Viúva Negra

Crítica – Viúva Negra

Sinopse (imdb): Em missões entre os filmes Guerra Civil e Guerra Infinita, Natasha Romanoff precisa lidar com seu passado como espiã e os relacionamentos rompidos deixados em seu rastro, muito antes de se tornar uma Vingadora.

A Marvel deu sorte com timing da pandemia. Quando os cinemas fecharam, a Marvel tinha acabado de fechar a fase 3 com Vingadores Ultimato e Homem Aranha Longe de Casa – imagina se tivessem fechado antes do Vingadores Ultimato?

Sem os cinemas, a Marvel se adaptou ao streaming e lançou 3 séries, Wandavision, Falcão e o Soldado Invernal e Loki – enquanto Falcão e o Soldado Invernal segue o formato dos filmes, Wandavision e Loki pegaram caminhos diferentes e mostraram que a Marvel ainda pode ir muito longe quando se fala de audiovisual de super heróis.

Mas… Cinemas estão aos poucos voltando, e ao mesmo tempo o streaming tá aí firme e forte, e finalmente chegou a hora de um novo lançamento de filme do MCU. Viúva Negra estreia nos cinemas e ao mesmo tempo no Disney+.

Finalmente temos o filme solo da Natasha Romanoff – tivemos filmes solo de vários outros, por que nunca tinham feito o dela? Dirigido pela quase desconhecida Cate Shortland (mais uma vez mostrando que a Marvel faz “filme de produtor” e não “filme de diretor”), Viúva Negra é o filme que estava faltando. Pena que talvez tenha vindo tarde demais. Tarde demais porque a Natasha morreu no último Vingadores, e a princípio sua personagem não voltará mais. Será que não era melhor ter esse filme antes?

Enfim, antes tarde do que nunca. Viúva Negra é um “legítimo Marvel”. Cenas de ação excelentes, algumas piadinhas aqui e ali, inclusive satirizando os clichês de super herói – em determinado momento a Yelena pergunta por que a Natasha sempre cai fazendo pose. E, principalmente, um filme sólido e coeso com um grande universo cinematográfico cada vez mais complexo.

Não li nada antes de assistir, achava que era o “filme de origem”, mas, na verdade, Viúva Negra se passa entre Guerra Civil e Guerra Infinita. Mas, ok, o filme ficou coerente com o MCU.

Claro que temos vários novos personagens. Rachel Weisz e David Harbour estão bem – Harbour faz um alívio cômico que beira a caricatura, mas heu gostei do personagem. Mas, a melhor coisa do elenco é Florence Pugh, que já tinha mandado bem em Midsommar, e aqui quase rouba o protagonismo da Scarlett Johansson. Ela é uma excelente personagem, não só na parte física (ela é muito boa nas cenas de briga). mas também no pouco espaço que o filme deixa pro drama – a personagem dela, Yelena, é quem mais sofreu as consequências dos atos praticados no início do filme.

Sobre os vilões, duas críticas. Gostei do Taskmaster, que parece meio um robô – e tem olhos de cylon! Mas o plot twist sobre quem é debaixo da armadura é meio óbvio. Já o outro vilão, Dreykov, vivido por Ray Winstone, é bem clichê. Sabe aquele vilão que conta o plano todo para o mocinho no momento chave do filme? Poizé. Ok, entendo que metade dos filmes de ação têm esse clichê, mas, da Marvel, a gente espera mais, né? (Pô, tá rolando a série do Loki! Que vilão!)

A mesma crítica falo sobre o terceiro ato do filme. Muita correria e muita explosão, a gente até se perde no meio daquilo tudo. Mas, repito, metade dos filmes de ação têm isso, não é uma crítica à Viúva Negra em particular… Agora, vou te falar que a cena final é de tirar o fôlego. Não falo aqui por causa de spoilers, mas é quando a Natasha consegue escapar.

(Um pequeno parênteses pra reclamar de uma cena em particular: quando a avalanche alcança a prisão, as montanhas não estavam meio longe? Uma avalanche avança tanto em terreno plano?)

Apesar desses clichês, curti o filme. A Marvel continua mostrando porque virou referência quando se fala de filme de super heróis. Aguardemos os próximos, ainda estão previstos mais 3 filmes ainda este ano: Shang Chi, Eternos e o novo Homem Aranha.

Ah, tem uma cena pós créditos. Boa cena. Mas só quem estiver em dia com a Marvel que vai pegar.

Liga da Justiça de Zack Snyder

Crítica – Liga da Justiça de Zack Snyder

Heu não ia postar este texto. Pra fazer um bom texto sobre esta nova versão de Liga Da Justiça, o tal “Snydercut”, heu precisaria rever o original, e não estava nem com tempo nem com saco para tal. Mas, me pediram, e, parafraseando o meu lado músico, “o artista tem que ir aonde o povo está”.

