Rocketeer

0-RocketeerCrítica – Rocketeer

Sei lá por que, heu nunca tinha visto esta produção da Disney de mais de 20 anos atrás…

Nos EUA às vésperas da Segunda Guerra Mundial, um jovem piloto de avião encontra um protótipo de jetpack que proporciona que ele vire um super herói mascarado.

Visto hoje em dia, a gente entende porque Rocketeer, lançado em 1991, ficou esquecido. Não é um filme ruim, mas é muito bobinho.

A produção é boa. Os efeitos especiais ainda funcionam hoje em dia. A reconstituição de época (EUA pré 2a Guerra Mundial) é bem cuidada, e o elenco é acima da média. Mas é tudo tão inocente, tão “Disney”, que o filme parece uma produção infantil – no mau sentido.

A direção é de Joe Johnston, que vinha de Querida, Encolhi As Crianças, e que pouco depois fez Jumanji. Johnston está na ativa até hoje, foi ele o diretor de Capitão América – O Primeiro Vingador (e, se a gente olhar com carinho, vai ver semelhanças entre Rocketeer e Capitão).

O papel principal é de Bill Campbell, curiosamente, o único dos principais que nunca alcançou o estrelato. Jennifer Connelly é sempre Jennifer Connely, mas aqui ela não está muito bonita, na minha humilde opinião. Alan Arkin faz o principal coadjuvante – só o reconheci pela voz, ele está cabeludo e de bigode, e não careca como o habitual. Outro careca famoso (hoje em dia) é Terry O’Quinn, o Locke de Lost, que também aparece com cabelo aqui. Ainda no elenco, Timothy Dalton e Paul Sorvino.

Por fim: heu fui o único que achei o Rocketeer parecido com o japonês Ultraman?

p.s.: Como é que o jetpack não queima as pernas do Rocketeer?

Capitão América – O Primeiro Vingador

Crítica – Capitão América – O Primeiro Vingador

E vamos ao último filme de super heroi da Marvel antes do aguardado Os Vingadores

1942. Steve Rogers é um jovem baixinho e magrelo que quer lutar na Segunda Guerra Mundial, mas seu tipo físico franzino o impede. Ele então aceita participar de uma experiência do exército e vira um super soldado.

A Marvel aprendeu a fórmula para fazer bons filmes de super-herois. Dirigido por Joe Johnston, Capitão América – O Primeiro Vingador pode não ser tão bom quanto Homem de Ferro, mas não vai decepcionar ninguém – e faz um belo par com o outro lançamento da Marvel de 2011, o também bom X-Men Primeira Classe.

Aliás, às vezes Capitão América – O Primeiro Vingador nem parece um filme de super-heroi, e sim um bom filme de ação – tem muito mocinho de filme de ação que parece ter mais poderes que Steve Rogers aqui. A cenografia ajuda isso, foi recriada uma boa ambientaçäo de época, e não são comuns filmes de super-herois nos anos 40.

Os efeitos especiais são excelentes. Sabe O Curioso Caso de Benjamin Button, que mostrava o Brad Pitt com várias idades diferentes? Uma técnica parecida foi usada aqui, e Chris Evans começa o filme franzino, e de repente aparece bombadão. Antes do cgi, ia precisar de dois atores diferentes…

Sobre o elenco, preciso falar da escalação de Chris Evans. Por um lado, admito que ele está bem, não me lembro de vê-lo tão bem em outros filmes. Mas, caramba, ele não deveria ser escalado para um filme de super-herois, principalmente da Marvel. Chris Evans foi o Tocha Humana nos dois filmes do Quarteto Fantástico, e isso porque não estou falando do menos conhecido Os Perdedores, adaptação de quadrinhos da DC, do qual Evans também faz parte do elenco. Tá, os dois Quarteto Fantástico foram fracos, mas o ator ficou marcado pelo papel. Aí ficou sendo o “Tocha Humana” interpretando o “Capitão América”. Nada a ver, né?

(Aliás, falanddo em “Tocha Humana”, tem um easter egg no filme relativo a outro Tocha Humana da Marvel. Isso é só pra confundir ainda mais?)

O resto do elenco está ok: Hayley Atwell, Tommy Lee Jones, Stanley Tucci, Sebastian Stan, Dominic Cooper e Toby Jones. Só não gostei muito de Hugo Weaving, achei um vilão caricato demais, na minha humilde opinião, ele estava um pouco acima do tom.

