Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas

Hootel Transilvania 3Crítica – Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas

Sinopse (imdb): Durante as férias com sua família, o Conde Drácula encontra uma afinidade romântica.

Drácula e seus amigos estão de volta!

Como este é o terceiro filme da série, a gente já sabe mais ou menos o que esperar. Dirigido pelo mesmo Genndy Tartakovsky dos outros dois filmes, Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas (Hotel Transylvania 3: Summer Vacation, no original) mantém o mesmo padrão. Quem gostou dos outros dois vai curtir.

A animação não tem a qualidade de uma Pixar, mas não é nada que incomode. Temos alguns personagens novos, mas a estrutura é a mesma. Algumas boas piadas, algumas piadas bobas, tudo meio previsível, mas mesmo assim tudo leve e divertido.

O elenco original é ótimo – Adam Sandler, Andy Samberg, Selena Gomez, Kevin James, Fran Drescher, Steve Buscemi, Molly Shannon, David Spade, Kathryn Hahn e Mel Brooks. Pena que vi a versão dublada. Pelo menos a dublagem é muito bem feita.

Férias escolares chegando, Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas não é nada excepcional, mas vai agradar os pequenos, sem ofender os pais.

Os Produtores

Os produtoresCrítica – Os Produtores (2005)

Depois de mais um fracasso na Broadway, o produtor Max Bialystock se junta ao contador Leo Bloom para montarem o pior musical da história e ganhar dinheiro com uma fraude.

Anos atrás, comprei o dvd Os Produtores (The Producers, no original), comecei a ver, mas patroa não gostou do estilo, e parei logo na primeira cena, guardando o filme na prateleira junto com os outros Mel Brooks. Aproveitei o podcast de musicais e resolvi encarar de novo.

Logo lembrei por que não tinha terminado. O filme é bobo demais. Impressionante como mesmo com gente talentosa como Mel Brooks, Matthew Broderick, Uma Thurman e Nathan Lane, o resultado ficou tão decepcionante.

Durante o podcast, um dos convidados falou de uma versão brasileira da peça “Os Produtores”, que a peça não era boa porque era um humor caricato no estilo do Zorra Total. Olha, arrisco a dizer que o tom da peça estava certo. Porque o humor do filme é caricato no estilo do Zorra Total!

Os Produtores é a versão para cinema do musical da Broadway – que, por sua vez, é uma versão do filme Primavera Para Hitler, escrito e dirigido por Mel Brooks em 1967, com Gene Wilder e Zero Mostel no elenco. Vi o filme original muitos anos atrás, nem me lembro, não sei se tinha humor pastelão como no musical, ou um humor mais inteligente, como Mel Brooks mostrou em outros filmes (como O Jovem Frankenstein, Alta Ansiedade ou A Última Loucura de Mel Brooks). O fato é que Brooks deve ter alguma culpa, já que foi ele quem fez a adaptação para o teatro.

A direção do filme ficou com Susan Stroman – com grande experiência no teatro, mas que só dirigiu este filme. Segundo a wikipedia, ela ganhou 17 prêmios como coreógrafa. Deve ser por isso que Os Produtores parece uma peça filmada. Tudo: as atuações, as coreografias, os cenários, ao longo do filme parece que estamos diante de um palco. Acho que deviam ter chamado alguém com alguma experiência em cinema…

Curiosamente, o filme repetiu a dupla de atores principais da Broadway. Não vi a peça, mas já vi Nathan Lane e Matthew Broderick em outros filmes (principalmente Broderick – o cara é o Ferris Bueler!), e sei que eles são muito melhores do que o que vemos na tela. Will Ferrell está mal como sempre; Uma Thurman está mal como nunca. Deu pena dos atores, acho que eles devem ter vergonha deste filme…

Por fim, a parte musical é tão chata que fiquei torcendo para o filme acabar logo. Gosto de várias trilhas, de vários musicais. E não gostei de nenhuma das músicas deste Os Produtores.

Dispensável…

As Aventuras de Peabody & Sherman

0-Peabody2Crítica – As Aventuras de Peabody & Sherman

O novo Dreamworks!

O sr. Peabody é um cachorro super inteligente, ganhador do prêmio Nobel, medalhista olímpico, etc, e que resolve adotar Sherman, uma criança abandonada. No seu primeiro dia de escola, Sherman se envolve num caso de bullying, e agora o sr. Peabody precisa resolver o problema para não perder a guarda do filho.

