As Filhas do Fogo / Las Hijas del Fuego

Crítica – As Filhas do Fogo

Sinopse (catálogo do Festival do Rio): Bem no fim do mundo, três mulheres se encontram por acaso, começando uma jornada poliamorosa que irá transformar as suas vidas. Uma viagem ao longo de estradas e através do tempo que se transforma em pura alegria, rios de prazer e diversão. Elas lentamente exploram uma paixão irreversível e a utopia do amor monogâmico, longe dos sentimentos de posse e de dor, como o inevitável fim de um amor que não se encaixa em lei alguma. Através de suas anotações, Violeta nos conta sobre as aventuras das Filhas do Fogo: um grupo de mulheres em busca de suas próprias descobertas eróticas.

Falei do Morra Monstro Morra, que era a cara da mostra Midnight Movies. Mais um filme argentino, este As Filhas do Fogo também é. Relações lésbicas, sexo explícito e muito papo cabeça numa história que não faz muito sentido. Sim, amigos, coisas que a gente só vê em mostras assim.

Escrito e dirigido por Albertina Carri, As Filhas do Fogo (Las hijas del fuego, no original) segue a estrutura básica de filme pornô: algo acontece na história para justificar a cena de sexo que vem em seguida, e assim por diante. Acredito que foi proposital, isso inclusive é citado nos monólogos narrativos. A diferença é que as personagens têm rostos comuns – nenhuma delas estaria num filme pornô “normal”.

Claro que o objetivo é provocar. Não só pelo sexo explícito, mas também por mostrar um elenco quase todo feminino em cenas meio oníricas – a longa sequência final é uma grande viagem. Acho que o único homem no elenco é justamente um ser desprezível, que maltratava a esposa.

Vale por ser diferente. Um bom exemplo de filme que não vemos facilmente por aí.

Love

Love-Poster2Crítica – Love

E vamos à “polêmica da vez”!

Um americano, estudante de cinema, morando em Paris, e sua namorada francesa, resolvem convidar a vizinha para um ménage, mas a vizinha acaba grávida.

Filme novo de Gaspar Noé, Love é o filme polêmico do ano. Afinal, não é qualquer um que tem a coragem de levar sexo explícito para Cannes!

Gaspar Noé já tinha “causado” em Cannes quando lançou Irreversível, filme que conta com duas cenas violentíssimas – uma delas é provavelmente o estupro mais incômodo da história do cinema. Irreversível tinha uma cena de sexo explícito (logo antes de Monica Belucci sair da festa, ela entra num quarto onde tem gente transando), mas era uma cena rápida e sem importância. Agora, em seu novo filme, o sexo explícito é o protagonista – tanto que existe um poster do filme onde vemos um pênis ejaculando.

Vamos ao que funciona. Noé foi eficiente ao desconstruir a linha temporal de Love – os eventos não são mostrados em ordem cronológica, mas conseguimos acompanhar o desenrolar da trama sem problemas. Outro ponto positivo é a fotografia: temos takes belíssimos durante as cenas de sexo. Não gostei do ator Karl Glusman, mas reconheço que o trio composto por ele, Aomi Muyock e Klara Kritin funciona bem para o que o filme pede. A trilha sonora também é boa.

Mas isso tudo não consegue esconder um problema básico: não existe uma história a ser contada! O próprio Noé admitiu que seu roteiro tinha apenas sete páginas. E aí vem a constatação: sem as cenas de sexo, Love não se vende.

(Um dia hei de ver um filme convencional com cenas de sexo explícito que se sustente sem essas cenas. Todos os que conheço só chamaram a atenção por causa das cenas explícitas).

E o pior é que, se como filme convencional, Love é fraco, como pornô é mais fraco ainda. Como comentou um crítico amigo meu, só serve para o cara solteiro que quiser tentar uma chance com aquela amiga cinéfila fã de filme cabeça…

Mas temos que reconhecer que Noé conseguiu de novo. Assim como IrreversívelLove conquistou seu espaço na história do cinema. Pena que foi mais pela polêmica do que pelo cinema.

p.s.: Ah, o 3D. Nem precisa falar que é desnecessário né? E parece que só rola o 3D para ter a cena óbvia, aquela que a gente imagina quando pensa em “pornô” e “3D”…

Ninfomaníaca – Vol 1

Crítica – Ninfomaníaca – Vol 1

Mais uma polêmica by Lars Von Trier!