Então vamulá. Mas vou falar mais do conceito do que da nova versão do filme.

Primeiro, queria falar do conceito de “versão do diretor”. Não faz muito tempo, gravei um Podcrastinadores sobre versões do diretor. Existem casos e casos, mas o mais comum é quando o estúdio pede uma alteração e o diretor faz a contragosto (existe uma área cinzenta sobre quem é o “dono” do filme, normalmente o diretor é o dono da visão artística, mas o real dono do filme é o produtor, tanto que é este que ganha o Oscar de melhor filme). Um exemplo famoso é a narração em Blade Runner. Diziam na época que o estúdio pediu uma narração em off, aí o Ridley Scott teria pedido ao Harrison Ford pra falar de má vontade pra convencer os produtores a tirar a narração, mas os produtores teriam achado genial, porque o filme ficou com cara de filme noir.

O fato é: normalmente uma versão do diretor é uma coisa pros fãs. Tenho aqui o DVD de Quase Famosos, um dos meus filmes favoritos. É um DVD duplo, um dos DVDs é a versão que passou nos cinemas, com 1 hora e 58 minutos; o outro é a versão do diretor, com 2 horas e quarenta minutos. Quem quer ver um bom filme, veja a versão pro cinema; quem quer ver um bom filme com mais algumas cenas legais, veja a versão estendida.

Ah, também queria falar de outro caso, A Pequena Loja dos Horrores, outro dos meus filmes favoritos. Na época, 1986, filmaram dois finais – um era o final do teatro, um final pessimista, onde o herói morre e a planta vence (spoiler!); o outro era um final feliz, onde o herói consegue derrotar a planta. Na época, acharam melhor deixar o final feliz, e nem divulgaram o outro final – era 1986, nem existia internet! Até que, uns 20 anos depois, anunciaram na Amazon um blu ray com um “final alternativo”. Comprei, comecei a ver, e eram mais de 20 minutos de cenas novas! Que heu nem sabia que existiam!

Bem, chega de falar de outras versões estendidas. Mas, antes de entrar no Snydercut, vamos nos situar historicamente.

O ano era 2017, mais pro fim do ano. A Marvel estava a toda, lançando filmes do MCU desde 2008 – nessa época estávamos com Thor Ragnarok, o décimo sétimo filme do MCU. Enquanto isso, a DC continuava lançando um filme aqui, outro ali, alguns bons, outros não, o último tinha sido o fraco Batman vs Superman. Ao ficar pra trás, no desespero, a DC fez um “all in” de poker, e lançou um filme com todos os super heróis – mas se esquecendo que antes de lançar o primeiro Vingadores, a Marvel tinha cinco filmes “solo” com Homem de Ferro, Capitão América, Hulk e Thor. E o filme da Liga ainda teve outro problema, que vou falar daqui a pouco. Ou seja, o resultado de Liga da Justiça foi cambaleante, e, na época, perdia na comparação com a rival. O terceiro filme de um herói de segunda linha, Thor, foi melhor que o filme que reunia Superman, Batman e Mulher Maravilha.

(Se heu fosse executivo da DC, propunha outro caminho. Esqueçam a Marvel, esqueçam o MCU, vamos focar em filmes solo, com temas mais adultos. Vamos seguir a linha de Coringa, que chegou a ser indicado a 11 Oscars, dos quais ganhou dois.)

O outro problema de Liga da Justiça não tem nada a ver com falta de planejamento, foi uma coisa muito triste. A filha do diretor Zack Snyder cometeu suicídio, e ele se afastou do projeto, que foi assumido pelo Joss Whedon. E foi por causa dessa troca que o Snyder, de um tempo para cá, começou a anunciar que queria apresentar a versão dele do filme, e seus fãs começaram a encher o saco de todos.

Até aí, ok. Faça que nem A Pequena Loja dos Horrores e lance uma nova versão para os fãs em home vídeo.

Mas, não. Novas filmagens foram feitas – ué, se refilmou, ainda conta como “novo corte”? – e os fãs malas estavam cada dia mais chatos sobre esse assunto. Não me lembro de nenhuma outra versão de diretor que gerou tanto assunto!

Bem, finalmente, vamos falar do filme.

Já falei que não revi o primeiro Liga da Justiça, então não vou fazer muitas comparações. Mas tem duas coisas que a gente precisa falar logo de cara. A primeira é essa imagem 4×3. Snyder queria lançar em Imax. Lembro que vi Dunkirk com imagem assim, 4×3, ocupando toda a tela do Imax. Aquilo ficou muito legal, realmente, a imagem quadrada numa tela daquelas faz diferença. Mas… o Snydercut está sendo lançado em streaming! Os cinemas estão fechados há um ano! Qual é o sentido de ter uma imagem quadrada pra se ver na TV de casa?

