A Babá

A BabáCrítica – A Babá

Sinopse (imdb): Os acontecimentos de uma noite têm uma terrível e inesperada reviravolta para um jovem tentando espionar sua babá.

Pouco a pouco a Netflix vai se firmando como uma produtora de conteúdo. A novidade agora é um terror slasher com um pé no trash.

A Babá (The Babysitter, no original) é terror, mas é um terror leve e divertido, coerente com a carreira do diretor McG (que fez os dois filmes d’As Panteras, Guerra é Guerra e 3 Dias Para Matar). Em momento nenhum o filme tenta assustar o espectador, e o gore é controlado – dá pra ter “nojinho”, mas não precisa virar o rosto.

Algumas mortes são acidentais (não me lembro se todas). Neste aspecto, o menos conhecido Tucker and Dale vs Evil é mais eficiente e mais divertido. Mas como ninguém viu Tucker and Dale, deixa pra lá…

O elenco principal funciona bem, a dupla Judah Lewis e Samara Weaving está bem como o adolescente e sua babá gostosa – a interação entre os dois é convincente. No resto do elenco, Bella Thorne, Leslie Bibb, Ken Marino, Robbie Amell, Hana Mae Lee e Emily Alyn Lind fazem o feijão com arroz. Alguns estão caricatos, mas o filme pede personagens assim.

A Babá não é lá grandes coisas, mas o fato de ser despretensioso ajuda. Em momento algum o filme se leva a sério. Assim, quem estiver no clima certo pode se divertir.

3 Dias Para Matar

3-dias-para-matarCrítica – 3 Dias Para Matar

Roteiro do Luc Besson, direção do McG, com Kevin Costner, Amber Heard, Connie Nielsen e Hailee Steinfeld no elenco. 3 Dias Para Matar prometia!

Doente terminal, um agente da CIA tenta se reencontrar com a filha adolescente com quem não fala há anos, enquanto uma mulher misteriosa lhe oferece uma droga que pode salvar sua vida em troca de um último trabalho.

Poizé. Prometia. Com o verbo conjugado assim mesmo. Porque o resultado final ficou devendo. Vejam bem: 3 Dias Para Matar (3 Days to Kill, no original) é um filme “correto”, tudo funciona direitinho. Mas, quando acaba, a sensação que fica é de algo sem sabor.

Gosto do Luc Besson, e gosto de vários filmes que ele roteirizou. Mas o roteiro aqui é um dos pontos fracos, o filme não se decide se é um filme sério de espionagem ou uma sátira. E a personagem de Amber Heard, uma espécie de Jessica Rabbit da CIA, não tem nenhuma lógica.

Pelo menos os fãs do McG devem gostar, porque o filme é coerente com a sua filmografia, que costuma andar nessa linha entre a ação e a comédia (Guerra é GuerraAs Panteras). Aliás, McG é um diretor competente nas cenas de ação – se o filme é irregular, pelo menos temos algumas sequências de ação bem filmadas.

Sobre o elenco: admito que não sou fã do Kevin Costner, mas reconheço que ele está bem aqui. Amber Heard aproveita a sua beleza com a uma personagem que exagera nas roupas sexy. Como beleza física, nota 10 pra ela; como atriz, ficou caricata. Connie Nielsen e Hailee Steinfeld estão ok, nada de mais, nada de menos.

Resumindo: não chega a ser ruim. Mas mesmo assim, decepciona.

Guerra É Guerra

Crítica – Guerra É Guerra

Mais uma comédia romântica de ação!

Dois agentes da CIA, amigos inseparáveis, se apaixonam pela mesma mulher, uma profissional independente – e encalhada, sem um saber do outro. Quando eles descobrem que estão atrás da mesma mulher, resolvem entrar em uma competição pela garota – e para isso, usam tudo o que a CIA oferece a eles.

Guerra É Guerra (This Means War no original) segue a linha de Sr e Sra Smith e Par Perfeito: um filme de ação que no fundo é uma comédia romântica.

Gosto do diretor McG, que também dirigiu os dois As Panteras e o mediano Exterminador do Futuro – A Salvação, e é produtor de algumas séries de tv (entre elas, uma das minhas preferidas, Supernatural). Concordo que ele é um pouco exagerado, mas mesmo assim gosto do ritmo que impõe aos seus filmes. E ele fez um bom trabalho aqui, colocando bom humor nas cenas de ação, ajudado por uma edição rápida e uma trilha sonora moderninha.

