Twisters

Crítica – Twisters

Sinopse (imdb): Uma atualização do filme “Twister” de 1996, centrado em uma dupla de caçadores de tempestades que arriscam suas vidas em uma tentativa de testar um sistema experimental de alerta meteorológico.

Hollywood gosta de franquias. É mais fácil vender um filme ligado a uma franquia do que um filme “solo”. Sendo assim, agora, 28 anos depois do primeiro Twister, temos um novo filme. Mas o curioso aqui é que este Twisters não é uma continuação, nem um reboot, nem um remake. É apenas mais um filme usando a mesma premissa. A vantagem pra quem tem memória ruim que nem heu é que não precisa rever o original, porque este novo não tem nenhuma conexão com aquele (sorte minha, porque não lembro de nada do original).

Achei curioso ver que a direção é de Lee Isaac Chung, que chegou a ser indicado a dois Oscars por Minari (roteiro e direção), um filme que não tem nada a ver com o estilo de Twisters. Chung já tinha mostrado que sabe fazer filmes mais intimistas, agora prova que dominou perfeitamente o formato blockbuster. A parte técnica enche os olhos. Em momento algum os tornados parecem fake, o cgi é perfeito.

Twisters começa bem, vamos direto pra ação, Daisy Edgar-Jones lidera uma equipe de estudantes que estão caçando tornados. Mas as coisas não vão como o planejado, e ela acaba desistindo. Até que, cinco anos depois, ela acaba voltando ao “circuito de caçadores de tornados”, dominado por dois grandes grupos, de estilos e propostas diferentes.

Tem uma coisa curiosa na construção desses dois grupos rivais. Um deles, liderado pelo co-protagonista Glen Powell, é uma galera arruaceira e espalhafatosa que aparentemente só caça tornados para conseguir views no youtube. Daisy integra o outro, de cientistas que querem estudar o fenômeno meteorológico. Por um lado, o roteiro consegue subverter a importância dos dois grupos de maneira inteligente, o espectador começa o filme simpatizando com um, mas termina apoiando o outro. Mas, teve uma coisa que ficou estranha. O grupo de cientistas usa um dinheiro nada ético, de um cara que faz especulação imobiliária em cima de terrenos devastados pelos tornados. Mas, se por um lado o cara não é ético e ganha dinheiro com a miséria dos outros, por outro lado ele está investindo dinheiro na pesquisa. Ou seja, ele não é de todo mau. Pelo filme, heu entendi que ele quer resolver os problemas a longo prazo.

Mesmo com essa falha na construção de um desnecessário vilão, gostei do roteiro, que consegue fazer um “feijão com arroz” muito bem construído, tanto na parte de espalhar situações de tornados ao longo do filme (são pelo menos cinco sequências tensas e eletrizantes perseguindo tornados), quanto na construção do casal, que lembra a fórmula das comédias românticas: inicialmente eles não se gostam, mas acabam desenvolvendo um relacionamento. E preciso dizer que ambos os atores, Daisy Edgar-Jones e Glen Powell, estão ótimos – o carisma da dupla é um dos trunfos do filme.

Ainda sobre o elenco, Anthony Ramos completa o trio principal. Mas, prestem atenção no cara que está sempre ao lado dele, interpretado por David Corenswet – esse cara será o novo Superman! Também tem uma ponta da Maura Tierney. Sim, podia ser a Helen Hunt, mas, como falei, esse filme não se conecta ao original.

Queria falar mal de uma coisa do fim, mas é spoiler, então siga por sua conta e risco.

SPOILERS!
SPOILERS!
SPOILERS!

Já comentei aqui diversas vezes sobre decisões burras de personagens. Mas aqui tem uma bem complicada. Eles têm um plano para dissipar um tornado. Estão literalmente ao lado desse tornado. Mas dizem “ele está indo pra uma cidade aqui perto, vamos lá ajudar!”. Ora, se eles não fossem até a cidade e focassem no tornado, a cidade não seria destruída e não precisaria da ajuda deles!

FIM DOS SPOILERS!

Twister, de 1996, era um bom filme pipoca, mas nada demais, tanto que a gente lembra mais de outros filmes da época, como Missão Impossível, Independence Day ou Um Drink Para o Inferno. Este novo Twisters também é um entretenimento competente, galera vai se divertir, ninguém vai sair decepcionado da sala de cinema. Mas assim como o anterior, acho que vai ser esquecido em breve.

Sobreviventes – Depois do Terremoto

Crítica – Sobreviventes – Depois do Terremoto

Sinopse (imdb): Depois de um grande terremoto, em Seul, há apenas um prédio em pé. Com o passar do tempo, pessoas de fora começam a entrar para se protegerem do frio extremo. Para lidar com o número crescente, os moradores decretam uma medida especial.