A segunda é a duração. 4 horas de filme??? Tirando O Senhor dos Anéis, que era um livro enorme adaptado, não lembro de outro caso na história do cinema onde uma versão de 4 horas se justificaria.

Resultado: o filme é chato. É um filme longo demais, com sérios problemas de ritmo, difícil de se ver de uma vez – quase todos que conheço que viram, o fizeram em partes.

A história em si não tem muita coisa diferente. Fiquei até curioso pra saber como o cara conseguiu esticar tanto, com duas horas e meia de filme não tinha quase nada de inédito, e o filme anterior só tinha duas horas! Mas não, não faço questão de saber o que foi acrescentado, deixa pra lá. A vida é curta demais pra ficar comparando versões de Liga da Justiça!

Agora, admito que tem coisa que ficou melhor. O Ciborgue tem uma história bem mais complexa (já que não teve filme de origem). O vilão, Steppenwolf, também tem uma história maior por trás (mas a minha implicância com ele é o nome – não dá pra não pensar na banda). Ah, na outra versão tinha uma história paralela, bem chatinha, com uma família russa, e isso sumiu.

Tem uma outra mudança que é bem visível: o filme é mais escuro e tem menos piadas. Os fãs acham que isso é uma coisa que melhorou, mas não acho isso nem melhor nem pior, é apenas uma característica: um filme mais escuro e mais sério. Heu, particularmente, gosto das piadas, então, na minha humilde opinião, um filme ter menos piadas não é uma boa mudança… (Aliás, o Flash tem menos piadas, mas continua como alívio cômico. Se era pra ser um filme sério, por que manter um alívio cômico?)

Outra coisa: o Snydercut tem muita câmera lenta. MUITA câmera lenta. Mas isso é característica do diretor. Reclamar disso não rola, é que nem reclamar de lens flare nos filmes do JJ Abrams.

Seguindo a mesma linha, li críticas falando que Snydercut parece uma colagem de comerciais, usando heróis posando e falando frases de efeito. Mais uma vez, isso é a cara do diretor, e se a gente pensar que isso é um produto direcionado ao fã, deixa quieto, porque os fãs devem ter gostado.

Tem gancho pra continuação, aparece um vilãozão, o Darkseid, ele aparece que nem o Thanos nas primeiras vezes que apareceu no MCU. Dá pra sacar que é um personagem importante, mas ele só vai ser usado em outros filmes.

Tem uma cena extra num epílogo que parece uma tentativa de continuação – “ei, fãs, olha só o novo filme que posso fazer, comecem a encher o saco!”. A cena não é ruim, mas também não é boa, é apenas uma cena solta, sem nenhuma conexão a nada no filme, jogada lá só pros fãs darem gritinhos.

(Falando nisso, lembro da sessão pra imprensa do Liga da Justiça em 2017, tinha fãs dando gritinhos em algumas cenas, tipo quando aparece um Lanterna Verde. Isso foi uma vantagem de ver o novo filme em casa, beatlemania é uma coisa ultrapassada.)

No fim, fica a sensação que Liga da Justiça de Zack Snyder é um produto só pros fãs. Os fãs devem ter adorado. Heu ia gostar de uma versão exagerada de um filme que sou fã. Mas, pra quem não é fã, talvez seja melhor ficar com a versão de 2017. Não que aquele seja um filme bom, mas pelo menos não é chato. Um filme de super herói pode ser ruim, pode ser tosco, mas não pode ser chato. E Liga da Justiça de Zack Snyder é chato.

WandaVision

Crítica – WandaVision

(CONTÉM SPOILERS DA SÉRIE WANDAVISION!!!)

Comentei no Podcrastinadores e repito aqui: A Marvel está mudando a forma como consumimos o audiovisual. Este momento vai entrar pra história. E não estou falando da qualidade dos filmes. Heu particularmente gosto dos filmes do Marvel Cinematic Universe, o MCU, mas o que estou falando aqui não é questão de gostar ou não. Não me lembro de outro caso na história do cinema onde um universo cinematográfico sólido e coeso foi criado deste modo – lá atrás em 2008, na cena pós créditos do primeiro Homem de Ferro, aparecia o Nick Fury falando em Vingadores. E, ao longo de 11 anos e mais de 20 filmes, a gente viu o desenvolvimento e o encerramento de uma complexa saga com esses heróis, até então pouco conhecidos.

Aí anunciaram que teríamos seriados. Logo de cara não gostei. Lembrei de Agents of Shield, série que comecei a ver e larguei porque é chata – aquele formato antigo, de mais de 20 episódios por temporada, hoje acho esse formato muito cansativo. Pensei “que droga, vou deixar parte do MCU de lado”.

E aí veio WandaVision, no mesmo formato de Mandalorian, poucos episódios de pouco mais de meia hora cada. E num ritmo que, se você gosta do MCU, não tem como não embarcar.

