Amigos Imaginários

Crítica – Amigos Imaginários

Sinopse (imdb): Uma garota descobre que consegue ver os amigos imaginários de todas as pessoas, mesmo aqueles esquecidos por crianças que já cresceram. Com esse novo superpoder, ela embarca em uma aventura para reconectá-los.

Ah, o head canon… De vez em quando aqui comento que o head canon atrapalha o julgamento de alguns críticos. Head canon é quando a gente imagina alguma coisa antes de ver o filme, e quando vemos algo diferente, rola uma decepção. Não pelo que o filme entregou, e sim pelo que você queria que o filme entregasse.

E, em Amigos Imaginários, reconheço que caí no head canon. Vi o trailer, e pensei que ia ser um filme com “humor Ryan Reynolds”, humor escrachado nível Deadpool. Mas… Amigos Imaginários é um filme infantil. Tem piadas, mas são poucas, e quase todas bem comportadas. E tem muito drama!

Ou seja, não gostei de Amigos Imaginários. Mas, é culpa do filme ou culpa minha? 😉

Vamos ao filme. Amigos Imaginários foi escrito e dirigido por John Krasinski, que é mais conhecido como ator, ele tinha um papel importante em The Office, e depois foi o Jack Ryan. Mas, ele também chamou a atenção quando foi pra cadeira de diretor e dirigiu o bom Um Lugar Silencioso (assim como sua continuação). Agora Krasinski direcionou seu novo filme pra outra faixa etária, e declarou que queria fazer um “live action da Pixar”.

Uma menina descobre que consegue ver amigos imaginários, que foram abandonados quando seus “donos” cresceram. Junto com o Ryan Reynolds, ela resolve procurar novos “donos” para eles. Claro, o Ryan Reynolds é irônico e faz piadas, mas ele pega bem mais leve do que o que heu achei que seria. Além disso, o filme pesa no drama em algumas cenas.

Amigos Imaginários tem algumas boas piadas (não muitas) e pelo menos uma cena belíssima envolvendo balé. Gostei dos efeitos especiais que criam os amigos imaginários, principalmente o Blue, um dos principais – porque quase todos parecem personagens em cgi, iguais ao que a gente está acostumado a ver nos filmes, mas o Blue tem uma textura que às vezes parece ser um bonecão interagindo com os atores. Também curti o local onde eles “moram”.

Por outro lado, o plot twist é muito previsível. Chega a ter um diálogo entre dois personagens indicando o que deveria ser uma surpresa. Talvez o filme consiga enganar uma criança distraída, mas mesmo uma criança atenta vai pescar. Krasinski, veja mais filmes do Shyamalan!

A sessão de imprensa foi dublada. Ok, a dublagem brasileira não é ruim, mas… Em primeiro lugar, achei fraca a dubladora da menina – justamente a personagem principal. Mas, pior que isso é a gente ver o elenco original de vozes e ver que os amigos imaginários são dublados por Steve Carell, Phoebe Waller-Bridge, Emily Blunt, George Clooney, Bradley Cooper, Matt Damon, Bill Hader, Louis Gossett Jr, Richard Jenkins, Keegan-Michael Key, Blake Lively e Awkwafina, entre outros. Perdi todo esse elenco…

Por fim: a melhor piada do filme está nos créditos. Não, não é uma cena pós créditos, são os créditos do elenco. Prestem atenção no nome do Brad Pitt!

Ingresso para o Paraíso

Crítica – Ingresso para o Paraíso

Sinopse (imdb): Um casal divorciado viaja junto para Bali para impedir que sua filha cometa o mesmo erro que eles acham que cometeram há 25 anos.

Este é mais um daqueles filmes que pedem “críticas super curtas”: “comédia romântica estrelada por Julia Roberts e George Clooney”. Porque não tem muita coisa a mais pra falar.

Mas, vamulá. Vou defender o filme!

Sempre falo que precisamos ver qual é o objetivo do filme. Quem vai ver uma comédia romântica está atrás de cenas eletrizantes, ou de reviravoltas de roteiro, ou de efeitos especiais que explodem cabeças? Ou está afim de uma história leve e divertida, atores carismáticos e belos cenários?

