto Frankenstein.

Corrida Mortal 2 tem seus méritos e seus defeitos. Vou falar primeiro do lado bom.

A história é repleta de clichês, mas isso já era esperado, afinal, o primeiro filme também é. O que é legal é como os clichês são mostrados. O filme é cheio de câmeras lentas estilosas e ângulos de efeito – plasticamente, o visual do filme é muito legal.

Ou seja, temos um bom filme de ação, com boas cenas de corridas de carro, muita pancadaria, muitos tiros e muitas explosões, tudo isso com o visual requintado. Só isso já é meio caminho andado para uma boa diversão.

Mas tem que ter um lado ruim, né? Não sei se foi inexperiência do diretor Roel Reiné ou do roteirista Tony Giglio (nenhum dos dois tem nada relevante no currículo), não sei se achavam que por ser um lançamento direto para o video o filme mereceria menos cuidado (o que heu discordo). Mas achei algumas coisas forçadas demais. A troca entre a “luta mortal” e a “corrida mortal” foi ok. Mas, numa prisão dividida entre vários guetos, todos exalando ódio entre si, sortear um piloto pra trabalhar com uma equipe nunca ia funcionar. A não ser, claro, que o piloto tenha a sorte do mocinho Lucas, que não só ganhou seus únicos três amigos como equipe como ainda ganhou a co-pilota com quem ele flertara na véspera. Assim fica fácil…

O roteiro traz algumas incoerências assim – outro exemplo são as mulheres morrendo como co-pilotos e ninguém dando bola pra isso; ou o vilãozão malvadão que tem acesso a tudo dentro da penitenciária mas precisa de um intermediário pra tentar chegar no mocinho. Se a gente não der bola pra esses “detalhes”, o filme é até divertido…

O papel principal coube ao pouco conhecido Luke Goss. Alguns rostos mais conhecidos, como Ving Rhames, Danny Trejo e Sean Bean, têm papeis coadjuvantes, junto com as belas Lauren Cohen e Tanit Phoenix.

Enfim, o filme é legal, mas perdeu a oportunidade de ser melhor, era só ter cuidado um pouco melhor do roteiro.

Lost Boys 3 – The Thirst

Lost Boys 3 – The Thirst

Mais uma continuação do clássico oitentista Garotos Perdidos (de 1987). A segunda parte, Lost Boys 2 – The Tribe, já veio tardiamente, em 2008. Agora, parece que abriu o filão para continuações.

Em uma cidade de praia na California, o caçador de vampiros Edgar Frog passa por problemas financeiros. A escritora best seller Gwen Lieber o contrata para resgatar seu irmão, capturado pelo vampiro alfa que tem planos de criar um exército de vampiros

Este terceiro filme teve um problema: Corey Haim, protagonista do primeiro filme (e que aparece numa cena extra do segundo) morreu em março deste ano, antes do filme ser feito. Assim, o personagem principal voltou a ser Edgar Frog, coadjuvante no primeiro mas protagonista no segundo. Pelo menos o ator Corey Feldman foi mantido. (Em uma espécie de homenagem, Haim aparece algumas vezes, em cenas tiradas do primeiro filme)

Lost Boys 3 – The Thirst não é de todo ruim. Mas tem uma falha grave: falta um bom vilão. Caramba, o primeiro filme trazia Kiefer Sutherland em grande forma, um dos melhores vampiros dos anos 80 (ao lado de Chris Sarandon de A Hora do Espanto). O vilão aqui é fraco e tem carisma zero.

Por outro lado, a bola dentro é que o filme aproveita pra cutucar o fenômeno Crepúsculo – os livros de Gwen Lieber são bem neste estilo de romancezinho vampirinho água-com-açúcar.

O elenco está ok para o que o filme pede. Corey Feldman (que nos anos 80, teve uma grande carreira, fazendo, entre outros, Goonies, Gremlins e Conta Comigo), o tempo todo com cara de mau e voz gutural, só funciona porque o filme é meio piada. Jamison Newlander volta para um pequeno papel como o outro irmão, Alan Frog. E, se tem um nome digno de nota, é a belíssima Tanit Phoenix, a Gwen Lieber, que parece uma Elizabeth Hurley mais nova.

O fim do filme traz um gancho explícito. Lost Boys 4 não deve tardar a aparecer…