Sinopse (imdb): Quando os gêmeos Bill e Hal encontram no sótão um velho macaco de brinquedo do pai, começa uma série de mortes terríveis. Os irmãos decidem jogar o brinquedo fora e seguir em frente com suas vidas, distanciando-se com o passar dos anos.
O Macaco (The Monkey, no original) estava na minha lista de expectativas para 2025, por ser uma história do Stephen King, e dirigida por Osgood Perkins, que ano passado apresentou o bom Longlegs.
Gostei de Longlegs e gostei ainda mais de O Macaco. Se o primeiro era um terror sério, o segundo traz várias cenas de humor negro que fizeram o cinema dar gargalhadas várias vezes ao longo da projeção. São muitas cenas de mortes, e com muito gore. E ao mesmo tempo são cenas engraçadíssimas! Às vezes lembra o clima da franquia Premonição, onde a gente fica esperando mortes cada vez mais absurdas.
O humor negro não está só nas mortes. Vários diálogos também são neste estilo. E preciso dizer que adorei o tom do humor. Olha, há muito tempo heu não ria tanto numa sessão. Lembro que há pouco vi a comédia Bridget Jones Louca Pelo Garoto, e não ri quase nada…
Não li o conto original do Stephen King. Não sei se já era engraçado, ou se o humor negro foi uma adição do diretor e roteirista Oz Perkins (que é filho do Anthony Perkins, pra quem não sabe). Independente de quem é o autor, achei perfeito, este é o meu estilo de humor!
(Alguns amigos meus estão chamando O Macaco de “terrir”. Sei lá, pra mim, “terrir” está mais ligado ao estilo do Ivan Cardoso, filmes tipo As Sete Vampiras ou O Escorpião Escarlate, que eram filmes de terror, mas meio trash. O Macaco não é nada trash!)
O Macaco apresenta um brinquedo que, quando dão corda e ele bate no tambor, uma morte aleatória vai acontecer. O irmãos gêmeos Bill e Hal herdam esse brinquedo, mas tentam se afastar depois que descobrem os efeitos desagradáveis e imprevisíveis.
Curiosidade sobre o brinquedo: segundo o imdb, Oz Perkins resolveu fazer o macaco bater em um tambor em vez de pratos porque os direitos da versão com pratos são de propriedade da The Walt Disney Company, já que o brinquedo apareceu como personagem em Toy Story 3. O que é irônico, porque o macaco com pratos estava em Toy Story 3 porque seu diretor Lee Unkrich é fã de Stephen King.
Oz Perkins, na minha humilde opinião, está num bom momento da carreira. Lembro de quando vi Maria e João, o Conto das Bruxas, que achei bem filmado, mas entediante. Longlegs foi bem melhor, parecia uma uma mistura de Silêncio dos Inocentes com Zodíaco, mas em versão terror. O cara sabe filmar, sabe posicionar sua câmera, seus filmes fogem do óbvio. E agora, com O Macaco, Perkins acertou em cheio. E ainda tem um filme novo dele, Keeper, com previsão de lançar em outubro deste ano!
Os gêmeos Bill e Hal são interpretados pelo mesmo ator: Christian Convery quando adolescentes; Theo James quando adultos. Eles estão bem: achei que eram dois atores diferentes interpretando os adolescentes. Tatiana Maslany interpreta a mãe durante a primeira parte do filme. O Macaco ainda tem participações especiais de Elijah Wood e Adam Scott, cada um faz uma cena. E o diretor Oz Perkins tem um papel bem divertido, o tio dos meninos.
Alguns amigos meus falaram mal de O Macaco quando acabou a sessão. Mas te garanto que a sala inteira do cinema estava gargalhando alto. Acho que esses amigos esperavam um filme sério…