Dirigido por Ol Parker, Ingresso para o Paraíso (Ticket to Paradise, no original) traz esses três elementos. Afinal, ninguém pode reclamar de ver Julia Roberts e George Clooney em cenários paradisíacos de Bali. A história é previsível? Claro que é. Mas quem procura um filme assim, quer uma história previsível.

No elenco, claro que o destaque é com Julia Roberts e George Clooney, que têm uma boa química juntos (é a quinta vez que trabalham juntos). Também gostei do outro casal, a filha deles e o noivo, Kaitlyn Dever e Maxime Bouttier. Por outro lado, achei forçados os personagens da amiga da filha e do namorado da Julia Roberts. Passaram um pouco do tom.

Ingresso para o Paraíso é uma boa comédia romântica. Se você não gosta, veja outro filme; se você curte o estilo, é o seu filme.

Ave, César!

Crítica – Ave César

Sinopse (imdb): Um executivo de Hollywood nos anos 50, especializado em resolver problemas, trabalha para manter as estrelas do estúdio na linha.

Perdi esse filme dos irmãos Coen quando passou no cinema, hora de colocar em dia.

Em Ave, César! (Hail, Caesar!, no original), Ethan e Joel Coen fazem uma homenagem ao cinema clássico dos anos 50. Enquanto rola uma trama de sequestro, vemos bastidores de produções de estilos diferentes.

À primeira vista, parece que tem personagens demais e subtramas demais. Realmente, o elenco tem muitos bons nomes – Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich, Ralph Fiennes, Scarlett Johansson, Tilda Swinton, Channing Tatum, Frances McDormand, Jonah Hill, Christopher Lambert, Clancy Brown, Fisher Stevens e Michael Gambon, entre outros. Claro que alguns viram coadjuvantes de luxo.

Mas como reclamar de participações que homenageiam o cinema? A primeira vez que vemos alguns dos personagens é quando vemos bastidores de filmagens. Alden Ehrenreich está filmando um faroeste daqueles onde o mocinho se veste de branco e cavalga um cavalo branco; Scarlett Johansson, um número de balé aquático; Chaning Tatum, um musical com direito a sapateado. Preciso dizer: só este número musical do Chaning Tatum já vale o ingresso!

Mas, no fim, achei o resultado meio vazio. Leve, divertido, mas um filme “menor” na rica filmografia dos irmãos Coen.

Suburbicon: Bem Vindos ao Paraíso

Crítica – Suburbicon: Bem Vindos ao Paraíso

Sinopse (imdb): Enquanto uma comunidade suburbana dos anos 1950 se autodestrói, uma invasão domiciliar tem consequências sinistras para uma família aparentemente normal.

Imagine um filme dos irmãos Coen, mas dirigido por outra pessoa?

Suburbicon: Bem Vindos ao Paraíso (Suburbicon, no original) é o novo filme dirigido por George Clooney. Desta vez, Clooney e seu roteirista habitual Grant Heslov reaproveitaram um roteiro não usado, escrito por Ethan e Joel Coen nos anos 80. E, não sei se foi intencional ou não, mas o resultado ficou muito parecido com o trabalho dos irmãos.

Suburbicon é uma comédia de humor negro com personagens de moral duvidosa, em cenários pra lá de estilizados. “Festa estranha, com gente esquisita” – não é a cara dos Coen?

Gostei muito da ambientação “Mulheres Perfeitas” dos anos 50, assim como a construção dos personagens, que se enrolam cada vez mais nos seus problemas. O filme se divide em dois núcleos que se desenvolvem paralelamente – se a crítica ao racismo parece meio linear demais, a trama da casa vizinha traz boas reviravoltas.

O elenco é outro destaque. Julianne Moore (fazendo dois papéis), Matt Damon, Oscar Isaac, Noah Jupe, Karimah Westbrook e Tony Espinosa. Os “vilões” me lembraram Crimewave, filme do Sam Raimi – coincidência ou não, roteirizado pelos irmãos Coen. Ah, desta vez Clooney fica só atrás das câmeras.

Li umas críticas negativas, dizendo que Clooney não tem o talento dos Coen. É, pode ser. Mas Suburbicon ainda me pareceu melhor que um “Coen menor”, tipo O Amor Custa Caro ou Um Homem Sério.

Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível

TomorrowlandCrítica – Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível

Ligados por um destino em comum, uma jovem com curiosidade científica e um ex-garoto prodígio inventor embarcam em uma missão para descobrir os segredos de uma outra dimensão.

Antes de tudo, preciso avisar que a última vez que fui à Disney foi há uns trinta anos atrás. Sei que existe uma área chamada Tomorrowland que inspirou o filme, mas não tenho ideia se a trama deste filme tem algo a ver com o parque temático ou não.

Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível (Tomorrowland, no original) é aquilo que a gente espera de uma super produção da Disney: uma bem cuidada ficção científica, uma boa aventura infanto juvenil. Claro, com mensagem positiva no fim – algo diferente da moda atual de futuros distópicos (Mad Max, Jogos Vorazes, Maze Runner, Insurgente, The Walking Dead, etc).

A direção é de Brad Bird, o mesmo de Missão Impossível Protocolo Fantasma, mais conhecido pelos seus filmes da Pixar, Os IncríveisRatatouille – ou seja, o cara sabe falar com o público mais novo. Nisso, Tomorrowland é bem eficiente. Mas talvez os mais velhos se cansem por ser um pouco didático demais (mais uma vez vemos o discurso “estamos maltratando o nosso planeta”).

Os efeitos especiais, como eram de se esperar, são de cair o queixo. Prestem atenção na cena onde Casey entra na cidade de Tomorrowland: um único plano-sequência de quase cinco minutos! Claro, com várias intervenções digitais, mas não tiro o mérito de quem bolou isso. Também gostei do foguete steam punk que sai da Torre Eiffel. E me amarrei nas piscinas em camadas!

Um parágrafo à parte para falar da “Blast From The Past”, uma loja de colecionáveis que aparece no filme. Caramba! Tem MUITA coisa legal! E ainda estava com até 70% de desconto!!! Quando sair o blu-ray, vou rever esta cena com o dedo no pause, só pra explorar a loja…

No elenco, o veterano George Clooney divide o foco principal com as menos conhecidas Britt Robertson (Under the Dome) e Raffey Cassidy (Branca de Neve e o Caçador). Também no elenco, Hugh Laurie, Tim Mcgraw, Kathryn Hahn, Keegan-Michael Key e Judy Greer.

Pena que o roteiro, escrito por Bird e Damon Lindelof (Lost) é um pouco confuso e se perde no final – a gente sai do cinema se perguntando quais eram as reais intenções do “vilão” e por que ele mandou os robôs assassinos. Além disso, algumas coisas ficaram meio jogadas, como as paredes dos prédios na nossa dimensão que só atrapalham quando é conveniente para o desenrolar da trama…

Mesmo assim, achei o resultado positivo. E digo mais: Tomorrowland é um artigo raro nos dias de hoje – uma ideia nova! Vejam a lista dos blockbusters dos últimos anos, temos várias adaptações, continuações, remakes e reboots. Um viva para quem nos traz um filme original!

Caçadores de Obras Primas

0-cacadores1Crítica – Caçadores de Obras Primas

Filme novo escrito, dirigido e estrelado por George Clooney!

Durante a Segunda Guerra Mundial, um pelotão formado por conhecedores de arte é formado para tentar recuperar e proteger obras de arte cobiçadas pelos nazistas. Baseado numa história real.

O melhor de Caçadores de Obras Primas (The Monuments Men, no original) é o elenco. Arrisco a dizer que o mesmo filme com atores desconhecidos ia passar desapercebido.

O elenco vale o ingresso. Não é sempre que temos George Clooney, Matt Damon, John Goodman, Bill Murray, Cate Blanchett, Jean Dujardin, Hugh Bonneville e Bob Balaban. E, felizmente, todos estão inspirados.

O ponto fraco é o roteiro, escrito por Clooney e seu parceiro Grant Heslov (este é o terceiro filme que escrevem juntos), livremente baseado no livro de Robert M. Edsel e Bret Witter (os personagens não estão no livro), que não se decide entre o drama e uma comédia no estilo de 11 Homens e um Segredo (que também tinha um elenco excelente, mas tinha um roteiro melhor). O filme se arrasta entre os vários núcleos de personagens, e só se sustenta pelo carisma dos atores.

