Copshop – Não Fazemos Prisioneiros

Crítica – Copshop – Não Fazemos Prisioneiros

Sinopse (imdb): Na fuga de um assassino letal, um vigarista astuto inventa um plano para se esconder dentro de uma pequena delegacia de polícia, mas quando o assassino aparece na delegacia, uma policial novata insuspeita é pega na mira.

Vou começar meu texto falando que acho o diretor Joe Carnahan um cara injustiçado. E se você está se perguntando quem diabos é Joe Carnahan, é uma prova de que ele é injustiçado.

Carnahan não é um grande diretor, não faz grandes filmes. Mas já fez alguns filmes bem legais, e mesmo assim continua sendo um nome desconhecido. O cara dirigiu a versão pro cinema do Esquadrão Classe A, dirigiu Smoking Aces A Última Cartada, A Perseguição, escreveu o roteiro da refilmagem de Desejo de Matar. Falei dele este ano, quando ele fez Boss Level, um filme de tiro porrada e bomba no formato de Dia da Marmota. Repito: o cara não faz grandes filmes. Mas é bom nome para filmes pequenos!

Copshop é isso, um bom filme pequeno. Quase toda a trama se baseia em quatro personagens e em um único cenário (na verdade, uma única locação, uma delegacia, e vários cenários dentro desta locação). Tem mais personagens e mais locações, mas são bem secundários, o foco do filme é só nos quatro dentro da delegacia.

O estilo lembra Tarantino – trilha sonora não convencional, personagens marginais descolados e muita violência estilizada, (com uma pegada mais divertida do que incômoda). Aliás, anos atrás fiz um top 10 “quero ser Tarantino”, tinha um filme do Joe Carnahan na minha lista…

Já que falei dos personagens, vamos ao elenco. Apesar de ter dois nomes muito mais conhecidos, a protagonista é Alexis Louder. Ela é “do bem”, e o personagem de Toby Huss é “do mal”. Os dois famosos do elenco, Frank Grillo e Gerard Butler, é que tem personagens dentro da “área cinza”. O roteiro (co-escrito pelo próprio Joe Carnahan) consegue colocar a dúvida na cabeça do espectador sobre quem é o mocinho e quem é o bandido.

Copshop – Não Fazemos Prisioneiros não é um grande filme, mas é uma diversão honesta.

Dupla Explosiva 2: E a Primeira-Dama do Crime

Crítica – Dupla Explosiva 2: E a Primeira-Dama do Crime

Sinopse (imdb): A dupla formada pelo guarda-costas Michael Bryce e o assassino Darius Kincaid está de volta em outra missão com risco de vida. Ainda sem licença e sob escrutínio, Bryce é forçado a entrar em ação pela esposa ainda mais volátil de Darius, a infame vigarista internacional Sonia Kincaid. Enquanto Bryce é levado ao limite por seus dois protegidos mais perigosos, o trio se mete em uma trama global e logo descobre que eles são os únicos que podem salvar a Europa de um louco vingativo e poderoso.

Em 2017, tivemos Dupla Explosiva um divertido filme de ação / comédia, com Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson, uma bobagem exagerada e divertida. Como se faz uma continuação de um filme desses? É fácil, é só exagerar ainda mais.

A trama não faz sentido e é cheia de absurdos. Mas quem não se ligar em detalhes como “lógica”, vai se divertir. O grande trunfo aqui é o elenco. Não é qualquer filme que tem Ryan Reynolds, Samuel L. Jackson, Salma Hayek, Antonio Banderas e Morgan Freeman. Eles estão atuando bem? Não importa, o importante aqui é que parece que eles estão se divertindo muito, e isso passa para a tela. Aliás é curioso analisar a carreira do Ryan Reynolds e ver que ele fazia comédias românticas. Hoje é impossível vê-lo fora do clima Deadpool.

O cgi aqui às vezes é meio capenga, mas pelo menos as sequências de ação são boas, e bem violentas. É, claro, algumas piadas são hilariantes.