Um homem encontra uma mulher ferida na rua, e a leva para casa. Ela começa a contar a sua vida e vários casos de sua ninfomania.

Lars Von Trier já tinha incluído cenas gratuitas de sexo explícito em dois filmes anteriores, Os IdiotasAnticristo. Agora ele prometeu algo mais ousado: rostos de atores conhecidos inseridos em cenas explícitas, protagonizadas por dublês de corpo.

Mas… Ninfomaníaca é uma “propaganda enganosa”. Na verdade, três vezes propaganda enganosa!

1- O filme não tem uma conclusão. De repente, o filme para e aparece um trailer do volume dois.

2- O tal sexo explícito só aparece uma vez, e bem rápido. Piscou o olho, perdeu.

3- Tem atores que estão no cartaz que não aparecem, como Willem Dafoe.

Von Trier declarou que seu filme terá várias versões. Supostamente, teremos uma versão completa com cinco horas e meia – esta seria a versão com sexo explícito. Mas, por enquanto, só temos meio filme, e em uma versão reduzida.

A primeira coisa que a gente lembra é de Kill Bill – outro filme dividido em dois “volumes”. Mas Kill Bill vol 1 é bem diferente do 2, Tarantino fez dois filmes distintos. Ainda é cedo pra falar, mas tudo indica que Von Trier só dividiu o filme por razões comerciais (mesmo caso do terceiro Crepúsculo). Ou seja, não precisava, pagamos um ingresso inteiro para ver meio filme.

E aí tem o agravante de ser uma versão “censurada”. Quando Anticristo passou nos cinemas, não tinha a cena de sexo explícito, esta cena foi inserida em uma versão “unrated”. Ou seja, se for verdade que o filme terá 5 horas e meia, espectador está pagando um ingresso pra ver meio filme, e ainda por cima cortado!

Dito isso, nem achei o filme tão ruim quanto os últimos filmes do diretor (as enganações Melancolia e Anticristo). A história flui bem, apesar do papo cabeça com metáforas com a pescaria e com a polifonia musical. E algumas cenas são legais – a sequência da personagem da Uma Thurman é muito boa.

No elenco, uma coisa curiosa. A protagonista era pra ser a Charlotte Gainsbourg, não? Só que ela está contando “causos” de sua juventude. Então a personagem é a mesma, mas a atriz é a estreante Stacy Martin, bem mais bonita que a feiosa Charlotte. E desinibida, a jovem passa metade do filme sem roupa.

Ainda no elenco, Uma Thurman e Christian Slater estão muito bem. Ninfomaníaca ainda conta com Shia LaBeouf, Stellan Skarsgård, Jamie Bell e Connie Nielsen. E, como falei, Willem Dafoe nem dá as caras.

Em termos de imagens fortes, sexualmente falando, Ninfomaníaca é até comportado – tirando a tal cena explícita e uma cena de sexo oral que não dá pra saber se é real ou com uma prótese. Fora isso, temos no cinema recente vários exemplos onde o sexo é mais “real” – vide o último ganhador da Palma de Ouro de Cannes, Azul é a Cor Mais Quente.

Agora resta esperar o resto do filme. Meio filme só merece meia crítica.

p.s.: Vi dois cartazes do filme por aí. Um deles, de tremendo mau gosto, mostra os rostos dos atores em atos sexuais – outra propaganda enganosa, porque nem todos os personagens fazem sexo no filme. O outro, mais discreto, é bem mais interessante. Escolhi este outro para o post.

No Bosque

No Bosque

A sinopse deste filme grego fala algo como “três jovens, dois rapazes e uma moça, realizam uma jornada natureza adentro”, blá blá blá. Mas aí heu pergunto: existe sinopse quando um filme não tem história nenhuma?