A produção é bem cuidada, filme de época, segunda guerra mundial, etc. Caçadores de Obras Primas é um filme tecnicamente “correto”, Clooney tem prestígio perante os estúdios. Pena que isso não é o suficiente para se fazer um filme “bom”.

Por fim, o título nacional. Não é um título ruim. Mas meu amigo Oswaldo Lopes Jr., crítico da finada revista Cinemin, fez um ótimo comentário: “perderam a chance de chamar o filme de ‘Os Caçadores da Arte Perdida’…” Realmente, ia ser uma boa piada interna…

Gravidade

Crítica – Gravidade

O elogiado novo filme de Alfonso Cuarón!

Dois astronautas são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente da destruição de um satélite por um míssil russo, que faz com que sejam jogados no espaço sideral. Sem qualquer apoio da base terrestre da NASA, eles precisam encontrar um meio de sobreviver.

Gravidade (Gravity, no original) é um daqueles raros casos de filme com tudo no lugar certo. Ainda não tenho ideia dos filmes que entrarão para o Top 10 de 2013, mas só preciso procurar os outros nove.

Tecnicamente, o filme é um assombro. Vários longos planos-sequência, com a câmera passeando pela órbita da Terra – sim, é uma câmera em movimento no espaço, sem ter um “chão”. A câmera fica de lado, de cabeça para baixo, dá cambalhotas, entra e sai do capacete do astronauta… Arrisco adizer que o cinema nunca antes mostrou planos-sequência tão criativos.

Mas não é só a parte técnica – se efeitos especiais fossem garantia de um bom filme, Star Wars Ep 1 seria um filmaço, né? Gravidade tem um ritmo excelente, com vários momentos de tensão à flor da pele. E sem ter que apelar para o sobrenatural – como acontece com a maior parte dos filmes que conjugam ficção científica com suspense.

De quebra, não sou cientista aero-espacial, então não sou nenhum especialista, mas o filme me pareceu cientificamente correto – coisa rara no cinema de ficção científica.

Heu já era fã do diretor mexicano Alfonso Cuarón desde o bom trabalho em Filhos da Esperança, outra ficção científica direcionada ao público “adulto”, que também contava com efeitos especiais impressionantes e alguns planos sequência muito bons. Aqui, Cuarón mostra que merece fazer parte do primeiro time de diretores contemporâneos.

Se os efeitos são grandiosos, o elenco é diminuto – só vemos dois atores, Sandra Bullock e George Clooney (ouvimos outras vozes, uma delas, do Ed Harris). Clooney faz o de sempre; Sandra não vai surpreender se ganhar uma indicação ao Oscar. Aliás, falando em Oscar, sei que é cedo, mas Gravidade pode e deve ganhar várias indicações. A trilha sonora, discreta e eficiente, também é muito boa. E dificilmente não vai levar efeitos especiais – nunca a gravidade zero foi tão bem mostrada nas telas.

Por fim, o 3D. Quem me conhece sabe que não dou muita bola pra 3D. Aqui o 3D é muito bem feito, claro, principalmente nas cenas de gravidade zero. Mas não acho que o filme perderia se visto em 2D.

Gravidade perde se visto na tv. Se você tem pouco tempo ou dinheiro para frequentar salas de cinema, este é um daqueles casos onde o ingresso vale cada centavo do dinheiro pago.

Os Descendentes

Crítica – Os Descendentes

O “queridinho indie do Oscar 2012″…

Matt King, um dos herdeiros de uma grande área no Havaí, está no meio de um turbilhão. Como sua esposa sofreu um acidente de barco e está em coma, ele precisa se reaproximar das filhas, na mesma época que seus primos querem vender uma grande propriedade da família, num negócio que envolve milhões de dólares. No meio de tudo isso, Matt descobre que sua esposa tinha um amante.

Os Descendentes (The Descendants, no original) não é um filme ruim, mas, na minha humilde opinião, não merece esse hype todo. É apenas mais um filme comum, bem feito, como muitos por aí. Por que está badalado e concorrendo ao Oscar de melhor filme? Mistérios de Hollywoood…

Mas não entendam errado, Os Descendentes não é ruim. A história é atraente, ficamos grudados nos passos de Matt King e seus dramas pessoais. O problema é quando um bom filme é vendido como um dos melhores do ano. Aí a expectativa cresce, e a gente se pergunta por que isso tudo.