Sobre o elenco: por um lado, heu acho que Reese Witherspoon não era a melhor escolha para o papel, talvez uma atriz mais nova e/ou mais bonita desse mais credibilidade – não acho que dois bonitões brigariam por uma mulher mais velha e que nem é tão bonita assim… Pelo menos os três (Reese, Chris Pine e Tom Hardy) são bons atores, têm carisma e conseguem uma boa química. (Aliás, foi curioso ver este filme logo depois de ver Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, dá pra ver claramente que o ator que faz o Bane não é tão grande como parece). Ainda no elenco, Til Schweiger, Chelsea Handler, Angela Basset e Abigail Spencer.

O roteiro é previsível. Mas, como falei lá em cima, Guerra É Guerra é essencialmente uma comédia romântica, gênero que é sempre previsível. Portanto isso não chega a incomodar, o filme é divertido e tem algumas cenas muito boas, como por exemplo a sequência do paintball. Se a gente se ligar nesses momentos divertidos, pode se desligar das várias forçações de barra do roteiro, como os apartamentos chiques dos agentes da CIA, ou um agente que também pratica acrobacias de circo…

Enfim, Guerra É Guerra não vai mudar a vida de ninguém. Mas pode ser uma opção divertida para casais (romantismo para ela, ação para ele).

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O Exterminador do Futuro: A Salvação

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O Exterminador do Futuro: A Salvação

O primeiro Exterminador do Futuro, dirigido por James Cameron em 1984, é um dos melhores filmes de ação / ficção científica da década de 80, e ainda criou um papel perfeito para o ex fisiculturista (e hoje político) Arnold Schwarzennegger. Sua continuação, em 1991, também dirigida por Cameron, não só manteve o bom nível do primeiro, como ainda foi um marco no uso dos efeitos especiais por computador, ao criar um exterminador de metal líquido. Em 2003 houve uma terceira parte, bem mais fraca que os dois primeiros. E agora chega aos cinemas o quarto filme. E aí? Funcionou?

Sim, funcionou. Não sei se ficará para a história como os dois primeiros, mas é bem melhor que o terceiro, e bem melhor do que muitos dos recentes “filmes novos com ideias antigas”.

(Explicando a expressão usada aí em cima: Hollywood não tem tido muita imaginação para criar novas ideias, é só vermos a enorme quantidade de refilmagens, releituras e reciclagens em geral que ocupam as listas de filmes mais vistos dos últimos tempos!)

Todos conhecem a história, né? No futuro (o “distante”1997), houve uma hecatombe nuclear, e as máquinas decidiram tomar conta do planeta e exterminar a raça humana. Então, mandam um robô – o “Exterminador” – para o passado, para matar a mãe de John Connor, líder da resistência no futuro.

Enquanto os outros filmes se passavam antes da hecatombe, com exterminadores e humanos voltando pro passado, este quarto filme se passa depois, com John Connor já adulto. Connor luta para salvar Kyle Resse, um jovem que no futuro voltará ao passado e se tornará o seu pai. Enquanto isso, um misterioso Marcus Wright aparece ao lado dos “mocinhos”, e não sabemos exatamente quem é ele. E contar mais sobre este bom personagem estraga o filme para quem não viu.

O elenco é cheio de nomes legais. Sam Worthington “rouba” o filme como Marcus; Anton Yelchin, o Checov do novo Star Trek, também está bem como Kyle Reese. Também estão no elenco Moon Bloodgood, Bryce Dallas Howard, Helena Bonham Carter e Michael Ironside. Curiosamente, Christian Bale, o Batman, logo o protagonista, apesar de bom ator, é o elo fraco do elenco. Usar exatamente a mesma voz gutural do cavaleiro das trevas não foi uma boa ideia…

Coube a direção a McG, que apesar do nome esquisito, já mostrou eficiência em filmes de ação ao dirigir os dois As Panteras. E os ótimos efeitos especiais ficaram a cargo da consagrada Industrial Light & Magic, fazendo um bom trabalho ao misturar efeitos mecânicos e computadorizados. E existe uma surpresa muito legal no fim do filme, quando aparece o primeiro T800!

Enfim, como dito lá em cima, o tempo vai dizer se esse virará um clássico como os dois primeiros. Mas por enquanto podemos ficar com um bom filme de ação!