No Bosque é uma sucessão de cenas desconexas sem sentido!

Me lembrei daquela picaretagem do Lars Von Trier, o Dogma 95, um movimento anti Hollywood que pregava o não uso de tripés, de luz artificial e de música a não ser que alguém estivesse tocando. O resultado foi uma meia dúzia de filmes toscos e desnecessários.

Aqui é assim. A começar pelo formato da tela, já vemos logo de cara que é uma produção em vídeo. Câmera tremendo, muito close, imagens fora de foco, longos e entediantes planos… Rolam muitas cenas sem diálogos e também sem sentido.

E, pra confirmar a picaretagem, ainda rolam duas cenas de sexo explícitas – gay, diga-se de passagem – completamente desnecessárias…

No Bosque esteve no Festival de Rotterdam 2010. Não conhecia este festival, mas agora sei que não é boa referência.

Lixo. Fujam! Desculpem o trocadilho, mas, fujam para as montanhas, mas não passem pelo bosque!

Srpski film – A Serbian Movie

Srpski film – A Serbian Movie

De vez em quando aparecem por aí uns filmes realmente chocantes. Srpski Film (ou A Serbian Movie) é um deles.

Srpski Film fala de uma lenda urbana da história do cinema: os snuff movies. Um snuff é um filme de sexo onde aconteceria uma morte real. Só que até agora ninguém provou a existência de um snuff

(Com a popularização da internet, já vi sites que mostram supostas mortes reais. Mas confesso que nunca parei pra prestar atenção se é de verdade ou fake…)

A trama de Srpski Film mostra Milos (Srdjan Todorovic), outrora um dos maiores atores pornôs, agora aposentado e em crise financeira. Ele recebe uma proposta para voltar e fazer apenas um filme e ganhar um bom dinheiro e não se preocupar com o futuro. O problema é que não dizem qual o estilo da sua nova produção.

O filme é casca grossa. Violência, tortura, necrofilia, pedofilia… O diretor Srdjan Spasojevic pega pesado nas cenas chocantes – inclusive, o sexo é quase explícito. E o melhor de tudo é que tudo isso está inserido no contexto do filme, nada é gratuito.

Gostei da narrativa da segunda parte do filme. Milos é drogado e acorda três dias depois, e começa a refazer os seus passos para tentar se lembrar do que aconteceu. E a cada passo, a história fica mais pesada, até chegarmos na parte final do filme, um soco na cara do espectador. Causa um desconforto daqueles que dura por dias. Senti algo parecido depois de ver Saló e Irreversível (ambos no cinema).

Por ser um filme extremamente desconfortável, não recomendo Srpski Film para ninguém. Mas reconheço que é um filme muito bom dentro do que se propõe.

Último comentário: baixei uma versão “screener”, com marca d’água durante todo o filme, e algumas vezes aparece escrito na tela “property of Contra Films”. Normalmente, sou contra ver filmes assim, perfiro esperar por versões melhores, mas, um filme desses, não sei quando aparecerá uma outra versão…

Anticristo

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Anticristo

Mais uma picaretagem assinada pelo diretor dinamarquês Lars von Trier. Poucas vezes na minha vida vi um filme tão picareta!

O fiapo de história: um casal que acabou de perder o filho vai para uma cabana no meio de uma floresta para tentar recuperar o casamento em crise.

Ok, nem tudo no filme vai direto para o lixo. Algumas imagens são realmente muito bonitas, e o casal de atores Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg manda bem. Mas isso não atenua o fato: o filme é muito ruim!

Logo no início, na primeira cena, von Trier mostra que seu único objetivo é chamar atenção. O casal está transando no chuveiro, numa bela cena em câmera lenta e fotografada em preto e branco – muito bonita a cena, de verdade, não é ironia. Aí, do nada, um close de sexo explícito! Completamente gratuito! Tem gente cabeça que gosta de enxergar mensagens subliminares em filmes também cabeça, né? Bem, para mim, a mensagem aqui está clara. O diretor está dizendo: “por favor, preste atenção em mim, já que meu filme não tem qualidades, vou inserir uma polêmica gratuita!”

