O Som do Coração

O Som do Coração

Nem dei bola pra este O Som do Coração (August Rush) quando foi lançado, em 2007. Mas a garotinha ruiva sugeriu, a gente viu, e agora vai pro blog.

O garoto Evan (Freddie Highmore), criado em um orfanato, tem um apurado mas ainda não desenvolvido dom musical. Ele quer criar uma música que traga de volta seus pais, os também músicos Lyla e Louis. Detalhe: nenhum dos dois sabe que Evan está vivo. Evan foge para Nova York, onde vira um prodígio musical.

Podemos ver O Som do Coração sob dois ângulos. Por um lado, é uma bela e emocionante história sobre encontros e desencontros; por outro lado, o roteiro é tão óbvio que dá nervoso!

Toda a trama é extremamente previsível. Dá até raiva. A gente consegue adivinhar cada passo do roteiro muito antes de acontecer. Isso atrapalha, e muito! Clichês seguidos de clichês…

O que salva é a parte musical do filme. Gostei muito de como o filme mostra o modo como Evan / August vê a música em volta dele, e também das diferentes cenas com a música clássica de Lyla misturada ao rock pop de Louis – frases do violoncelo dela entram nas melodias da banda dele em uma perfeita mixagem. E isso porque não falei da original técnica de violão de August!

(Só não deu pra engolir o moleque escrevendo partituras do nada. Que a música seja algo natural, ok. Mas para escrever na pauta precisa estudar um pouco – justamente para saber como é a “linguagem escrita” da música!)

No elenco, o nome a ser mencionado é Freddie Highmore, que confirma aqui o seu talento já demonstrado em vários outros filmes infanto juvenis, como A Fantástica Fábrica de Chocolates, As Crônicas de Spiderwick e Arthur e os Minimoys. O garoto vai longe! Ainda no elenco, Kerri Russell, Jonathan Rhys Meyers, Terrence Howard, Robin Williams e William Sadler.

Veja pela parte musical, e abstraia o roteiro ruim!

Artur e a Vingança de Maltazard

Artur e a Vingança de Maltazard

Cinco anos atrás, Luc Besson largou uma “aposentadoria” de seis anos e voltou à cadeira de diretor com o drama Angel-A e com um simpático filme infantil, Arthur e os Minimoys. Assim que soube que a continuação, Artur e a Vingança de Maltazard, também dirigida por Besson, estava à venda aqui no Brasil, corri pra comprar o dvd.

A continuação segue o formato do primeiro filme: parte é filme com atores, parte é animação. Neste novo filme, Artur está prestes a sair da casa de seus avós quando recebe um chamado de socorro escrito num grão de arroz, e precisa voltar para o pequeno mundo em dos minimoys.

Artur e a Vingança de Maltazard tem um grave defeito – não tem fim! Acaba com um “continua em Artur e a Guerra dos Dois Mundos“. Detalhe: isto não é avisado em nenhum lugar da capa do dvd. Sem ver o fim do filme, fica difícil saber se o filme é bom…

Pra piorar, o título do filme fala sobre a “vingança de Maltazard” (vilão do primeiro filme). Mas o Maltazard só aparece no fim do filme!

De positivo, podemos falar que a animação é deslumbrante. Besson mais uma vez caprichou com o visual – aliás, como ele costuma sempre fazer. Em algumas cenas dava pena de ser em dvd, a imagem pedia uma tela de cinema, como as cenas na cidade de Max.

O elenco deste filme não tem tantos nomes famosos como o anterior, mas ainda é um grande elenco. Freddie Highmore (A Fantástica Fábrica de Chocolates, As Crônicas de Spiderwick), um pouco mais velho, volta ao papel de Artur, tanto na parte “live action” quanto na animação. Mia Farrow é novamente a avó; Jimmy Fallon e Snoop Dogg voltam a emprestar suas vozes para Betameche e Max. Uma coisa me incomodou no primeiro filme: a princesa Selenia, par romântico do jovem Artur, tinha a voz da cinquentona Madonna; a voz agora é da popstar teen Selena Gomez, mais compatível com a idade de Freddie Highmore. A voz de Maltazard também mudou, era do David Bowie, agora é do Lou Reed. Robert De Niro, Harvey Keitel e Emilio Estevez não voltaram para a continuação; os cantores pop Fergie e Will i Am dublam novos personagens.

Vou procurar o terceiro filme pra poder julgar melhor. Porque esta segunda parte ficou devendo.

As Crônicas de Spiderwick

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As Crônicas de Spiderwick

De um tempo pra cá, estão aparecendo vários filmes infanto-juvenis. Com a tecnologia hoje disponível ficou bem mais fácil se criar mundos de fantasia, e além disso os filmes estão se vendendo bem nas bilheterias. Minha filha de quase 8 anos agradece!

Baseado nos livros homônimos de Tony DiTerlizzi e Holly Black, o filme As Crônicas de Spiderwick mostra Arthur Spiderwick, 80 anos atrás, catalogando todo um “universo invisível” de fadas, trolls, goblins e outras criaturas fantásticas num livro mágico. Já nos dias de hoje, um garoto, seu sobrinho neto, encontra o livro e agora tem que lidar com todas essas criaturas.

Freddie Highmore, que antes protagonizou Arthur e os Minimoys e a refilmagem de A Fantástica Fábrica de Chocolates, é o grande nome aqui, interpretando os gêmeos Jared e Simon Grace. Detalhe: os personagens são gêmeos, mas não se parecem tanto assim; alguém desavisado pode pensar que são dois atores diferentes! Completam o elenco Sarah Bolger, Mary Louise Parker, Nick Nolte e David Strathairn, além das vozes de Martin Short e Seth Rogen.

À primeira vista, heu achei os goblins meio caricatos. Engraçadinhos e trapalhões demais, sabe? Mas aí me lembrei: estamos diante de uma fábula infanto-juvenil! É pra ser assim mesmo! E, tenho que reconhecer, no fim do filme os goblins engraçadinhos dão lugar ao grande vilão, o malvado ogro Mulgarath.

E, mesmo engraçadinhos, os efeitos especiais são um show à parte. Desde o simpático ser que vive na casa e protege o livro até todas as criaturas da floresta, incluindo até um grinfo que serve de meio de transporte.

Telvez os mais novinhos se assustem um pouco. Mas é uma boa opção se você tem alguma criança um pouquinho mais velha por perto. Mesmo que seja dentro de você…