Ok, admito que o roteiro poderia ser melhor. Um exemplo claro: o personagem do Frank Grillo aparece e some quando sem explicações. Focaram demais nas piadinhas e aparentemente esqueceram de revisar o roteiro…

Por fim preciso falar mal do título em português. O primeiro filme era The Hitman’s Bodyguard, ou seja, “O Guarda Costas do Assassino de Aluguel” – mas resolveram chamar de “Dupla Explosiva”. Agora, com Hitman’s Wife’s Bodyguard, tiveram que chamar de Dupla Explosiva 2, o que não faz sentido…

Dupla Explosiva 2: E a Primeira-Dama do Crime é bom? Não. Mas me diverti vendo. Se fizerem um terceiro filme, verei!

Boss Level

Crítica – Boss Level

Sinopse (imdb): Um oficial aposentado das forças especiais está preso em um loop temporal sem fim no dia de sua morte.

Já tinha lido sobre esse Boss Level, mas nem trailer tinha quando procurei. Aí deixei de lado. Até que o grupo de padrinhos do Podcrast mencionou um filme de tiro porrada e bomba com loop temporal. Era o Boss Level. Fui ver, o diretor era o Joe Carnaham. Opa, furou a fila!

Não sei exatamente quais foram os problemas encontrados pela produção. No imdb fala que Joe Carnaham (Esquadrão Classe A, Smoking Aces, A Perseguição) estava há anos tentando fazer este filme – fala que ele pegou um roteiro escrito em 2010 e reescreveu para filmar em 2012 pela Fox, mas o estúdio teria encrencado com a escolha de Frank Grillo pro papel principal. Outra nota no imdb fala que seria lançado em agosto de 2019, depois adiado pra junho de 2020, e finalmente pra março de 2021, quando finalmente chegou no streaming Hulu.

Antes de entrar no filme, vamos falar do loop temporal. Quando escrevi sobre Palm Springs, falei que aceito ideias repetidas desde que sejam bem utilizadas. Boss Level usa uma ideia repetida: um personagem está preso no mesmo dia em um loop temporal, igual a Feitiço do Tempo, No Limite do Amanhã, A Morte te dá Parabéns e o já citado Palm Springs. Nada de novo. Mas aqui tudo é mostrado como um videogame dos anos 80, quando não tinha como salvar – cada vez que você morria, voltava ao início do jogo. E cada vez que o protagonista Roy, morre, volta ao início do dia. Taí, não me lembro de ver esse tema sob este ângulo.

Boss Level não se leva a sério nunca, inclusive as “tentativas” não são mostradas necessariamente em ordem cronológica – o filme começa na tentativa 139, e avança e retrocede pra mostrar detalhes desse dia! E a narração em off com o Roy de saco cheio ajuda o clima descontraído.

O ritmo alucinado ajuda a distrair alguns efeitos especiais toscos e algumas falhas de roteiro – como por exemplo, se todos os assassinos chegam juntos ao bar por causa do localizador, porque só um assassino aparece quando ele descobre o localizador? Ou, como ele sai do elevador se tem uma câmera de segurança observando seus movimentos? Além disso, a história não faz muito sentido, essa história da máquina que causa o fim do mundo e toda a relação da personagem da Naomi Watts com o Mel Gibson vilãozão são desnecessárias.

Mas… o objetivo de Boss Level não é fazer o espectador refletir sobre a vida. O lance aqui é entregar uma hora e meia de ação descerebrada, repleta de humor negro. O objetivo de Boss Level é oferecer uma hora e meia de diversão. E quem entrar na onda do filme vai se divertir.

No elenco, é estranho ver o Mel Gibson de coadjuvante e o Frank Grillo de protagonista. Mas funciona. Frank Grillo não é um grande ator, mas caiu bem no papel. Mel Gibson aparece pouco e está bem caricato, mas o papel pede algo assim. Naomi Watts é que está desperdiçada, ela merecia um papel melhor. Michelle Yeoh aparece pouco, mas é um personagem importante e usa bem a atriz. Dentre os assassinos, ninguém conhecido.

Não gostei do fim, o fim usou a máquina que tenta explicar (mas que na minha humilde opinião era melhor ficar sem explicar nada). Mas mesmo assim ainda recomendo o filme pra quem curte o estilo.