A gente olha o cartaz e o trailer e já pensa em filme catástrofe, já lembra dos filmes do Roland Emmerich… Que nada! Assim como o título nacional diz, o foco do filme é “depois do terremoto”.

Representante da Coreia do Sul no Oscar Internacional 2024, Sobreviventes – Depois do Terremoto (Concrete Utopia em inglês; Konkeuriteu yutopia no original coreano) é um estudo comportamental sobre o que acontece com as pessoas quando a sociedade como conhecemos não existe mais.

Até tem algumas breves cenas mostrando o terremoto – uma muito curta no início e uma um pouco menos curta num flashback. Mas, como falei, o foco não é o terremoto. Um grande prédio foi o único a ficar em pé, então, para fugir do frio, várias pessoas de fora procuram abrigo no prédio. Até que os moradores se questionam se vale a pena expulsar quem não era morador, para criar uma pequena comunidade organizada. Claro, enfrentando problemas como falta de comida e ataques de invasores.

O ritmo do filme é muito bom. Determinado momento a gente está vivendo um clima “comercial de margarina”, onde mostram como tudo é perfeito na nova comunidade criada, Mas os problemas vão se acumulando e o clima vai ficando gradativamente mais tenso, até um final onde o espectador está roendo as unhas na beirada da poltrona!

Os efeitos especiais são muito bons. Como falei, são poucas cenas do terremoto em si, os efeitos são mais pra mostrar a destruição causada pelo terremoto. Sobre o elenco, heu não reconheci ninguém. Como sempre acontece no cinema oriental, temos atuações intensas e exageradas, talvez isso afaste parte do público. Mas, faz parte do “pacote”.

Boa opção em cartaz nos cinemas!

Moonfall: Ameaça Lunar

Crítica – Moonfall: Ameaça Lunar

Sinopse (imdb): Uma força misteriosa tira a Lua de sua órbita ao redor da Terra e a coloca em rota de colisão com a vida como a conhecemos. Com poucas semanas antes do impacto e o mundo à beira da aniquilação, uma executiva da NASA e ex-astronauta está convencida de que ela tem a chave para salvar a todos nós – mas apenas um astronauta de seu passado e um teórico da conspiração acreditam nela. Esses heróis improváveis montarão uma missão impossível de última hora no espaço, deixando para trás todos que amam, apenas para descobrir que podem ter se preparado para a missão errada.

Às vezes penso em criar o site com as críticas mais curtas da Internet. Assim: “Moonfall – o novo filme de Roland Emmerich é um típico filme de Roland Emmerich”. Precisa de mais? Afinal, Moonfall: Ameaça Lunar (Moonfall, no original) é um filme do Roland Emmerich, com tudo de bom e de ruim que isso pode trazer.

Emmerich é um cara exagerado. Depois da sessão de imprensa, meu amigo Eduardo Miranda, do canal Projeto Cinevisão, exemplificou bem o seu modus operandi: “Caramba, sr. Emmerich, isso ficou exagerado, não?” “Você acha exagerado? Espere, vou exagerar ainda mais!” “Mas, não, ficou muito agora!” “Você acha muito? Aguarde, ainda tem mais!” ” Sr. Emmerich, isso está saindo do controle!” “Saindo do controle? Mas ainda vou além!”.
Moonfall é assim. A ideia inicial é muito boa: a lua saiu de órbita e está se aproximando da Terra. Caramba, só isso já daria um excelente filme catástrofe: como os humanos tentariam recolocar o satélite em órbita, o que aconteceria com a gravidade de um corpo celeste se aproximando, como seria a destruição causada pelo choque – não seria um bom filme?

Mas, Emmerich vai além. Não vou entrar em detalhes por causa de spoilers, mas o motivo pelo qual a lua saiu da órbita é absurdo. Mas o absurdo não pára aí, a história entra numa espiral de absurdos que chega um ponto do filme onde ou o espectador vai achar que está vendo uma comédia escrachada ou vai embora da sala de cinema. Não tem como levar a sério.

(Teve uma cena onde dei uma gargalhada alta. Sem spoilers, a cena envolve ter que levantar uma árvore.)

Pelo lado bom, Emmerich é um cara que sabe fazer filmes assim. O cara dirigiu Independence Day, 2012, O Dia Depois de Amanhã, GodzillaSe tem alguém na Hollywood atual para fazer um filme catástrofe competente pelo lado técnico, Emmerich é o cara. E os efeitos especiais são excelentes (heu queria ver mais destruição, mas pelo menos o que foi apresentado foi muito bem feito). Se você compra a ideia e entra no clima do filme, pode curtir a sessão.

