As Golpistas

Crítica – As Golpistas

Sinopse (imdb): Inspirado no artigo da New York Magazine, As Golpistas segue uma equipe de ex-funcionárias de clubes de strip-tease experientes que se unem para virar a mesa em cima de seus ex clientes de Wall Street.

As Golpistas (Hustlers, no original) se baseia numa história real que até é interessante. Mas, sabe quando o filme não engrena? A direção e o roteiro são de Lorene Scafaria (que fez o bom Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo), que faz um filme que até tem seus bons momentos. Mas no fim o resultado é fuén.

Agora, se tem uma coisa que indubitavelmente vale a pena em As Golpistas é a Jennifer Lopez, que entrega uma das melhores atuações de sua carreira (além de mostrar uma invejável forma física). Tinha um boato de indicação para o Oscar (o que seria merecido), mas não rolou, infelizmente. Também no elenco, Constance Wu, Julia Stiles, Keke Palmer, Lili Reinhart, Mercedes Ruehl, e uma desnecessária participação de Usher.

Vale pela J-Lo. Mas é fraco.

Cada Um Na Sua Casa

0-cada-um-na-sua-casaCrítica – Cada um na sua Casa

Dreamworks novo!

A Terra é invadida pelos boovs, alienígenas que vivem em fuga. Oh, um boov atrapalhado e solitário, fica amigo da menina Tip, que está à procura de sua mãe.

Cada um na sua Casa (Home, no original) é a nova animação da Dreamworks. Talvez este seja um dos filmes mais infantis da história da produtora, mas não é por isso que a qualidade do filme é fraca. A parte técnica, como era de se esperar, é impressionantemente bem feita – os cabelos de Tip parecem reais, e aquela cena da nave Gorgon atravessando os anéis de Saturno foi de encher os olhos.

Cada um na sua Casa foi baseado no livro infantil “The True Meaning of Smekday”, de Adam Rex, e, como toda história infantil, traz uma mensagem. Mas o melhor do filme é a parte comédia – alguns trechos são muito engraçados! Se a história é bobinha, pelo menos os risos estão garantidos.

A sessão para imprensa foi com a versão dublada. A dublagem foi bem feita, como tem sido ultimamente, mas fiquei com vontade de ver com o som original – afinal, os atores principais são Jim Parsons (o Sheldon de The Big Bang Theory) e Steve Martin. As cantoras Rihanna e Jennifer Lopez fecham o elenco principal.

Agora, sobre a Rihanna… Nada contra o seu trabalho como atriz, mas precisava ter um monte de músicas suas? O filme tem sérios problemas de ritmo porque precisa ficar forçando a barra pra encaixar um monte de músicas chatas e melosas – uma delas aparece pelo menos três vezes! Também tem a Jennifer Lopez na trilha sonora, mas pelo menos é só uma música. Ok, entendo o lado do marketing da Dreamworks, mas isso cansou.

Mas acho que os pequenos não vão se importar…

Parker

Crítica – Parker

Jason Statham e Jennifer Lopez juntos. Será que a dupla funciona?

Um ladrão profissional que vive sob estritas regras é traído por sua equipe e deixado para morrer. Depois que se salva, vai atrás de vingança.

Sobre a pergunta do primeiro parágrafo: este é um filme de Jason Statham. Jennifer Lopez aqui é coadjuvante – ela não chega a atrapalhar, mas se o seu papel fosse subtraído, o filme não perdia em nada. Sabe essa pose de bad girl do poster? Só no poster mesmo… Ou seja: legal ter a J-Lo num filme de ação, mas se ela não estivesse, o filme não mudava nada.

Dito isso, Parker é um bom “filme do Jason Statham”, com tudo de bom e de ruim que esse estereótipo carrega. É um eficiente filme de ação, com boas cenas de pancadaria. E é um tanto previsível… Principalmente a parte final.

O curioso é que o diretor é veterano, experiente e versátil. É o mesmo de Ray, Advogado do Diabo, O Sol da Meia Noite e A Força do Destino. E mesmo assim, Parker é essencialmente um “filme do Jason Statham”…

Parker tem alguns bons coadjuvantes. Michael Chiklis e Nick Nolte atuam dentro do esperado. E o personagem de Bobby Cannavale é desnecessário. Ainda tem a bela Emma Booth em um pequeno papel e, talvez o único papel fora óbvio, Patti LuPone como a mãe de Jennifer Lopez. E, claro, a própria J-Lo, que não está mal, mas que tem um papel com pouquíssima importância na trama.

Claro, a maioria dos fãs de Statham quer mesmo é a ação. Estes não vão ficar decepcionados. Mas não espere nada demais.

O Que Esperar Quando Você Está Esperando

Crítica – O Que Esperar Quando Você Está Esperando

Mais um “filme painel”, como os recentes Idas e Vindas do Amor e Noite de Ano Novo.

Cinco casais vivem experiências diversas ligadas à gravidez, em tramas paralelas que às vezes se encontram, explorando diferentes situações vividas por famílias que estão esperando bebês.

Dirigido por Kirk Jones, O Que Esperar Quando Você  Está Esperando teoricamente é uma adaptação do livro homônimo. Mas não se trata exatamente de uma adaptação, já que é um livro “não ficção” de dicas sobre gravidez que virou uma comédia romântica.

Como toda boa comédia romântica, O Que Esperar Quando Você  Está Esperando é raso, previsível e cheio de clichês. A vantagem é que aqui são vários núcleos, cada um com a sua trama independente, então temos diferentes opções para resolver as tramas. Quem curte o estilo vai gostar.

O roteiro é bem equilibrado entre os diversos núcleos – coisa que nem sempre acontece em “fillmes painel”. Os cinco casais têm aparentemente o mesmo tempo de tela e a mesma importância no filme. E ainda rola um divertido alívio cômico: os pais que levam os filhos para passear no parque, responsáveis por algumas das melhores cenas do longa.

O elenco, como era de se esperar, é o maior destaque de O Que Esperar Quando Você  Está Esperando. Afinal, não é todo dia que temos, juntos, Cameron Diaz, Elizabeth Banks, Jennifer Lopez, Anna Kendrick, Brooklyn Decker, Dennis Quaid, Chris Rock, Rodrigo Santoro, Chace Crawford, Ben Falcone, Mathew Morrison, Thomas Lennon e Joe Manganiello

Rodrigo Santoro merece um parágrafo à parte. Não só ele está muito bem, como fala um inglês perfeito e fluente ao longo de todo o filme (ele foi criticado na época d’As Panteras, porque seu personagem era marrento e não falava nada). Além disso, ele conseguiu um certo destaque num filme onde a trama é dividida entre diversos núcleos, já que ele faz parte de dois deles (um dos casais e o grupo de pais que passeia no parque). E tem mais: ele “pega” a Jennifer Lopez…

O fim do filme força um pouco a barra, colocando todos os bebês nascendo no mesmo hospital e na mesma hora. Mas, ora, é uma comédia romântica, alguém imaginava um fim criativo? 😉 Pelo menos podemos dizer que o público sai do cinema feliz e de bem com a vida…