Segundo o filmeB, o título em português vai ser Mate ou Morra, e vai ser lançado em junho. Por enquanto só no hulu mesmo.

Jiu Jitsu

Crítica – Jiu Jitsu

Sinopse do imdb: A cada seis anos, uma antiga ordem de lutadores de jiu-jitsu junta forças para combater uma raça feroz de invasores alienígenas. Mas quando um famoso herói de guerra é derrotado, o destino do planeta e da humanidade está em jogo.

Outro dia me mandaram o link de um trailer que parecia um plágio descarado de Predador, e com o Nicolas Cage no elenco. Claro que parecia ser ruim. Mas, olha,vou te falar que o filme me surpreendeu. É ainda pior!

Jiu Jitsu foi escrito, produzido e dirigido por um tal de Dimitri Logothetis, que nunca fez nada relevante na carreira, mas tem uns filmes de Kickboxer no currículo. O filme é tão ruim que nem sei por onde começar. Aliás, sei sim. Que tal a gente começar falando que é um filme que se chama Jiu Jitsu, mas não tem lutas jiu jitsu? Olha, não sou um expert em artes marciais, mas “acho”que jiu jitsu não tem chutes dando cambalhotas, nem usa espadas…

Mas, vamulá, vou citar 10 motivos porque Jiu Jitsu é ruim:

1- Antes de tudo, é um filme chato. Um filme de luta contra alienígenas pode ser ruim, mas não pode ser chato.

2- Como falei, não tem jiu jitsu.

3- Plágio. Galera, não dá. Predador é uma franquia conhecida, já tem pelo menos 4 filmes (além de dois Alien vs Predador). Não dá pra hoje, em 2020, dizer que um guerreiro alienígena vem pra Terra lutar e usa uma camuflagem que fica invisível. Não rola, ficou feio.

4- Roteiro. O roteiro de Jiu Jitsu é um lixo. Nada faz sentido. Quem são essas pessoas que lutam contra o Predador paraguaio? De onde elas são, por que elas estão lá, por que elas lutam? Nem no Globo Repórter teremos resposta!

5- Roteiro de novo. Por que dão importância a uma personagem na primeira metade do filme, e depois ela some? Dão a entender que ela vai ser importante, e do nada a personagem morre como se fosse um extra. Não via algo assim desde o Samuel L Jackson naquele filme (também ruim) de tubarões.

6 – Ainda o roteiro. Qual é o sentido daquele pseudo romance? Do nada o casal tá lá apaixonadão.

7- Efeitos especiais. Aqueles tazos que o Predador da Carreta Furacão joga são dos piores efeitos que vi no cinema nos últimos tempos. Além de não fazer sentido, o efeito é bem ruim.

8- Efeitos especiais de novo. Não é exclusividade de Jiu Jitsu, mas acho muito tosco quando colocam sangue em cgi. Qual é o problema de sujar o elenco com tinta vermelha? Nojinho?

9- Alívio cômico. Cara, o elenco inteiro é muito ruim, mas o personagem que faz o alívio cômico é péssimo!

10- Piano. POR QUE TEM UM PIANO NA “CAVERNA” DO NICOLAS CAGE???

Agora, o Nicolas Cage não me incomodou. Ele tá ruim? Tá. Mas todos estão. Não vou defender a carreira do Nicolas Cage, porque sei que de uns anos pra cá ele fez um monte de porcarias. Mas existe uma modinha de falar mal do Nicolas Cage. E nem tudo o que ele faz é ruim. Mandy, do ano passado, é bem legal, e A Cor que veio do espaço, deste ano, não é ruim.

Pra não dizer que nada se salva, gostei de um plano sequência de luta meio parkour, onde a câmera às vezes fica em POV, meio Hardcore Henry. Tiro porrada e bomba em plano sequência. Essa cena é tão bem filmada que destoa do resto do filme.

Enfim, lixo.

12 Horas Para Sobreviver: O Ano da Eleição

12 Horas Para SobreviverCrítica – 12 Horas Para Sobreviver: O Ano da Eleição

Ninguém pediu, mas, olha lá, James Demonaco fez um terceiro Noite de Crime

Um sobrevivente do segundo filme hoje é o chefe da segurança de uma senadora, candidata à presidência, que pretende acabar com a tradição do expurgo. O problema é que ela vira um alvo e precisa sobreviver durante esta noite.