As Aventuras de Peabody & Sherman (Mr. Peabody & Sherman, no original) é uma adaptação do desenho televisivo “Peabody’s Improbable History” do fim dos anos 50 e início dos anos 60, que fazia parte do desenho As Aventuras de Rocky e Bullwinkle, ou Alceu e Dentinho (The Rocky and Bullwinkle Show). Nos anos 90, fizeram um longa metragem “As Aventuras de Alceu e Dentinho”, que não fez muito sucesso. E, até agora, sr. Peabody e Sherman continuavam quase desconhecidos.

Dirigido por Rob Minkoff (O Rei Leão), As Aventuras de Peabody & Sherman tem um problema básico: é um filme para crianças onde as melhores piadas não são para as crianças. O filme trata de viagem no tempo, passa pela Revolução Francesa, pelo Egito dos faraós, pela renascença italiana, pela guerra de Troia – uma criança pequena que não conhece os fatos históricos vai ficar que nem o Sherman quando fala “não entendi”…

Pelo menos o roteiro é leve e o ritmo é rápido, e uma criança pode “passar batido” pelas piadas históricas e se divertir. E a mensagem do filme – amor paterno maior que qualquer coisa – funciona em qualquer idade.

A parte técnica do filme é muito bem feita, claro, é um filme da Dreamworks. Mas nada que impressione – hoje estamos acostumados à qualidade altíssima, um filme precisa se esforçar pra se destacar, o “bem feito” já não chama mais a atenção.

Para os fãs da série Modern Family: vejam o filme com o som original! Ty Burrell faz a voz do sr. Peabody. Em vários momentos o diálogo entre pai e filho é bem parecido com Phil Dunphy conversando com Luke – o cachorro faz até trocadilhos infames! Sei que a primeira opção do estúdio era Robert Downey Jr. – também seria legal, mas seria outra onda. Posso dizer que Ty Burrell se encaixou perfeitamente no papel.

E quem escolher a versão com o áudio original ainda ganha alguns bônus, como Leslie Mann, Allison Janney, Dennis Haysbert, Stanley Tucci, Lake Bell, Stephen Colbert, Patrick Warburton, Stephen Tobolowsky – e Mel Brooks como Einstein! E quem faz a voz da Penny é Ariel Winter, a Alex Dunphy de Modern Family.

Ah, tem em versão 3D. Blé. 3D hoje em dia é tudo igual. Bem feito, mas nada que justifique o ingresso mais caro.

Muppets – O Filme (1979)

Muppets – O Filme (1979)

No fim do ano estreará um novo filme dos Muppets. Aproveitei uma promoção das Lojas Americanas e comprei este Muppets – O Filme, de 1979, pra rever com meus filhos.

Caco, o sapo, vai até Hollywood para tentar um emprego no meio do entretenimento. Ao longo do caminho, conhece vários personagens famosos, como Fozzie, Gonzo e Miss Piggy. E eles precisam evitar um ganancioso empresário dono de um restaurante de pernas de rã, atrás das pernas de Caco.

Antes de falar sobre o filme, falemos dos Muppets. Para quem não conhece (existe alguém que não conhece?), são personagens criados por Jim Henson (auxiliado por Frank Oz) que estrelaram vários filmes e programas de tv, quase sempre com humanos interagindo com os bonecos, que podem ser animais, humanóides, monstros, extraterrestres ou criaturas inventadas.

O que falar sobre o filme, hoje, mais de 30 anos depois? Acho que a única coisa negativa é que os convidados especiais “perderam a validade” – heu mesmo, com meus 40 anos, não reconheci todos os atores, o que dirá a molecada de hoje em dia… A maior parte dos elenco era composta de atores de comédia famosos nos anos 80. Reconheci Steve Martin, Mel Brooks, Dom DeLuise, Elliot Gould e até Orson Welles. Mas ninguém conhecido das crianças de hoje.

Fora isso, o filme ainda é excelente. Hoje estamos acostumados com cgi em toda parte, mas aqui todos os muppets são bonecos animados por gente de verdade, e em momento algum isso parece tosco. Pelo contrário, em alguns momentos, a animação impressiona. Logo no início, Caco aparece tocando banjo – dentro de um lago! Onde estava o animador? E pouco depois ele aparece andando de bicicleta… hoje em dia isso seria mole de fazer, seria tudo cgi – mas, parem para pensar: como é que um fantoche anda de bicicleta? Se bem que é melhor não parar pra pensar, e sim acreditar na “mágica”… 🙂

Mas não é só isso. Uma das coisas que mais gosto nos Muppets é o seu genial e raro humor, que agrada tanto a criançada quanto os adultos. Diferente dos “primos” da Vila Sésamo, indicados somente para os pequenos, os Muppets podem ser apreciados por qualquer um que goste de comédias. (Falando em Vila Sésamo, Garibaldo faz uma ponta aqui!)

