Casamento em Família

Crítica – Casamento em Família

Sinopse (imdb): Michelle e Allen estão em um relacionamento. Eles decidem convidar seus pais para finalmente se conhecerem. Acontece que os pais já se conhecem bem, o que leva a algumas opiniões divergentes sobre o casamento.

Comédia romântica é um gênero que sempre gera controvérsias. Todo mundo sempre fala mal. Mas, se você estiver no clima certo, quase sempre é um bom programa. Ok, entendo, é previsível. Antes de começar o filme a gente já sabe como vai terminar. Mas nem sempre o espectador quer roteiros mirabolantes e plot twists que dão nó na cabeça, né?

Escrito e dirigido por Michael Jacobs, Casamento em Família (Maybe I Do, no original) às vezes parece um teatro filmado – principalmente na segunda metade, quando todo o elenco está na mesma casa. Além disso, é previsível e cheio de clichês. E, mesmo assim, é um programa agradável!

Assim como aconteceu em Ingresso para o Paraíso, o melhor aqui é no elenco veterano. É sempre agradável ver em tela Diane Keaton, Susan Sarandon, Richard Gere e William H. Macy. Nada contra Emma Roberts e Luke Bracey, mas os coroas têm muito mais carisma.

(Curioso lembrar que Emma Roberts é sobrinha da Julia Roberts, que teve um grande sucesso com Uma Linda Mulher, ao lado do Richard Gere, que aqui faz o pai de Emma…)

Quem curte comédias românticas vai se divertir, assim como quem curte o elenco veterano. Quem não curte? Tem outras opções em cartaz!

As Duas Faces de um Crime

Primal FearCrítica – As Duas Faces de um Crime (1996)

Um coroinha com cara de inocente é preso, acusado pelo brutal assassinato de um padre. Um famoso advogado resolve assumir a defesa do coroinha, achando que pode ganhar os holofotes pelo caso. Mas algumas verdades ocultas podem aparecer e mudar os rumos da investigação.

Lembro da estreia de As Duas Faces de um Crime (Primal Fear, no original). O nome importante do filme era Richard Gere, mas um estreante roubou a cena. Um estreante que depois mostraria que veio pra ficar, um tal de Edward Norton.

O filme dirigido por Gregory Hoblit (Possuídos, Alta Frequência) é um eficiente “filme de tribunal”, que usa bem todos os clichês do gênero. O que se destaca aqui é o bom elenco, principalmente o então jovem Edward Norton, que impressiona num papel complexo – só não digo mais pra não dar spoilers.

Norton e Gere não estão sozinhos. As Duas Faces de um Crime ainda conta com Laura Linney, Frances McDormand, Terry O’Quinn, Alfre Woodard, Andre Braugher, Maura Tierney e John Mahoney.

Baseado no livro de William Diehl, o roteiro é muito bem construído e tem plot twists bem localizados, e traz uma surpresa no final – ou seja, se você ainda não viu, cuidado com spoilers!

Para Maiores

Crítica – Para Maiores

Fiquei dividido quando vi o trailer deste Para Maiores (Movie 43, no original). Por um lado, o elenco é um dos mais impressionantes que já vi. Por outro lado, o filme parecia ser uma comédia apelativa muito ruim.

Para Maiores é uma série de doze filmes curtos, todos de comédia, sempre usando humor ofensivo. Os filminhos são independentes entre si.

O formato lembra os divertidos Kentucky Fried Movie e As Amazonas da Lua – principalmente o segundo, pelo elenco estelar. A diferença é que Para Maiores é uma comédia sem nenhuma boa piada. Parece que os idealizadores procuraram a polêmica em vez do engraçado. O humor é grosseiro, adolescente – e bobo.

E, inexplicavelmente, o elenco conta com Kate Winslet, Hugh Jackman, Naomi Watts, Halle Berry, Emma Stone, Anna Faris, Gerard Butler, Johnny Knoxville, Sean William Scott, Chloe Grace Moretz, Chistopher Mintz-Plasse, Elizabeth Banks, Josh Duhamel, Richard Gere, Kate Bosworth, Kristen Bell, Leslie Bibb, Uma Thurman, Jason Sudeikis, Liev Schreiber, Justin Long, Terrence Howard, Patrick Warburton, Katrina Bowden e Jack McBryar, entre outros. Como convenceram essa galera a entrar nessa roubada?

Entre os diretores, alguns nomes também surpreendem. Ok, um nome como Peter Farrelly (Quem Vai ficar Com Mary) é coerente. Mas o que os atores Elizabeth Banks e Griffin Dunne estão fazendo dirigindo filminhos aqui?

Pelo imdb, tem gente dizendo que o filme é “ofensivo”. Sim, é. Para Maiores é um mix de vários tipos de piadas de baixo calão. Mas este não é o problema. O problema é ser uma comédia sem graça. Ted, uma das comédias mais divertidas do ano passado, tinha humor grosseiro e politicamente incorreto, mas era um filme engraçado. Não tenho nada contra humor grosseiro; mas tenho tudo contra humor sem graça. Só adolescentes descerebrados vão achar graça em piadas com fezes, menstruação, testículos ou pelos pubianos.

Enfim, dispensável.

p.s.: Descobri que existem duas versões do filme. Segundo o imdb, o filme é guiado por um segmento estrelado por Dennis Quaid e Greg Kinnear, que não está no arquivo disponível nos torrents por aí. No lugar, tem um filmete bobo estrelado por adolescentes. Não sei por que as versões diferentes. Mas, de qualquer maneira, duvido que o segmento de Quaid e Kinnear seja bom…

A Negociação

Crítica – A Negociação

(Não confundir com o filme homônimo de 1998, com Samuel L Jackson e Kevin Spacey!)

Às vésperas de vender sua empresa milionária, um magnata envolve-se em um acidente automobilístico, causando a morte de sua amante. Para não atrapalhar a venda, ele esconde sua responsabilidade no caso.

Escrito e dirigido por Nicholas Jarecki (roteirista de The Informers – Geração Perdida), A Negociação (Arbitrage, no original) não chega a ser um grande filme, mas pelo menos é bem feito e eficiente no seu propósito. Mesmo assim, não deixa de ter “cara de Supercine”.

A produção é bem cuidada, boa fotografia, boa trilha sonora. Mas, findo o filme, fica uma sensação de que faltou alguma coisa, uma sensação de que o filme não disse nada.

Li por aí que A Negociação seria “a volta” de Richard Gere, o melhor papel que ele teve em anos. Gere não é conhecido por ser um grande ator, mas é um cara carismático, e está muito bem fisicamente para os seus 63 anos. Suas fãs não vão ficar decepcionadas. Além de Gere, o elenco conta com Susan Sarandon, Laetitia Casta, Britt Marling, Tim Roth e Nate Parker.

A Negociação não é ruim. Mas não espere grande coisa.