Como falei nas críticas dos dois primeiros filmes, a premissa básica da franquia não me convence. Existem muitos outros crimes além de assassinato. Vou copiar um trecho da minha crítica do segundo filme: “Parece que todos os que vivem naquela sociedade se divertem vendo pessoas morrendo, e ninguém pensa em outros crimes, digamos, lucrativos, como furtos, roubos, fraudes, desvio de dinheiro – imaginem um hacker se divertindo em sites de bancos? Isso sem contar com crimes ligados a motivos pessoais. O cachorro do vizinho vive fazendo cocô no seu jardim? Pode botar fogo na casa dele. O outro vizinho comprou um carro melhor que o seu e gosta de ostentar? Pode depredar o carro.

Pra piorar, parece que todo mundo é um psicopata em potencial. Sério mesmo que eles acham que todos gostariam de assassinar alguém, ou de ver alguém sendo assassinado? Sei lá, posso estar sozinho, mas acredito que muita gente ia se sentir incomodada com isso.

Mas resolvi “comprar” a ideia. Vamulá, vamos fazer de conta que a ideia funciona. Vamos aceitar o conceito proposto pelo diretor e roteirista DeMonaco.

Este terceiro filme traz um interessante pano de fundo político, quando inclui no roteiro uma briga de classes. Se as classes sociais mais baixas causam prejuízo à previdência pública, a noite do “purge” é um bom momento de reduzir o número destes incômodos cidadãos. Outra ideia interessante (mas não aprofundada) é a existência de um “turismo da morte” – estrangeiros que viajam interessados em matar impunemente.

Mesmo assim, tem certas coisas que não funcionam. Um exemplo: se aquelas meninas do carro iluminado que vieram assaltar a loja foram recebidas a tiros, era pra atirar pra matar. Porque é CLARO que elas voltariam! Isso sem contar com o plot previsível onde a candidata vai ser traída.

Além de ser previsível, 12 Horas Para Sobreviver: O Ano da Eleição é extremamente maniqueísta. Fica muito claro quem são os bonzinhos da história. Seria interessante ter um personagem mais “cinza”.

(No fórum do imdb, um leitor levanta uma dúvida interessante sobre a linha temporal: se a senadora sobreviveu a uma noite de “purge”, esse filme se passaria tantos anos depois do primeiro, então o personagem do Frank Grillo deveria estar bem mais velho. Mas não fiz as contas, xapralá…)

Mesmo com esses defeitos, 12 Horas Para Sobreviver: O Ano da Eleição é bem feito, tem um clima interessante e deve agradar os fãs dos outros dois filmes. Mas chega, né? Não precisa de um quarto filme!

p.s.: O título original é “THe Purge: Election Year”. Por que aqui no Brasil deixaram o “Noite de Crime” de fora do título?

Capitão América: Guerra Civil

Capitão América Guerra CivilCrítica – Capitão América: Guerra Civil

Interferências políticas nas atividades dos Vingadores provocam um racha entre os antigos aliados Capitão América e Homem de Ferro.

Pouco depois da estreia de Batman Vs Superman, temos outro filme onde dois heróis amigos brigam entre si. Se uns dez anos atrás, Batman e Superman eram nomes muito mais fortes que Homem de Ferro e Capitão América, hoje, com o sólido trabalho feito pela Marvel com o MCU (Marvel Cinematic Universe), podemos dizer que a balança está mais equilibrada. E, devido aos últimos bons filmes da Marvel, a expectativa para este Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, no original) era ainda maior que a do longa da DC.

O título fala como se fosse o terceiro filme do Capitão América, mas Capitão América: Guerra Civil parece mais um terceiro filme dos Vingadores. Tirando o Thor e o Hulk, todo mundo está presente. E a divisão do protagonismo entre o Capitão América e o Homem de Ferro é bem equilibrada.