O filme foi dirigido por Alexander Payne, ganhador do Oscar de melhor roteiro e indicado para melhor diretor por Sideways – Entre Umas e Outras em 2004. Não vi Sideways, mas pelo que li, Os Descendentes segue a mesma linha – e agora ele concorre a três estatuetas, filme, diretor e roteiro. Ou Payne é bom e heu não reparei; ou ele tem muitos amigos influentes… 😉 (E isso em contar que Os Descendentes já ganhou Globo de Ouro de melhor filme drama e melhor ator!)

George Clooney está cotado para vencer o Oscar de melhor ator hoje por este filme. Ainda falando sobre o hype em torno do filme, Clooney não está mal, mas… Ele está com a mesma cara de George Clooney de sempre! Acho que um prêmio de melhor ator deveria ir para um ator que fizesse algo diferente do usual – e olha que Clooney já tem um Oscar em casa, de ator coadjuvante, por Syriana… Lembro do Tom Hanks, quando ganhou seus dois Oscars, por Filadelfia e Forrest Gump, dois trabalhos realmente impressionantes. Ainda no elenco, Shailene Woodley, Amara Miller, Nick Krause, Beau Bridges, Robert Forster, Matthew Lillard e Judy Greer.

Um filme agradável. Mas supervalorizado.

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Se você gostou de Os Descendentes, o Blog do Heu recomenda:
O Desinformante
Queime Depois de Ler
Amor Sem Escalas

Um Homem Misterioso

Um Homem Misterioso

Depois de um serviço que não deu certo na Suécia, um assassino profissional se esconde em uma pequena cidade na Itália, enquanto aguarda aquela que espera que seja a sua última missão.

Um Homem Misterioso (The American)é um filme de assassino profissional, com direito a tudo o que a cartilha de Hollywood manda ter: um assassino que quer largar a profissão, um último serviço, um envolvimento amoroso e uma traição. Mesmo assim, o diretor Anton Corbijn conseguiu fazer um filme bem diferente do padrão – Um Homem Misterioso não é um filme de ação, e sim um drama, contemplativo, paradão…

Se por um lado isso é interessante por fugir do óbvio, por outro lado o filme vai decepcionar muita gente. Porque é tão lento que às vezes fica sonolento…

O único nome famoso é o protagonista George Clooney. Mas outro nome merece ser citado: a bela e desinibida italiana Violante Placido. O filme também traz belíssimas paisagens, tanto no prólogo na Suécia, quanto no resto do filme, na Itália.

No fim, Um Homem Misterioso nem é ruim. Mas não recomendo pra quem estiver com sono atrasado…

Amor Sem Escalas

Amor Sem Escalas

Ryan Bingham (George Clooney) é um especialista em demitir pessoas. Por isso, ele passa a maior parte do ano viajando de cidade em cidade, de aeroporto em aeroporto. Até que a sua empresa resolve cortar os custos com viagens, e Ryan precisa pensar em se assentar.

Este novo filme de Jason Reitman (Obrigado Por Fumar, Juno) está badaladíssimo, foi até indicado a Oscar de melhor filme. Mas heu achei tão fraquinho…

George Clooney está bem, interpretando o mesmo George Clooney de sempre. E a bonitinha Anna Kendrick, apesar das manchas no currículo (ela é coadjuvante da saga Crepúsculo), foi até indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante! Ainda no elenco, Vera Farmiga, Jason Bateman, Amy Morton, Melanie Lynskey e Dany McBride, isso sem contar com pontas de J. K. Simmons, Sam Elliott e Zach Galifianakis.

A edição do filme é bem interessante – as sequências de Clooney arrumando e desarrumando as malas são muito boas. Mas, de resto, o filme é apenas “correto”. Não achei motivo para as seis indicações ao Oscar – além de filme e atriz coadjuvante (Anna Kendrick), o filme ainda concorre a diretor, roteiro adaptado, ator (Clooney) e novamente atriz coadjuvante (Vera Farmiga). Sei lá, parece que o pessoal da Academia não viu direito os concorrentes…

O filme não é ruim, não me entendam errado. Só não achei isso tudo o que estão falando por aí…