A série começa num formato sitcom anos 50, depois 60 e depois 70. Olha, vou te dizer que se fosse só isso – uma sitcom com super heróis vivendo como pessoas normais, heu já ia gostar. Ainda por cima estrelada por dois dos atores principais dos filmes, a Elizabeth Olsen e o Paul Bettany. Mas, ao longo desses 3 primeiros episódios, a gente vê alguns elementos aqui e ali que mostram que a série não vai ficar só nisso.

Ainda nos formatos sitcoms antigas: uma coisa bem legal foi que filmaram como se fosse na respectiva época. Não só o formato da tela é outro, como até os efeitos especiais são os que eram usados na época.

Mais um comentário legal sobre o formato: cada episódio tem um título que tem a ver com a história: Ep 1 – “Gravado Ao Vivo Com Plateia”; Ep 2 – “Não Mude de Canal”; Ep 3 – “Agora em Cores”; Ep 4 – “Interrompemos Este Programa”; Ep 5 – “Em um Episódio Muito Especial…”; Ep 6 – “Um Halloween Assustadoramente Inédito!”; Ep 7 – “Derrubando a Quarta Parede”; Ep 8 – “Nos Capítulos Anteriores”; e Ep 9 – “O Grande Final”

No quarto episódio a gente já sabe que WandaVision é “full MCU”. Inclusive temos a inclusão no elenco de dois personagens secundários de outros filmes, a Darcy, de Thor, e o Jimmy Woo, de Homem Formiga.

(Tem uma personagem que aparece no segundo episódio, a Monica, que depois a gente descobre que é muito importante, e provavelmente vai ser ainda mais importante no futuro do MCU.)

Se o quarto episódio largou o formato sitcom, o quinto volta, e agora estamos nos anos 80. Mas, o grande lance deste episódio foi a última cena, quando aparece o Pietro, irmão da Wanda. Mas, o que explodiu a cabeça dos fãs foi que apareceu o Pietro dos X-Men, não o irmão da Wanda. Dezenas de teorias surgiram na Internet pra tentar justificar o Pietro “errado”. Fãs dos quadrinhos ficaram em polvorosa, e a Marvel deu uma boa trollada neles (porque a série acabou e não explicaram nada).

Aqui cabe um aviso pra aqueles que não me conhecem. Primeiro, que não leio quadrinhos, nada contra, mas, quadrinhos de super herói prefiro esses da Disney. Segundo que sempre defendi que um filme (ou série) tem que ser autossuficiente. Em uma adaptação de HQ, livro, videogame ou seja lá qual for a origem, o espectador tem que curtir sem precisar de “manual de instruções”, sem precisar conhecer o material original. O filme (ou série) pode até ter alguns elementos colocados para os fãs, mas isso não pode ser algo essencial. Felizmente, nesse aspecto a Marvel costuma funcionar.
Um bom exemplo disso que falei é quando a Wanda fala pro Pietro “Kick Ass”. O filme Kick Ass tem o Evan Peters e o Aaron Taylor Johnson, os dois atores que fizeram o Pietro. Quem entendeu a referência curtiu; quem não pescou, não atrapalhou em nada.

No fim do sétimo episódio a gente descobre que a Agnes na verdade é Agatha (está nos quadrinhos, mas pouco importa), e ela estava por trás de boa parte do que acontecia. Ah, esqueci de falar, ela é interpretada pela Kathryn Hann, ótima atriz.

E aí nos dois últimos episódios, o formato sitcom é abandonado de vez. No oitavo temos flasbacks explicando a Agatha e a Wanda (em um deles, o pai da Wanda abre uma caixa com dvds, e vemos vários dvds de sitcoms que foram recriadas ao longo da temporada, em mais uma sacada genial).

E no último episódio, vemos a luta final da Wanda com a Agatha, e a luta do Visão com um Visão branco (que apareceu na cena pós créditos do episódio anterior. Duas boas lutas, que não seguem os clichês de lutas de super heróis em filmes só explosões. Os Visões param pra conversar e filosofar sobre os seus propósitos, o que é a cara do personagem. E a Wanda usa as runas que já tinham aparecido antes pra derrotar a Agatha, uma saída que nenhum espectador com quem conversei tinha antecipado. Ah, temos a confirmação de que o Pietro realmente não era ninguém.

O final da série é triste, mas tinha que ser deste jeito – se inventassem um final feliz, ia estragar todo o desenvolvimento da história. São duas cenas pós créditos, ambas abrindo portas pra outras histórias vindouras. WandaVision não deve ter segunda temporada, a história fechou aqui.

Mulher-Maravilha 1984

Crítica – Mulher-Maravilha 1984

Sinopse imdb: Fast Forward para a década de 1980, quando a próxima aventura da Mulher Maravilha no cinema a encontra enfrentando dois novos inimigos: Max Lord e Mulher Leopardo.