Preciso admitir que nunca simpatizei com o personagem Capitão América. Achava-o o símbolo do imperialismo americano, nas roupas, no escudo, no próprio nome – ei, alguém avisa o povo de lá que nós, aqui no Brasil, também estamos na América? Mas gostei de como isso foi encarado no filme – afinal, os EUA passam por uma crise de popularidade, eles sabiam que a aceitação não ia ser muito fácil. Achei interessante o modo como surgiu o uniforme. E a ambientação durante a Segunda Guerra foi essencial para isso. Pena que precisou forçar uma barra para juntar o Capitão América aos outros filmes do “projeto Vingadores“…

Como o filme precisava se encaixar na “franquia Vingadores“, o final ficou meio forçado, principalmente se este filme for visto sozinho. Mas, dentro do conjunto, funcionou. Mas não se esqueça da tradicional cena depois dos créditos.

.

p.s.: Pra quem está por fora, Os Vingadores será o filme que vai reunir vários herois da Marvel: Homem de Ferro, Thor, Hulk e Capitão América, além de outros menos conhecidos. Este filme é  muito aguardado, porque os filmes “solo” dos quatro super-herois citados acima foram feitos já pensando nele – todos estão conectados. Tem tudo para ser um grande filme, fica pronto só ano que vem.

.

.

Se você gostou de Capitão América – O Primeiro Vingador, Blog do Heu recomenda:
Batman – O Cavaleiro das Trevas
Homem de Ferro
Kick-Ass

O Lobisomem

O Lobisomem

Uêba! Filme de terror novo nos cinemas cariocas! Refilmagem do filme homônimo de 1941, este novo O Lobisomem entrou em cartaz na sexta de carnaval.

A trama não traz muitas novidades. Lawrence Talbot (Benicio Del Toro), afastado da família há anos, volta por causa da morte de seu irmão, atacado por uma criatura misteriosa. Não demora muito, ele mesmo também é atacado, e se transforma num lobisomem.

O clima do filme dirigido por Joe Johnston (Jumanji, Parque dos Dinossauros III) é muito legal. A reconstituição de época está ótima, emoldurada pela inspirada trilha sonora de Danny Elfman.

Os efeitos de maquiagem, ah, estes merecem um parágrafo à parte. Rick Baker, seis vezes ganhador do Oscar de melhor maquiagem, estava trabalhando em Norbit quando soube que estavam refilmando O Lobisomem. Procurou então o estúdio Universal e se ofereceu para trabalhar nele. Ele se inspirou para esta profissão com o Lobisomem original, de 41, e o seu primeiro Oscar foi justamente por Um Lobisomem Americano em Londres – que traz, até hoje, a melhor transformação em lobisomem da história do cinema! (Os outros Oscars de Baker foram por Um Hóspede do Barulho, Ed Wood, O Professor Aloprado, MiB e O Grinch, e ele foi indicado outras cinco vezes).

Não sei se as transformações aqui são tão boas quanto Um Lobisomem Americano em Londres. Mas, se não são, chegam perto. São, sem dúvida, uma das melhores coisas do filme.

(Pequeno parênteses para falar mal de filme ruim. Os caras responsáveis pelos lobisomens de Lua Nova devem ter ficado com vergonha ao ver o lobisomem daqui. Tanto no visual – este dá medo, o outro parece um efeitozinho vagabundo de cgi; quanto na transformação – aquele “lobinho” se transformando no meio de um pulo!)

A princípio, achei esquisito a escolha de Benicio Del Toro para ser um inglês filho do Anthony Hopkins, acho ele muito latino para isso. Mas depois de ver o filme, a gente vê que Del Toro é “o cara”. Não só ele é um excelente ator, como ele tem cara de lobisomem…

Além de Del Toro e Hopkins, o elenco conta com Emily Blunt, Hugo Weaving, Geraldine Chaplin e ainda rola uma ponta do próprio maquiador Rick Baker, como o primeiro cigano a ser atacado.

Alguns críticos estão falando que falta originalidade no roteiro. Ora, trata-se da refilmagem de um filme feito há quase sete décadas! Claro que não é original! Mas que funciona muito bem, ah, não há dúvidas quanto a isso.

Boa opção para os fãs de terror!