Aliás, compartilho aqui uma informação que heu não sabia: os Muppets são uma espécie de spin off de Vila Sésamo – Caco fazia parte do “elenco” da Vila Sésamo! Taí, admiro os dois programas, mas são bem diferentes. E heu não tinha a menor ideia de que eram relacionados, a não ser pelo fato de ambos serem criações de Jim Henson…

Agora procurarei os outros filmes de Caco e sua turma e aguardarei ansiosamente pelo novo filme, que estreia em dezembro!

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Os Smurfs
Toy Story 3
A Pedra Mágica

O Jovem Frankenstein

O Jovem Frankenstein

Depois de Spaceballs, vi aquele que considero o melhor Mel Brooks: O Jovem Frankenstein, de 1974.

O filme, uma paródia da clássica história de Mary Shelley, conta a história do médico dr. Frankenstein, neto e herdeiro do barão da história original. Ao chegar na Transilvânia para receber a herança, ele descobre os estudos do avô e resolve seguir os seus passos.

O que falar sobre este filme, considerado uma das melhores comédias de todos os tempos? São tantas as piadas antologicas que fica até difícil citar alguma delas!

O elenco é fantástico. Gene Wilder, Marty Feldman, Peter Boyle, Teri Garr, Madeleine Kahn, Cloris Leachman, Gene Hackman, todos estão prefeitos. Feldman é um dos caras mais engraçadas que já vi no cinema! Suas caretas, com seus olhos esbugalhados, fazendo piadas olhando para a câmera, são impagáveis!

O roteiro foi escrito por Brooks e Wilder. Na verdade, a ideia de se fazer este filme surgiu no projeto anterior de Brooks, Banzé no Oeste, estrelado por Wilder.

Todo o visual do filme lembra o filme clássico, dirigido em 1031 por James Whale. Não só a fotografia é em preto e branco, Brooks procurou onde estavam os cenários e props daquele filme antigo e os alugou para a realização deste.

Enfim, filme obrigatório para fãs de comédia. Aliás, filme obrigatório para fãs de cinema!

Spaceballs – S.O.S. Tem Um Louco Solto no Espaço

Spaceballs –  S.O.S. Tem Um Louco Solto no Espaço

Há um bom tempo queria rever o melhores filmes do Mel Brooks. Comecei meu festival pessoal com Spaceballs –  S.O.S. Tem Um Louco Solto no Espaço, de 1987.

Todos sabem que se trata de uma sátira a Guerra nas Estrelas, né? Mesmo assim, tem uma trama: o planeta Spaceballs está ficando sem ar, então seu presidente manda o cruel Dark Helmet para roubar o ar do planeta Druidia. Para isso, Dark Helmet tenta sequestrar a princesa Vespa, que é salva pelo mercenário Lone Starr.

Quase todas as piadas são em cima de Guerra nas Estrelas, mas também tem espaço na sátira para outros filmes, como Jornada nas EstrelasAlien. Aliás, a participação especial de John Hurt, repetindo o papel de Alien, é genial!

No elenco, o destaque é para Rick Moranis, com a mesma cara de perfeito loser, mas debaixo do enorme capacete de Dark Helmet. Ainda no elenco, Bill Pullman, John Candy, Daphne Zuniga e o próprio Mel Brooks, fazendo dois papéis: o presidente e Yogurt – qualquer semelhança com Yoda não será mera coincidência!

São muitas as piadas boas, mas algumas são bobas. Brooks já estava começando a ficar sem graça…

Mesmo assim, considero este o último filme bom de Brooks. Se antes ele fez clássicos como O Jovem FrankensteinA Última Loucura de Mel BrooksA História do Mundo – parte 1, depois de Spaceballs, ele só fez três filmes, todos fracos, na minha humilde opinião: Que Droga de VidaRobin HoodDracula – Morto mas Feliz.

Brooks, hoje com 83 anos, ainda está na ativa, justamente escrevendo e produzindo uma série animada baseada em Spaceballs. Mas, independente da qualidade de seus projetos recentes, será sempre adorado por fãs de boas comédias!