Mulher-Maravilha 1984 (Wonder Woman 1984, no original) é o segundo grande lançamento cinematográfico pós covid – depois de Tenet. E Mulher-Maravilha 1984 vai sofrer com os mesmos problemas. Assim como Tenet, Mulher-Maravilha 1984 é filme pra ser visto nos cinemas, na tela grande. E boa parte do público ainda não voltou pros cinemas. Ou seja, vai ser mais um prejuízo.

Mas, vamos ao filme. Mulher-Maravilha 1984 tem alguns bons momentos, alguns momentos excelentes, mas nem tudo funciona. Achei o final péssimo.

Vamos ao que funciona. A direção é da mesma Patty Jenkins que dirigiu o primeiro, acho isso algo positivo, não tem alguém diferente tentando “consertar” alguma coisa. A reconstituição de época está ótima. Às vezes parece meio caricato, mas, poxa, os anos 80 foram caricatos. Heu sei porque heu vivi aquilo! (Nasci em 71, em 84 tinha 13 anos).

Algumas sequências são ótimas, como a que abre o filme, com a Mulher Maravilha ainda criança, ou a perseguição de carros. Não vou entrar em spoilers, mas tem um elemento que tinha no desenho animado da Liga da Justiça que aparece aqui, e o modo como apresentaram isso foi muito muito legal.

Gal Gadot é bonita, é carismática, e ainda é boa atriz. Vê-la na tela é um prazer. Chris Pine funciona bem ao lado dela, a química é boa. E os dois vilões são interpretados por dois atores inspirados: Kristen Wiig e Pedro Pascal (Hoje um nome hypado por causa de Mandalorian).

Agora… O personagem do Pedro Pascal é bom, mas não gostei nem um pouco da solução que deram pra ele. Tudo ficou exagerado e inverossímil. Mais uma vez não vou entrar em spoilers, mas, se o fim do primeiro filme já não é lá grandes coisas, esse aqui é ainda pior.

Mulher-Maravilha 1984 está nos cinemas. É um filme para ver no telão. Mas, lembrem-se: ainda estamos na pandemia! Se cuidem!

Jiu Jitsu

Crítica – Jiu Jitsu

Sinopse do imdb: A cada seis anos, uma antiga ordem de lutadores de jiu-jitsu junta forças para combater uma raça feroz de invasores alienígenas. Mas quando um famoso herói de guerra é derrotado, o destino do planeta e da humanidade está em jogo.

Outro dia me mandaram o link de um trailer que parecia um plágio descarado de Predador, e com o Nicolas Cage no elenco. Claro que parecia ser ruim. Mas, olha,vou te falar que o filme me surpreendeu. É ainda pior!

Jiu Jitsu foi escrito, produzido e dirigido por um tal de Dimitri Logothetis, que nunca fez nada relevante na carreira, mas tem uns filmes de Kickboxer no currículo. O filme é tão ruim que nem sei por onde começar. Aliás, sei sim. Que tal a gente começar falando que é um filme que se chama Jiu Jitsu, mas não tem lutas jiu jitsu? Olha, não sou um expert em artes marciais, mas “acho”que jiu jitsu não tem chutes dando cambalhotas, nem usa espadas…

Mas, vamulá, vou citar 10 motivos porque Jiu Jitsu é ruim:

1- Antes de tudo, é um filme chato. Um filme de luta contra alienígenas pode ser ruim, mas não pode ser chato.

2- Como falei, não tem jiu jitsu.

3- Plágio. Galera, não dá. Predador é uma franquia conhecida, já tem pelo menos 4 filmes (além de dois Alien vs Predador). Não dá pra hoje, em 2020, dizer que um guerreiro alienígena vem pra Terra lutar e usa uma camuflagem que fica invisível. Não rola, ficou feio.

4- Roteiro. O roteiro de Jiu Jitsu é um lixo. Nada faz sentido. Quem são essas pessoas que lutam contra o Predador paraguaio? De onde elas são, por que elas estão lá, por que elas lutam? Nem no Globo Repórter teremos resposta!

5- Roteiro de novo. Por que dão importância a uma personagem na primeira metade do filme, e depois ela some? Dão a entender que ela vai ser importante, e do nada a personagem morre como se fosse um extra. Não via algo assim desde o Samuel L Jackson naquele filme (também ruim) de tubarões.

6 – Ainda o roteiro. Qual é o sentido daquele pseudo romance? Do nada o casal tá lá apaixonadão.

7- Efeitos especiais. Aqueles tazos que o Predador da Carreta Furacão joga são dos piores efeitos que vi no cinema nos últimos tempos. Além de não fazer sentido, o efeito é bem ruim.

8- Efeitos especiais de novo. Não é exclusividade de Jiu Jitsu, mas acho muito tosco quando colocam sangue em cgi. Qual é o problema de sujar o elenco com tinta vermelha? Nojinho?