Moonfall é aquele tipo de filme que não tem muito espaço pra grandes atuações. Patrick Wilson está ok, a gente entende os dilemas do seu personagem. Por outro lado, Halle Berry está no piloto automático e parece que só está esperando acabarem as filmagens pra pegar seu cachê. Como ponto positivo, gostei do John Bradley, que tem a função de alívio cômico, mas mesmo assim consegue ter um bom desenvolvimento de personagem.

Agora é esperar algum estúdio pensar na ideia de uma lua caindo na Terra. Queria ver este filme…

Destruição Final – O Último Refúgio

Crítica – Destruição Final – O Último Refúgio

Sinopse (imdb): Uma família luta pela sobrevivência em face de um desastre natural cataclísmico.

Filmes catástrofe normalmente seguem uma fórmula padrão. Tem uma amostra da catástrofe, em menor escala, pra mostrar o que enfrentaremos. Aí cientistas aparecem com uma solução, que dá errado. Então, um cientista desacreditado traz uma ideia inusitada, que é executada por um herói improvável. E que acabam salvando o mundo – até o próximo filme catástrofe que vai usar a mesma fórmula.

Destruição Final – O Último Refúgio (Greenland, no original) não usa essa fórmula. Os protagonistas são pessoas comuns, que foram escolhidas para uma vaga num abrigo (o filme não explica se foi sorteio, se foi pelas habilidades, ou sei lá por que eles foram chamados, mas isso pouco importa). O fato é: não temos um herói. Os personagens são uma família tentando sobreviver.

Isso diferencia Destruição Final – O Último Refúgio dos outros. Em vez de enfrentar grandes destruições, nossos personagens enfrentam pessoas no limite. Porque, quando é um caso de sobrevivência, pessoas diferentes reagem de maneira diferente. Pode aflorar o seu melhor ou o seu pior.

Destruição Final – O Último Refúgio foi dirigido por Ric Roman Waugh – vi no imdb que ele tem mais créditos como dublê do que como ator. Ele dirigiu Invasão ao Serviço Secreto, terceiro filme da série, depois de Invasão a Casa Branca e Invasão a Londres – deve ter ficado amiguinho do Gerard Butler…

O elenco se concentra no núcleo familiar, pai, mãe e filho. Gerard Butler é um nome conhecido, e pode causar confusão pro espectador menos atento, porque há poucos anos ele estrelou Geostorm, outro filme catástrofe que o nome original é uma palavra que começa em G… Morena Baccarin é um nome em ascensão, ela é a namorada do Deadpool, e, pra quem não sabe, ela é brasileira, carioca, foi criança pros EUA e fez carreira lá. O menino Roger Dale Floyd estava em Doutor Sono, fez o Danny criança. Ainda tem um nome pra citar no elenco, que é o Scott Glenn, que faz o avô, que tem uma filmografia gigantesca, é aquele cara que você vai olhar e pensar “já vi em algum outro filme…”

Ah, preciso falar dos efeitos especiais – quem vai ver um filme catástrofe que ver cenas de destruição! As cenas de catástrofe não são muitas, o maior foco do filme é nas pessoas. Mas essas poucas cenas são boas, ninguém vai sair do cinema reclamando.

Destruição Final – O Último Refúgio não é o melhor filme catástrofe de todos os tempos, mas vai agradar quem se arriscar pra ir ao cinema.

Arranha-Céu: Coragem Sem Limite

arranha ceuCrítica – Arranha-Céu: Coragem Sem Limite

Sinopse (imdb): Um pai faz um grande esforço para salvar sua família de um arranha-céu em chamas.

Depois de Jumanji e Rampage, olha o The Rock de novo em cartaz! Três filmes em 7 meses!

Escrito e dirigido por Rawson Marshall Thurber (que até agora só tinha feito comédias), Arranha-Céu: Coragem Sem Limite (Skyscraper, no original) é um típico filme de ação descerebrado. Quem procura uma boa história, deve evitar.

Parece um Duro de Matar misturado com filme catástrofe, mas com um roteiro desleixado e previsível do início ao fim. Muita coisa não faz o menor sentido. Aliás, rolou uma divertida polêmica quando saiu o cartaz do filme uns meses atrás – várias “teorias” tentando explicar como aquele salto funcionaria.