Mais uma vez a direção coube aos irmãos Anthony e Joe Russo, que eram nomes desconhecidos até dois anos atrás, quando fizeram um excelente trabalho com Capitão América 2: O Soldado Invernal. O trabalho dos irmãos é tão consistente que eles foram escalados para dirigirem os próximos dois filmes dos Vingadores!

O ritmo do filme é muito bom. Temos várias sequências de tirar o fôlego, como a cena inicial, que mostra os heróis em equipe, como um time bem treinado; ou a cena onde o Pantera Negra persegue o Bucky; ou ainda a sensacional sequência no aeroporto, onde vários heróis brigam, cada um no seu estilo. Só achei que o ritmo caiu um pouco no final – o final não é ruim, o problema é que o meio é melhor.

Já a parte técnica é impecável. Todas as lutas são muito bem coreografadas e editadas, vemos e entendemos tudo o que está acontecendo (diferente de alguns filmes por aí, com cenas escuras e/ou tremidas). E mais: logo no início, vemos uma cena com o Tony Stark de 25 anos atrás. Sim, um Robert Downey Jr rejuvenescido digitalmente está lá, e está perfeito!

Ah, o elenco e outro destaque. Temos a volta de Robert Downey Jr, Chris Evans, Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Anthony Mackie, Jeremy Renner, Don Cheadle, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Paul Rudd e Emily VanCamp aos seus papeis nos vários outros filmes da Marvel. De novidade, temos Daniel Bruhl, Marisa Tomei, William Hurt, Tom Holland, Frank Grillo e Chadwick Boseman. Martin Freeman aparece num papel muito pequeno, acredito que ele deve voltar em outro(s) filme(s). Ah, claro, tem a tradicional ponta do Stan Lee.

Precisamos citar o humor. Como de costume na Marvel, o filme tem várias tiradas engraçadíssimas. Homem Aranha e Homem Formiga são ótimos alívios cômicos! E o Tony Stark de olho na tia May da Marisa Tomei está impagável!

Ah,o 3D. Blé como sempre.

Por fim, são duas cenas pós créditos. Uma depois dos créditos principais e outra no fim do filme. Não saia sem vê-las!

A Casa dos Mortos

0-acasadosmortosCrítica – A Casa dos Mortos

Um grupo de jovens morre enquanto investigava uma casa onde aconteceram assassinatos décadas atrás. Um policial e uma psicóloga entrevistam o único sobrevivente para tentar descobrir o que aconteceu.

James Wan (Jogos Mortais, Sobrenatural, A Invocação do Mal) infelizmente anunciou que não vai mais dirigir filmes de terror – este ano (2015) ele lançará Velozes e Furiosos. Mas ele ainda usa o nome pra vender filmes “menores” de terror. É o caso deste A Casa dos Mortos (Demonic, no original), que traz o nome de Wan como autor do argumento e como um dos produtores.

Dirigido por Will Canon, A Casa dos Mortos tem uma coisa boa, coerente com a carreira recente de Wan: é um “terror à moda antiga” – mais uso de câmera pra criar a tensão e menos gore. E o início do filme é bem legal, usando o estilo “câmera encontrada” apenas pra mostrar os flashbacks. Pena que o roteiro se perca na parte final, particularmente, achei o fim muito ruim.

No elenco, Maria Bello (Marcas da Violência) e Frank Grillo (Uma Noite de Crime 2) estão ok. O resto do elenco é de jovens desconhecidos: Cody Horn, Dustin Milligan, Megan Park, Scott Mechlowicz, Aaron Yoo e Ashton Leigh. Ninguém se destaca, ninguém compromete.

Existe muito pouca informação sobre A Casa dos Mortos pela internet. O filme ainda está sem nota no imdb porque consta como “ainda não lançado” – curiosamente, segundo o imdb, o filme está sendo lançado aqui no Brasil agora em fevereiro, depois será lançado na Turquia em abril, e por enquanto é só – ainda não existem outras datas e países na página do imdb.

Pelo fim do filme, acredito que os produtores estejam pensando em uma continuação (algo muito comum no estilo). Se esta continuação realmente acontecer, fico curioso para saber o que vai acontecer com a “entidade” do fim do filme…