9- Alívio cômico. Cara, o elenco inteiro é muito ruim, mas o personagem que faz o alívio cômico é péssimo!

10- Piano. POR QUE TEM UM PIANO NA “CAVERNA” DO NICOLAS CAGE???

Agora, o Nicolas Cage não me incomodou. Ele tá ruim? Tá. Mas todos estão. Não vou defender a carreira do Nicolas Cage, porque sei que de uns anos pra cá ele fez um monte de porcarias. Mas existe uma modinha de falar mal do Nicolas Cage. E nem tudo o que ele faz é ruim. Mandy, do ano passado, é bem legal, e A Cor que veio do espaço, deste ano, não é ruim.

Pra não dizer que nada se salva, gostei de um plano sequência de luta meio parkour, onde a câmera às vezes fica em POV, meio Hardcore Henry. Tiro porrada e bomba em plano sequência. Essa cena é tão bem filmada que destoa do resto do filme.

Enfim, lixo.

Os Novos Mutantes

Crítica – Os Novos Mutantes

(Não, não vou falar da versão d’Os Mutantes sem a Rita Lee)

Sinopse (imdb): Cinco jovens mutantes, apenas descobrindo suas habilidades enquanto mantidos em uma instalação secreta contra sua vontade, lutam para escapar de seus pecados passados ​​e se salvar.

Finalmente estreou Os Novos Mutantes (The New Mutants, no original). E quando falo “finalmente”, não é porque heu estava aguardando ansiosamente, mas porque esse filme foi adiado diversas vezes. Já até tinha virado piada interna no Podcrastinadores, porque já citamos esse lançamento em alguns episódios de “expectativas pro ano que vem”.

Não fui procurar detalhes da produção, mas sei que a mesma passou vários problemas. Claro que isso refletiu no resultado que vemos na tela, infelizmente. Vamos primeiro ao filme, depois a gente fala um pouco sobre os percalços.

O diretor Josh Boone (A Culpa é das Estrelas) declarou que é o primeiro filme ao mesmo tempo de terror e super heróis. Achei boa a ideia, mas, não, não é a primeira vez. Sem precisar de muito esforço me lembro de Brightburn, que era uma versão terror do Superman.

A proposta era um filme de terror paralelo ao universo dos X-Men (que são citados, mas não mostrados). Gostei da ambientação no hospital / sanatório. Segundo o imdb, a produção se inspirou em Um Estranho no Ninho, Clube dos Cinco e A Hora do Pesadelo 3, a mistura ficou boa. Mas a gente logo vê que é uma produção sem dinheiro – a médica interpretada pela Alice Braga aparentemente trabalha sozinha naquele prédio enorme – ela deve ser médica, segurança, cozinheira, faxineira e responsável por serviços gerais. Será que era tão caro contratar uns dois ou três atores secundários e colocá-los de jaleco branco ao lado dela?

Mas esse não é o pior problema. A protagonista Blu Hunt é uma atriz sem graça interpretando uma personagem sem graça (no imdb, o seu nome é o quinto a ser creditado!). Carisma zero. Se o protagonismo fosse com a Anya Taylor-Joy, talvez o filme fluísse melhor. O poster do filme concorda comigo, a Anya está em destaque, enquanto a Blu está escondida.

E aí a gente vê os problemas da produção. Provavelmente houve mudanças desde o projeto inicial até o resultado nas telas (em um dos pôsteres do filme o cabelo da Maisie Williams está diferente!). E nem todas as mudanças surtiram efeito, e assim coisas ficam soltas no ar. Por exemplo, gostei do “monstro” que assombra a Anya Taylor-Joy, mas ele é pouco explorado pelo roteiro. A ideia inicial era fazer uma trilogia, talvez esse plot fosse desenvolvido. Mas aparentemente não teremos continuação…

O elenco diminuto traz nomes com potencial de criar hype – Anya Taylor-Joy, de A Bruxa e Fragmentado; Maisie Williams, de Game Of Thrones; e Charlie Heaton, de Stranger Things. Mas acho que só Anya se salva. Uma curiosidade pro público brasileiro: o personagem Roberto é brasileiro, e o ator que o interpreta, Henry Zaga, também é – ele solta umas duas frases em português, ia ficar tosco se fosse um gringo. Aliás, não nos esqueçamos de Alice Braga. Produção gringa com dois atores brasileiros, pena que é uma produção que naufragou.

(Já repararam que, aos poucos, Alice Braga constrói uma sólida carreira no cinema fantástico hollywoodiano? Ela também estava em Predadores, Elysium, Eu Sou A Lenda, Repo Men, O Ritual, Ensaio Sobre a Cegueira…)

2020, pandemia, cinemas vazios, Os Novos Mutantes finalmente foi lançado. Não tem como não pensar que foi de propósito. Afinal, “se a bilheteria for ruim, a culpa é da pandemia”.