Mas, por outro lado, temos Dwayne Johnson. Ele sozinho vale o ingresso. Grande, forte, simpático e muito carismático, The Rock faz o filme valer a pena (para aqueles menos exigentes). O cara é tão bom que tiveram que tirar uma perna do personagem, pra facilitar um pouco pro vilão caricato da vez. A sumida Neve Campbell lhe faz companhia.

Enfim, é difícil recomendar um filme desses – porque o filme não é bom. Mas acredito que vai agradar o seu público alvo.

No Olho do Furacão

No Olho Do FuracãoCrítica – No Olho do Furacão

Sinopse (imdb): Ladrões tentam um grande assalto contra o Tesouro dos EUA quando um furacão de categoria 5 se aproxima de uma de suas instalações da Casa da Moeda.

A premissa nem era ruim – um filme de assalto misturado com cinema catástrofe. Só que a execução de No Olho do Furacão (The Hurricane Heist, no original) é tão capenga que põe tudo a perder.

Dirigido por Rob Cohen (que dirigiu o primeiro Velozes e Furiosos e o primeiro Triplo X), No Olho do Furacão é cheio de problemas. Acho que o pior é o roteiro, repleto de soluções preguiçosas – em mais de um momento o furacão é seletivo e só atinge os antagonistas, enquanto os protagonistas ficam na boa.

Outro problema está nos efeitos especiais. Um filme catástrofe precisa de efeitos convincentes, e o cgi aqui é bem fraco. E não é só isso: o furacão é violento, mas na calmaria dentro do olho parece que não passou nenhum vento.

Nomes vindos da televisão lideram o elenco, que funciona para o que o filme pede: Maggie Grace (Lost, Californication), Toby Kebbel (Black Mirror) e Ryan Kwanten (True Blood). Ralph Ineson (A Bruxa) faz o vilão caricato.

Enfim, dispensável.

Rampage: Destruição Total

RampageCrítica – Rampage: Destruição Total

Sinopse (imdb): Quando três animais diferentes são infectados com um patógeno perigoso, um primatologista e uma geneticista se unem para impedir que eles destruam Chicago.

Não escondo de ninguém que sou fã do Dwyane Johnson, o “The Rock”. Seu carisma é tão grande que ele é capaz de salvar um filme meia boca.

Infelizmente não foi o caso aqui.

Nunca joguei o videogame. Pelo que me disseram, o objetivo do jogo é apenas destruir a cidade. Difícil fazer um filme só com isso.

Dirigido por Brad Peyton, Rampage: Destruição Total (Rampage, no original) simplesmente não empolga – diferente do filme anterior do mesmo diretor, Terremoto: A Falha de San Andreas, que é igualmente cheio de clichês, mas pelo menos é divertido. O filme até começa bem, com uma breve introdução no espaço (que parece o fim do filme Vida), mas depois que a história chega na Terra, o filme fica sem graça. Pra piorar, os efeitos especiais nem sempre funcionam. Várias vezes o cgi falha.

Tem outra coisa, um detalhe, mas que achei muito tosco. São três criaturas. As duas que eram selvagens viram monstros; o gorila, único que conhecemos a história, só cresce, sem mudar as características físicas. Adivinha qual criatura que vira boazinha no fim? 😉

Sobre o elenco, repito: gosto do Dwyane Johnson – mas ele sozinho não foi o suficiente. Malin Akerman está muito canastrona. Também no elenco, Marley Shelton, Naomie Harris, Jeffrey Dean Morgan, Jake Lacy e Joe Manganiello – que era um lobisomem em True Blood, mas aqui virou um caçador de lobos.

Enfim, só mais um filme genérico de monstros gigantes.

A Onda / Bølgen

A OndaCrítica – A Onda / Bølgen

Sinopse (imdb): Embora previsto, ninguém está realmente pronto quando a montanha acima do estreito fiorde norueguês Geiranger colapsa e cria um tsunami violento de 85 metros de altura. Um geólogo é um daqueles presos no meio dela.

Filme catástrofe norueguês… Será que presta?

O legal de ver filmes europeus é ter uma visão diferente do padrão hollywoodiano. E o problema de A Onda (Bølgen, no original) é que ele segue exatamente a cartilha do cinemão americano. Ou seja, temos uma cópia piorada.

Digo piorado porque o legal de ver num filme catástrofe é justamente a catástrofe. E aqui só temos a tal onda do título do filme, que, além de ter pouco tempo de tela, não é lá grandes coisas, tecnicamente falando.

Um detalhe me incomodou na parte final. Entendo que a produção do filme precisava de pontos de luz para as cenas noturnas, mas, vem cá, não tinha fogueiras demais para um local que acabou de ser inundado?

