Jonah Hex

Jonah Hex

Um filme baseado em quadrinhos da DC (Batman, Superman, Watchmen), estrelado por Josh Brolin (indicado ao Oscar no ano anterior), com o grande John Malkovich e a gostosona Megan Fox de coadjuvantes, tinha potencial para um grande lançamento nas telas de cinema. Mas teve um lançamento discreto direto em dvd. Por que será?

A resposta é clara: Jonah Hex é fraco!

Baseado na graphic novel homônima, o filme mostra a história de Jonah Hex (Josh Brolin), um caçador de recompensas durão com o rosto deformado e que consegue falar com os mortos, e seu grande inimigo, o terrorista Quentin Turnbull (John Malkovich).

Tecnicamente, o filme é até bem feito, os efeitos especiais funcionam bem. Mas a história é tão besta! O roteiro é repleto de clichês e diálogos ruins, e o filme gera interesse zero.

O elenco é bem acima da média, mas está ruim como todo o resto do filme. Brolin está horroroso, caricato, monocórdio. Malkovich está menos mal, mas não o suficiente para salvar o filme. E Megan Fox (Transformers, Garota Infernal) é apenas mais um rostinho bonito, dela ninguém esperava algo complexo como “atuar”. E o filme ainda traz outros nomes legais, como Michael Fassbender (Bastardos Inglórios), Aidan Quinn, Wes Bentley e uma ponta não creditada de Jeffrey Dean Morgan como Jeb (o filho de Malkovich).

Mas o roteiro é tão frouxo! Não sei como eram os quadrinhos originais, mas o filme traz coisas completamente sem sentido, como, por exemplo, qual era a motivação de um terrorista naquela época? Outro: qualé a da poderosa “arma destruidora de nações” que nunca é explicada?

Não preciso falar que foi um fracasso de bilheteria, né? Pelo menos é curto. Só 80 min.

Sukiaki Western Django

Sukiaki Western Django

O Festival acabou. Mas na semana seguinte sempre rola uma repescagem, alguns dos filmes que rolaram antes têm novas reprises.

Então resolvi ver Sukiaki Western Django, faroeste japonês com o Quentin Tarantino no elenco. Quando passei os olhos pelos 350 filmes da programação, não reparei nesse…

Claro que a primeira coisa que chama a atenção é a participação do Tarantino no elenco. Mas sabe que isso é o menos importante no filme? Ele faz apenas três cenas, caricatas ao extremo, e por um certo ponto de vista até dispensáveis. Bem, pelo menos estas cenas não atrapalham…

Num Japão com cara de faroeste, uma cidade quase fantasma é dividida por um briga entre duas gangues: os brancos e os vermelhos. Um pistoleiro solitário e extremamente habilidoso aparece e é disputado pelas gangues.

Todos os clichês de filmes de bangue bangue estão presentes. Brigas pelo poder, com muitos tiroteios e muito sangue, mas tudo num clima meio exagerado, meio estilizado. O que torna o filme um belo espetáculo visual.

Só acho que o filme não apresentou nenhuma novidade – no mesmo festival vi um western coreano! Ok, os filmes são diferentes, o japonês é muito menos comercial que o coreano. Mesmo assim, heu esperava algo mais. Além do mais porque o diretor Takashi Miike resolveu usar a “grife Tarantino”…

Mesmo assim, pode ser um belo espetáculo visual!

O Bom, o Mau e o Bizarro

Sexta começa o Festival do Rio, data mais esperada do ano de 10 entre 10 cinéfilos cariocas!

Esse ano dei uma olhada na programação, mas não teve muita coisa de encher os olhos… Mas acho que consigo ver uns seis ou sete até o fim do Festival.

Ontem consegui ir numa sessão de imprensa, então começo aqui os meus pitacos sobre o festival:

O Bom, o Mau e o Bizarro

Em primeiro lugar, preciso falar que este filme está no lugar errado. Quando programam um filme coreano chamado O Bom, o Mau e o Bizarro na mostra Midnight Movies, heu espero ver algo no mínimo estranho. E este filme não é estranho. Srs. programadores do Festival, por favor, tratem este filme como um filme “normal”, não um “Midnight”!

Dito isso, o filme é um faroeste coreano, impressionantemente bem feito.

Na Coréia, na década de 30, um homem (o “mau”) é contratado para roubar um mapa, num trem. Só que este trem está sendo roubado por um sujeito meio trapalhão (o “bizarro”), que foge com o mapa. E um caçador de recompensas (o “bom”) começa a caçar ambos.

Os cenários estão perfeitos, as cenas no deserto são lindíssimas. Os figurinos e elementos cênicos realmente convencem como uma super produção de época. E a movimentação entre os 3 personagens principais, cada um no seu clichê, também está muito boa: temos o mocinho que acerta todos os tiros e seu revólver nunca descarrega; o bandido mau, muito mau; e um “Didi Mocó” como alívio cômico.

Mas isso não é o suficiente, às vezes parece que estamos andando sem história. E o filme é longo, acho que foram mais de duas horas! Talvez fosse melhor dar uma enxugada: se o roteiro não tem muito o que contar, façamos um filme mais curto!

Além disso, por favor, vejamos os filmes certos nas mostras certas! Não é porque um filme é coreano que ele deve entrar numa mostra de filmes “estranhos”…