The Old Guard

Crítica – The Old Guard

Sinopse (imdb): Uma equipe secreta de mercenários imortais é subitamente exposta e agora deve lutar para manter sua identidade em segredo, assim como um novo membro inesperado é descoberto.

Oba! Charlize Theron de volta aos filmes de ação!

Atômica foi um grande filme. Boa ambientação, boa trilha sonora, boa fotografia – e o melhor: Charlize Theron, linda linda linda, saindo na porrada de maneira poucos vezes vista nas telas do cinema.

Mas Charlize é uma grande atriz, uma das melhores de sua geração. Sua carreira não se resumiria a filmes de ação a partir daquele momento. Ela engordou 22 kg e foi fazer uma mãe frustrada em Tully. Trabalho físico impressionante, pena que o filme é fraco.

Mostrando que realmente tem domínio do corpo (como fez Christian Bale na época dos Batman e O Operário e O Vencedor), Charlize volta mostrar que está em forma. E que forma!

Mas vamos ao filme. Dirigido por Gina Prince-Bythewood, The Old Guard (sem título em português) é uma adaptação dos quadrinhos homônimos de Greg Rucka. Não li os quadrinhos, mas, pelo filme, parece uma atualização do tema Highlander – “guerreiros imortais nos dias de hoje”. Porque hoje em dia aquela trama do Highlander não convence muito, né? Imortais que precisam se encontrar no mundo novo e duelar até sobrar um… Aqui temos “highlanders” que lutam para salvar a humanidade. Mais coerente com o século XXI.

A Netflix não costuma ter boas produções próprias, me parece que o foco é mais na quantidade que na qualidade. Mas, para sorte do espectador, acertaram desta vez (como também acertaram com o indonésio A Noite Nos Persegue). The Old Guard é bem acima da média das produções Netflix.

Nem tudo é perfeito. Achei o vilão caricatural demais, e algumas mudanças de comportamento de certos personagens não me convenceram, pareceram mais tentativas forçadas de plot twists. Por outro lado, algumas das lutas são muito boas. Na parte final, temos uma sequência onde todo o time de imortais luta quase como se coreografados (o que seria coerente com a experiência do grupo).

Além da Charlize, o elenco conta com KiKi Layne, Matthias Schoenaerts, Chiwetel Ejiofor, Marwan Kenzari e Luca Marinelli. Harry Melling faz o vilão caricato.

No fim, a trama abre pra uma série. Por um lado, legal, porque temos vontade de ver mais desse grupo, principalmente em outras épocas. Por outro lado, a chance de desgaste é grande (olha o fantasma do Highlander assombrando…).

Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

Crítica – Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

Sinopse (imdb): Depois de se separar do Coringa, Harley Quinn se junta aos super-heróis Canário Negro, Caçadora e Renee Montoya para salvar uma jovem de um senhor do crime.

Pouca coisa se salvava no filme Esquadrão Suicida. Uma dessas coisas era a Arlequina da Margot Robbie. Um filme solo da personagem não era exatamente uma surpresa.

Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (Birds of Prey: And the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn, no original) tem mais acertos do que erros. Focar o filme numa personagem carismática, interpretada por uma atriz carismática, foi uma boa sacada.

Uma coisa boa foi o jeito como lidaram com o Coringa – lembrando que o Coringa aqui é aquele todo errado do Jared Leto, nada a ver com o oscarizado Joaquin Phoenix. O Coringa é citado, mas a trama não pede a sua presença. Boa.

Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa também tem uma edição divertida e uma trilha sonora com músicas pop bem escolhidas – quase todas cantadas por mulheres. Aliás, o empoderamento feminino é um tema constante aqui: todas as personagens femininas são fortes; enquanto todos os masculinos são caricatos. Ah, esqueci de citar: a direção também é de uma mulher, a pouco conhecida Cathy Yan.

Infelizmente nem tudo funciona. As personagens secundárias são mal desenvolvidas, e o roteiro não se decide muito sobre suas características – tipo, uma delas tem super poderes, mas só na hora que o roteiro pede uma solução deus ex-machina.

No elenco, o destaque, claro, é Margot Robbie. Ewan McGregor está caricato, mas acho que é proposital. Também no elenco, Mary Elizabeth Winstead, Rosie Perez, Jurnee Smollett e Ella Jay Basco.

No geral, o resultado é positivo. Só achei o nome errado. O espectador vai ao cinema para ver um filme das Aves de Rapina, e o grupo só aparece quando o filme acaba…

Coringa

Crítica – Coringa

Sinopse (imdb): Um corajoso estudo de caráter de Arthur Fleck, um homem desconsiderado pela sociedade.

Estreou o filme que vai gerar as maiores discussões nerds do semestre!

O Coringa é um personagem icônico na cultura pop, mas sempre foi ligado ao Batman. Fazer um filme “solo” do Coringa era um risco (lembrando que o filme do Venom sem o Homem Aranha foi muito ruim). Mas não é que deu certo?

