Alice
Enquanto “Alice no País das Maravilhas”, a nova superpodução de Tim Burton, não chega aos cinemas (a data prevista para a estreia é 16 de abril), o canal SyFy resolveu mostrar uma nova versão da clássica história de Lewis Carroll, numa minissérie de apenas dois capítulos, com um total de pouco menos de três horas.
(Heu odiei este novo nome do canal, prefiro o anterior “SciFi Channel”!)
A trama lisérgica: Alice é uma jovem que acidentalmente cai através de um espelho e vai parar num mundo completamente diferente, onde um chapeleiro e um cavaleiro a ajudam num resgate.
A minissérie é baseada em dois livros de Carroll: Alice no País das Maravilhas e Alice Através do Espelho. Vou confessar que, no distante ano de 1989, heu li esses livros, emprestados de uma biblioteca, pois achava fascinante toda a “viagem” – parecia que o autor tinha tomado um ácido antes de escrever. Mas sou sincero, desde então, nunca mais dei bola, e me esqueci de quase tudo que tinha na história original…
Existe um elemento muito interessante e importante na trama da minissérie, que não sei se já estava na história original: as pessoas do nosso mundo são levadas para o País das Maravilhas, e suas emoções são drenadas e transformadas em chá! Achei isso genial!
O visual da série é bem legal. Alguns cenários são deslumbrantes, e os efeitos são excelentes. Aliás, algumas das cenas são tão legais que nem parece que estamos vendo algo feito direto para a tv. Parabéns, canal SyFy!
No elenco, os principais nomes não são muito conhecidos: Caterian Scorsone como Alice, Andrew Lee Potts como o Chapeleiro, Matt Frewer como o Cavaleiro Branco e Philip Winchester como Jack Chase. Mas temos alguns nomes famosos em papéis menores (e importantes): Kathy Bates e Colm Meaney como a Rainha e o Rei de Copas, Harry Dean Stanton como Lagarta e Tim Curry como Dodô. De um modo geral, todos estão bem. Alguns estão um pouco caricatos, mas isso faz parte do contexto. Gostei dos dois atores que acompanham alice, Potts e Frewer, ficarei de olho nesses nomes.
Tudo funciona muito bem até a parte final, quando Alice entra no cassino. Não sei o que aconteceu a partir daí, parece que houve um apagão com os roteiristas e várias coisas ficaram mal resolvidas e não foram explicadas. E, pra piorar, a última cena é um clichê tão óbvio que dá raiva! Pena, porque ia tudo tão bem…
Mesmo assim, recomendo para quem gosta de histórias malucas e viajantes!