O diretor Roar Uthaug foi pra Hollywood depois deste filme para fazer a nova versão de Tomb Raider. Aguardemos o resultado.

A Onda nem é ruim. Mas se for pra ficar com um filme catástrofe off-Hollywood, prefiro O Impossível.

Tempestade – Planeta em Fúria

Crítica – TempestadeCrítica – Tempestade – Planeta em Fúria

Sinopse (imdb): Quando a rede de satélites projetada para controlar o clima global começa a atacar a Terra, é uma corrida contra o relógio para descobrir a ameaça real antes de uma tempestade global acabar com tudo e com todos.

Uma simples leitura nos créditos principais já nos diz o que esperar de Tempestade – Planeta em Fúria (Geostorm, no original). O filme é dirigido por Dean Devlin, que foi o produtor de vários filmes catástrofe do Roland Emmerich. Daí a a gente já desconfia: vai ser um “sub Emmerich”.

Tempestade – Planeta em Fúria é exatamente isso. Temos todos os clichês possíveis – tem até o garoto que perde o cachorro e depois o reencontra! Só ficou faltando o talento do diretor alemão – com todos os prós e contras, temos que admitir que Emmerich talvez seja o maior nome do cinema catástrofe contemporâneo. Ah, e pros brasileiros, tem uma rápida e divertida cena numa praia que acho que era pra ser Copacabana, mas com prédios de outro lugar… 😉

Tempestade – Planeta em Fúria tem um outro problema: os efeitos especiais não são tão impressionantes. Efeitos fracos talvez não atrapalhem um filme de outro estilo, mas, neste caso em particular, o filme perdeu muito com os efeitos de segunda linha.

Liderando o elenco, Gerard Butler está canastrão no ponto que o filme pede – não precisa ser um grande ator para carregar um filme desses. Também no elenco, Jim Sturgess, Abbie Cornish, Alexandra Maria Lara, Andy Garcia e Ed Harris.

Resumindo: não é ruim, mas tá bem longe de ser bom. Vale mais rever Independence Day.

Independence Day: O Ressurgimento

IDR-posterCrítica – Independence Day: O Ressurgimento

Vinte anos depois, a continuação de um dos mais “farofeiros” filmes catástrofe de todos os tempos!

Duas décadas depois da primeira invasão do Dia da Independência, a Terra se depara com uma nova ameaça extra-solar. Será que as novas defesas espaciais da humanidade serão suficiente?

Vamulá. Muita gente não gosta do primeiro Independence Day, de 1996, justamente por não ser um filme sério. A parte de filme catástrofe é boa e agrada a todos, mas o clima de galhofa dividiu o público. Afinal, nem todo mundo “comprou” coisas como um vírus de computador derrotando os alienígenas.

Como Independence Day: O Ressurgimento (IIndependence Day: Resurgence, no original) é uma continuação, dirigida pelo mesmo Roland Emmerich, que teve novamente como parceiro o roteirista Dean Devlin, claro que o clima de galhofa continua. Não leve o filme a sério, e vai ser mais fácil de se divertir.

Se é tão bom quanto o primeiro? Não, infelizmente não é. Algumas sequências de destruição são muito boas, mas são tão poucas que essa parte acaba rapidinho E apesar de boa parte do elenco ter voltado, Will Smith não está nesta continuação, e ninguém do atual elenco tem carisma suficiente para segurar o filme, que parece meio órfão de um protagonista.

Se não é tão bom, pelo menos é uma boa opção pra quem estiver no clima certo. Temos efeitos especiais top de linha, as (poucas) sequências de destruição são excelentes. E, diferente da sisudez de um Interestelar, o clima é sempre leve e divertido.

Tirando Will Smith (que segundo dizem, cobrou caro demais), o resto do elenco principal está de volta: Bill Pullman, Jeff Goldblum, Judd Hirsch, Vivica A Fox e um inspirado Brent Spiner (o “Data” – por que esse cara não faz mais filmes?). Recém falecido, Robert Loggia aparece rapidamente, mas desconfio que seja CGI. De novidade, o filme conta com Liam Hemsworth (Jogos Vorazes), Maika Monroe (Corrente do Mal), William Fichtner, Charlotte Gainsbourg, Sela Ward e Jessie T. Usher.

Sobre o novo elenco, vem a má notícia: teremos continuação(ões). A ideia de Emmerich era fazer logo dois filmes ao mesmo tempo, mas o estúdio recusou. Mesmo assim, Independence Day: O Ressurgimento termina com gancho para um terceiro filme… Será que vai ser bom?

p.s.: “O Ressurgimento”. Será que não tinha um nome pior não?