A Vida de David Gale

Crítica – A Vida de David Gale

David Gale é um brilhante professor universitário e ativista contra a pena de morte. Ironicamente, é condenado à pena de morte quando sua amiga e colega de trabalho é assassinada. Às vésperas de sua morte, David pede a presença de uma repórter para que ele lhe conceda uma entrevista exclusiva, onde finalmente contaria toda a verdade sobre o caso.

Só tinha visto este A Vida de David Gale (The Life of David Gale, no original) na época do lançamento em vhs, quase dez anos atrás. Não é um filme “essencial”, mas é um thriller bem escrito e que rende duas horas de diversão honesta.

Uma das melhores coisas de A Vida de David Gale é o roteiro, que traz uma reviravolta bem interessante no final do filme. Apesar disso, o filme, lançado em 2003, é meio desconhecido hoje em dia.

O diretor Alan Parker tem uma carreira eclética e repleta de bons filmes, que vão do terror (Coração Satânico) aos musicais (Pink Floyd The Wall, The Commitments), passando pelo drama (Expresso da Meia Noite, Asas da Liberdade). Cuirosamente, este é seu último filme até agora – Parker aparentemente está aposentado.

No elenco, Kevin Spacey está muito bem no papel-título, e consegue manter até o fim do filme a dúvida sobre a moral do seu personagem. E ele está bem acompanhado das sempre eficientes Kate Winslet e Laura Linney. Ainda no elenco, Rhona Mitra, Gabriel Mann e Matt Craven.

 

Anjos da Noite 3 – A Rebelião

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Anjos da Noite 3 – A Rebelião

Vou confessar uma coisa: este terceiro filme da franquia Anjos da Noite não me empolgou. Não sei explicar o motivo, sei lá, comigo, simplesmente não rolou aquele frisson que realmente acompanha filmes assim. Mesmo assim, claro que fui ver. Não só gosto do tema, como sou fã do ator principal, Bill Nighy.

Anjos da Noite 3 – A Rebelião é na verdade um prequel,  conta a história antes do primeiro filme da saga. Vemos o surgimento dos Lycans (os lobisomens), feitos escravos pelos Mercadores da Morte (os vampiros).

Viktor (Bill Nighy), líder dos vampiros, cria o lobisomem Lucian (Michael Sheen) como seu escravo particular, enquanto monta um exército de lobisomens escravos. Além disso, rola um romance proibido entre Lucian e Sonja (Rhona Mitra), filha de Viktor.

O elenco funciona bem. Como falei lá em cima, gosto do Bill Nighy, gosto dos papéis que ele escolhe, independente se o filme é mais alternativo como O Guia do Mochileiro das Galáxias e Todo Mundo Quase Morto, ou mais “pop” como um Piratas do Caribe. Nighy e Michael Sheen voltam aos seus papéis (ambos estão nos outros dois filmes), agora com mais destaque, já que Kate Beckinsale, a atriz principal da franquia, não está presente. O papel feminino principal fica então com Rhona Mitra (Juízo Final), que pode não ser tão boa atriz, mas é boa onde precisa ser 😉 . Suas curvas estão muito bem neste contexto, para o que o filme pede, não precisa de muito mais do que isso…

Com mais de 15 anos de experiência em efeitos especiais, Patrick Tatopoulos não decepciona em sua segunda experiência como diretor. O visual do filme respeita o que já foi feito na franquia, e temos uma boa quantidade de sangue jorrando pela tela nas boas lutas coreografadas.

Muita coisa no roteiro é previsível. Mas, temos que nos lembrar: trata-se de um prequel, ou seja, é claro que tem coisa que vai ser previsível, afinal, já sabemos o fim!

Juízo Final

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Juízo Final

Sexta passada estreou o novo filme do diretor Neil Marshall, o mesmo dos interessantes Cães de Caça (com lobisomens) e Abismo do Medo (sobre seres misteriosos dentro de uma caverna). Bem, nem tão novo assim, já que trata-se de um filme do ano passado.

Um perigoso vírus mortal, altamente contagioso, se espalha pela Escócia. Altos muros sao construídos nas fronteiras e a população é deixada para morrer. Anos mais tarde o vírus reaparece em Londres, e então uma equipe é enviada para a Escócia para tentar encontrar a cura.

E vem a pergunta: o filme é bom? Não, não é bom. Mas também não é ruim. Na verdade, é muito divertido!

Imagine uma mistura de Extermínio, Mad Max, Highlander e Gladiador. Difícil de imaginar, né? Pois Juízo Final é por aí. Heu avisei que o filme não era bom…

O roteiro tem vááários furos, tipo, como é que o vírus reapareceu, 27 anos depois? Ou como é que os satélites não pegavam os movimentos da “gangue do Sol”? Isso sem contar com a inacreditável perseguição de carros no fim do filme!

Mas aí tem o lado trash da história. Se a gente relevar esses (muitos) pontos, o filme fica realmente divertido! O filme começa como um suspense policial com ar sério, de repente vira um trash pós apocalíptico e logo depois um filme medieval, pra terminar com perseguições de carros.

No papel principal, Rhona Mitra (que recentemente entrou na franquia Anjos da Noite para substituir Kate Beckinsale como o principal papel feminino – mas com um personagem diferente) cumpre bem o papel: bate bem, apanha bem e está o filme todo com uma roupinha preta justa mostrando todas as suas formas. Ainda temos papéis menores dos grandes Bob Hoskins (Uma Cilada Para Roger Rabbit) e Malcom McDowell (Laranja Mecânica, e que recentemente estava nas telas cariocas na refilmagem de Halloween). O resto do elenco – sem nomes famosos – está caricato na medida certa.

A “parte medieval” é mais crível que o “momento Mad Max”. Se o filme seguisse só esse caminho, acredito que ia ficar bem melhor, sem aquela salada toda…

Mesmo assim, disse antes e repito: o filme não é ruim. Heu, pelo menos, me diverti!