Nurse 3D

0-Nurse3DCrítica – Nurse 3D

Durante o dia, Abby Russell é uma enfermeira dedicada, alguém que você não hesitaria em confiar a sua vida. Mas à noite, seu verdadeiro trabalho começa: ela seduz homens que traem suas mulheres e os assassina brutalmente.

Nurse 3D é um daqueles filmes de baixo orçamento que não se propõem a ser grandes filmes. A proposta é uma simples diversão descompromissada e descartável com atores pouco conhecidos. Se visto sob este ângulo, funciona.

O filme foi co-escrito e dirigido por Douglas Aarniokoski, nome pouco conhecido, mas com um currículo interessante como assistente de direção e diretor de segunda unidade: ele trabalhou em Medo e Delírio, Resident Evil 3, no primeiro Austin Powers, e em vários filmes do Robert Rodriguez, como Um Drink no Inferno, Prova Final, Era Uma Vez no México, Grande Hotel e Pequenos Espiões.

Pena que o roteiro não é lá grandes coisas. Nurse 3D tem uma falha básica: a enfermeira Abby dá muita bandeira, ela seria descoberta facilmente. Logo na primeira cena, ela joga um cara do alto de um prédio. Mas eles estavam antes em um lugar público, com dezenas de testemunhas.

O filme traz muito gore e muita nudez feminina. Só acho que a Katrina Bowden (30 Rock) podia ser um pouquinho mais generosa, ela só aparece de longe. Já a Paz de la Huerta (Boardwalk Empire) está bem à vontade – if you know what I mean. Ainda no elenco, participações especiais dos sumidos Kathleen Turner, Judd Nelson e Martin Donovan.

Vi a versão em 2D, mas este parece ser um daqueles que valem vistos em 3D – várias coisas são jogadas na direção da tela – na minha humilde opinião o único tipo de 3D que vale a pena.

Para Maiores

Crítica – Para Maiores

Fiquei dividido quando vi o trailer deste Para Maiores (Movie 43, no original). Por um lado, o elenco é um dos mais impressionantes que já vi. Por outro lado, o filme parecia ser uma comédia apelativa muito ruim.

Para Maiores é uma série de doze filmes curtos, todos de comédia, sempre usando humor ofensivo. Os filminhos são independentes entre si.

O formato lembra os divertidos Kentucky Fried Movie e As Amazonas da Lua – principalmente o segundo, pelo elenco estelar. A diferença é que Para Maiores é uma comédia sem nenhuma boa piada. Parece que os idealizadores procuraram a polêmica em vez do engraçado. O humor é grosseiro, adolescente – e bobo.

E, inexplicavelmente, o elenco conta com Kate Winslet, Hugh Jackman, Naomi Watts, Halle Berry, Emma Stone, Anna Faris, Gerard Butler, Johnny Knoxville, Sean William Scott, Chloe Grace Moretz, Chistopher Mintz-Plasse, Elizabeth Banks, Josh Duhamel, Richard Gere, Kate Bosworth, Kristen Bell, Leslie Bibb, Uma Thurman, Jason Sudeikis, Liev Schreiber, Justin Long, Terrence Howard, Patrick Warburton, Katrina Bowden e Jack McBryar, entre outros. Como convenceram essa galera a entrar nessa roubada?

Entre os diretores, alguns nomes também surpreendem. Ok, um nome como Peter Farrelly (Quem Vai ficar Com Mary) é coerente. Mas o que os atores Elizabeth Banks e Griffin Dunne estão fazendo dirigindo filminhos aqui?

Pelo imdb, tem gente dizendo que o filme é “ofensivo”. Sim, é. Para Maiores é um mix de vários tipos de piadas de baixo calão. Mas este não é o problema. O problema é ser uma comédia sem graça. Ted, uma das comédias mais divertidas do ano passado, tinha humor grosseiro e politicamente incorreto, mas era um filme engraçado. Não tenho nada contra humor grosseiro; mas tenho tudo contra humor sem graça. Só adolescentes descerebrados vão achar graça em piadas com fezes, menstruação, testículos ou pelos pubianos.

Enfim, dispensável.

p.s.: Descobri que existem duas versões do filme. Segundo o imdb, o filme é guiado por um segmento estrelado por Dennis Quaid e Greg Kinnear, que não está no arquivo disponível nos torrents por aí. No lugar, tem um filmete bobo estrelado por adolescentes. Não sei por que as versões diferentes. Mas, de qualquer maneira, duvido que o segmento de Quaid e Kinnear seja bom…

Piranha 2

Crítica – Piranha 2

Continuação do divertido Piranha, dirigido por Alexandre Aja em 2010!

Depois dos eventos do primeiro filme, as piranhas pré-históricas agora se aproximam de um parque aquático. Claro, às vésperas da grande inauguração.

Desta vez, a direção ficou a cargo de John Gulager, que fez um bom trabalho em Banquete do Inferno, mas não tão bom em sua continuação, Feast II (preciso procurar o terceiro filme da série…). A produção aqui aparentemente tinha mais recusros que na trilogia Feast. O resultado ficou inferior ao primeiro Piranha, mas até que esse segundo filme é divertido.

Mais uma vez, o filme é em 3D. Este é o único tipo de 3D que defendo – não acho graça em usar o 3D para “dar profundidade” à cena. Gosto de ver soluções divertidas, o 3D sendo usado para atirar coisas na direção da câmera. Você precisa se abaixar pra se desviar da piranha que está vindo em sua direção!

O elenco é melhor do que o esperado para uma continuação de um filme assumidamente B. Temos pequenas participações de Christopher Lloyd e Ving Rhames, repetindo os papeis do primeiro filme; temos Gary Busey e Clu Gulager (pai do diretor) numa pequena cena inicial; e temos David Hasselhof, engraçadíssimo, interpretando ele mesmo. O papel principal ficou com Danielle Panabaker, forte candidata a “scream queen” do novo milênio (ela também esteve em Aterrorizada, A Epidemia e no remake de Sexta Feira 13 feito em 2009). Ainda no elenco, Katrina Bowden (Tucker And Dale Vs Evil), Matt Bush e David Koechner.

Algumas coisas funcionam bem justamente porque são caricatas ao extremo, como a cena de sexo com Katrina Bowden, ou toda a participação de David Hasselhof (ele corre em câmera lenta, ao som do tema de Baywatch!). Mas outras coisas ficaram over – tipo, boa sacada a arma na perna mecânica, mas aí a entra uma música nada a ver na trilha sonora e tudo fica em câmera lenta, e a cena perde o timing. Isso acontece algumas vezes durante o filme…

Isso sem contar com algumas incoerências brabas, como piranhas que são fortes, rápidas e inteligentes para destruir um pier, mas não conseguem chegar a tempo de atacar quem é derrubado do mesmo pier. Não, né?

Mas, quem se propõe a ver um filme como Piranha 2 vai curtir mais os momentos engraçados. E isso o filme tem de monte – assim como no primeiro filme, temos boa quantidade de nudez, muito sangue, muito gore e várias mortes legais. E tudo dentro de um adorável clima trash.

Pra quem curte, boa opção! E, pelo fim, são boas as chances de um terceiro filme…

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