Uma coisa chama a atenção do cinéfilo atento. O diretor é Todd Phillips, que ganhou fama pelos três Se Beber Não Case. Assim como aconteceu ano passado com Peter Farrelly e o seu Green Book, um diretor ligado a comédias de humor grosseiro resolveu fazer um drama – e mandou bem no novo estilo.

Coringa (Joker, no original) é um filme “redondinho”. Boa história, um personagem central muito bem construído, um ator protagonista inspiradíssimo, e uma parte técnica impecável – boa fotografia, boa direção de arte, boa trilha sonora, etc. Não será surpresa se tiver algumas indicações ao Oscar.

Joaquin Phoenix aqui tem talvez a melhor interpretação de sua carreira. Seu Coringa é diferente dos anteriores, aqui temos um cara desequilibrado, que para de tomar seus remédios e entra numa violenta espiral de loucura. Coringa se passa dentro do universo do Batman, ou seja, teoricamente podemos chamar de um filme de super heróis. Mas nada aqui tem ligação com super poderes – Arthur Fleck é um cara “normal”, pode ser o seu vizinho. Talvez isso seja o mais assustador de toda a história.

(Muita gente deve estar se perguntando quem seria o melhor Coringa, afinal, Heath Ledger também fez um trabalho excepcional em Batman Cavaleiro das Trevas. Mas pra mim não tem como comparar, ambos mandaram muito bem, mas em propostas diferentes. A única certeza é que Jared Leto foi infinitamente pior com seu Coringa em Esquadrão Suicida).

Joaquin Phoenix não é o único nome grande no elenco. Robert De Niro tem sua melhor atuação em muito tempo (nem me lembro quando foi seu último destaque). Sua presença confirma a intenção “scorsesiana” do filme (muita gente traça paralelos com Táxi DriverO Rei da Comédia, duas parcerias Scorsese / De Niro). Também no elenco, Zazie Beetz, Frances Conroy, Brett Cullen e Shea Whigham.

Preciso fazer um comentário, mas antes, os avisos de spoiler.

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

Aparece o Bruce Wayne, ainda criança. Mas o Arthur Fleck já é quarentão. Se tivermos uma continuação deste universo, o Coringa será muito mais velho que o Batman!

FIM DOS SPOILERS!

Ah, sim, claro que um bom filme dentro do universo DC vai gerar briga entre Marvetes e DCzetes. “Chupa Marvel, Coringa está mais perto do Oscar do que qualquer filme do MCU!”. Bobagem. Mais uma vez, assim como Ledger vs Phoenix, são propostas diferentes. O MCU é um universo coeso com mais de vinte de filmes de super heróis, com os principais objetivos de divertir o público e fazer bilheterias milionárias. Coringa tem outra proposta. E vale dizer: as duas propostas são válidas. Quem ganha é o espectador!

Homem-Aranha: Longe de Casa

Crítica – Homem-Aranha: Longe de Casa

Sinopse (imdb): Após os eventos de Vingadores: Ultimato (2019), o Homem-Aranha deve se impor para enfrentar novas ameaças em um mundo que mudou para sempre.

Em primeiro lugar, é preciso falar que este não é apenas “o novo filme do Homem Aranha”. Este é “o filme depois de Vingadores Ultimato“. Se no início do MCU os filmes eram independentes, e você conseguia assistir a filmes “avulsos”, isso não acontece aqui. Quem chegou agora vai ficar perdido…

Dito isso, Homem-Aranha: Longe de Casa (Spider-Man: Far from Home, no original) é um bom epílogo para esta fase do MCU. Não é um filme épico como o anterior (claro), mas é um filme leve e divertido (assim como o primeiro Homem Aranha), e que explica algumas coisas sobre o mundo “depois do blip” (como foi chamado o período onde metade da população desapareceu).

Mais uma vez dirigido por Jon Watts (o mesmo do primeiro Aranha), Homem-Aranha: Longe de Casa segue a vida do jovem que ainda não sabe como ser um super herói. Os fãs das HQs estão reclamando “porque este não é o meu Peter Parker”, mas achei coerente com tudo o que já foi mostrado no MCU.

No elenco principal, a única novidade é Jake Gyllenhaal, com um personagem que a princípio lembra o Doutor Estranho (isso é até falado no filme), mas que se revela bem diferente, e que é responsável por uma das melhores sequências do filme. Temos de volta Tom Holland, Marisa Tomei, Jon Favreau, Zendaya, Jacob Batalon, Tony Revolori, Samuel L. Jackson e Cobie Smulders. Tem algumas outras participações especiais, mas seria spoiler dizer quem são.

No fim, duas cenas pós créditos, como de praxe. Uma delas vai explodir a cabeça de muita gente, seja pelo que é falado, seja pelo ator escolhido!