Cidade das Sombras

Cidade das Sombras

Estou aproveitando a fraca safra de séries para rever filmes legais. O da semana foi este Cidade das Sombras (Dark City), interessante ficção científica de 1998.

John Murdoch acorda em um quarto de hotel com amnésia, e descobre que é suspeito de uma série de assassinatos. Enquanto tenta juntar as peças para entender a sua situação, descobre que a cidade é controlada por um grupo de seres chamados Os Estranhos, que têm o poder de alterar tanto a arquitetura da cidade como o comportamento de seus habitantes.

Um cara acorda e descobre que está num mundo diferente, controlado por pessoas diferentes – parece Matrix, né? Mas Cidade das Sombras foi feito um ano antes!

Matrix é mais famoso, e seus efeitos especiais foram um marco em Hollywood. Os efeitos de Cidade das Sombras não foram revolucionários, mas também são impressionantes, com seus cenários que mudam de forma sob os nossos olhares.

Escrito e dirigido por Alex Proyas, que pouco antes fizera O Corvo, e recentemente fez o interessante Presságio, Cidade das Sombras tem um visual impressionante até hoje, treze anos depois. A “cidade escura” é repleta de elementos góticos e está sempre à noite, o que proporciona uma bela fotografia.

O elenco traz algumas curiosidades. O protagonista, Rufus Sewell, é menos conhecido que os três coadjuvantes, Jennifer Connelly, Kiefer Sutherland e William Hurt. E o ator Richar O’Brien, o Mr. Hand, é o autor do musical The Rocky Horror Picture Show. Mais uma: é o filme de estreia de Melissa George, que faz a prostituta início do filme.

Agora preciso rever 13º Andar, outro “precursor” de Matrix – e depois, rever Matrix, claro…

Filme essencial para a cinemateca fantástica dos anos 90!

Presságio

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Presságio

Em 1959, alunos de uma escola fazem desenhos prevendo o futuro para serem guardados numa cápsula do tempo, que será aberta 50 anos depois. Ao abrir a cápsula, John Koestler, um professor de astrofísica, descobre uma previsão de todas as grandes catástrofes que aconteceram no mundo nos últimos 50 anos. Mais: eles descobre que três catástrofes ainda estão por vir!

Presságio é o novo filme de Nicolas Cage, e mistura filme catástrofe, suspense e ficção científica. Ok, o roteiro é previsível e cheio de clichês. Mas em compensação, as cenas de catástrofe são sensacionais.

Os efeitos especiais deste filme merecem um texto à parte. Sou um fã de efeitos especiais desde que conheci a sétima arte, no início dos anos 80. Efeitos especiais sempre me fascinaram, porque heu sempre ficava imaginando “como eles fizeram isso?” Heu poderia fazer um post inteiro com efeitos especiais marcantes, mas vou deixar pra outro dia.

Mas aí surgiram os “cgi”, os efeitos criados em computador. Se por um lado o cgi ajudou e muito a credibilidade dos filmes – afinal, agora TUDO é possível; por outro lado não existe mais o desafio de descobrir como foi feito – afinal, agora é TUDO “desenhado no computador”.

Não sou maluco de ser contra cgi, mas confesso que de um tempo pra cá, é difícil heu me impressionar com os efeitos de um filme…

Aí aparece um filme como Presságio, e a alegria de se curtir efeitos especiais volta: vemos um desastre de avião acontecendo em volta da gente, tudo no mesmo plano, sem cortes; depois ainda vemos um desastre no metrô, lá de dentro, do ponto de vista das pessoas que estão sofrendo o acidente! Olha, sou “burro velho” de efeitos especiais no cinema, e posso dizer que não me lembro de cenas de acidentes tão espetaculares como essas…

O diretor é Alex Proyas, que em 94 fez O Corvo, com Brandon Lee; e depois chamou a atenção em 98 com o interessante Cidade das Sombras, um “pré Matrix” com Kiefer Sutherland e Jennifer Connelly no elenco. E anos depois fez o fraco Eu, Robô, com Will Smith…

Sobre o elenco, ninguém se destaca, mas pelo menos também ninguém atrapalha. Podemos dizer que, de uns anos pra cá, Nicolas Cage se especializou em interpretar ele mesmo, Nicolas Cage. Mas ele funciona aqui. Ainda temos uma convincente Rose Byrne e as crianças Lara Robinson e Chandler Canterbury.

Muita gente pela internet tem falado mal do fim do filme. Heu, particularmente, não tenho nada a criticar sobre a opção. Achei até interessante…