Falei “mais uma picaretagem” lá em cima, não falei? Nos anos 90, Lars von Trier lançou o manifesto anti-Hollywood “Dogma 95”, lembra? E fez um filme segundo as regras do manifesto, Os Idiotas. E, tchã-rã! Lá estava outro sexo explícito sem propósito…

Anticristo está cheio destas “polêmicas gratuitas”. Será que a famosa cena de mutilação vaginal tem algum sentido? Vejamos, a mulher está passando por um grande sofrimento, então pega uma tesoura e mete nas partes íntimas… Bem, para mim não faz sentido. Tampouco faz sentido o cara ter a pena perfurada e não acordar de dor!

Realmente, o filme só vale a pena para quem quiser ver a Charlotte Gainsbourg nua. Isso acontece várias vezes…

O Pornógrafo

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O Pornógrafo

Houve um tempo em que heu via muito mais filmes cabeça. Hoje em dia tenho sido mais seletivo, minha paciência pra esse estilo não tem andado boa…

Mas a história desse aqui me chamou a atenção. Um ex-diretor de filmes pornô quer voltar a filmar, para fazer o filme que sempre quis: uma caçada, onde quem seria caçado seria uma mulher. E então vemos os bastidores disso. Inclusive, com algum sexo explícito rolando na tela.

Um bom roteirista aliado a um bom diretor poderia usar esse argumento e fazer um filme bem legal. Mas não é o caso. É um filme cabeça. E chaaato…

Em vez de termos uma história interessante, vemos longos planos de paisagens, em silêncio. E também longos planos da cara do ator Jean Pierre Leaud, o diretor, pensativo, também em silêncio. Planos longos em silêncio é algo cabeça…

O pior é que tem espaço pra coisas interessantes. Existe um conflito entre o diretor e outro cara, aparentemente é o produtor, e que quer palpitar no estilo de filmagem. Mas esse conflito é deixado de lado. Assim como também são deixados de lado detalhes de problemas com o elenco.

Em vez disso, o enfoque cai para uma desinteressante sub trama do relacionamento do diretor com o seu filho, que se afastou quando descobriu que o pai trabalhava com a indústria pornô…

Ah, sim, tem o sexo explícito! O povo cabeça gosta de um sexo explícito, né? Bem, são apenas duas cenas. A segunda nem sei se conta como sexo explícito, é lááá longe, não dá pra ver muita coisa. Já a primeira, com a atriz pornô Ovidie, é realmente explícita e importante para a trama. Ou melhor, seria importante se a trama desse bola pro conflito diretor vs produtor. Sem o conflito, ficou apenas uma cena jogada… Ficou parecendo jogada de marketing, tipo “ei, vejam o meu filme, ele tem sexo explícito!”. Afinal, cena de sexo por cena de sexo, existem filmes específicos pra isso que funcionam bem melhor!

Aliás, é curioso ver um filme cabeça, cheio de situações cabeça, e, que, ao recriar um diálogo de filme pornô, usa todos os clichês de sempre. Quando a mulher fala pros vaqueiros que quer ver a “pistola deles”, bem, heu já vi diálogos melhores em filmes pornôs de verdade!

Chaaato…

Pink Flamingos

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Pink Flamingos

Existem alguns filmes que entram pra história por serem mais chocantes do que a média. As décadas passam, e esses filmes continuam tão chocantes como na época de seus lançamentos. Filmes como Saló, do Pasolini; ou o quase amador Cannibal Holocaust, ainda impressionam mesmo hoje em dia, num mundo com “menos inocência”.

Pink Flamingos, de John Waters, está nessa lista. É talvez o filme mais bizarro e nojento da história!

O travesti Divine, figurinha fácil nos filmes de John Waters, interpreta a si mesmo. Mora num trailer com a mãe e um casal de filhos, e se orgulha de ter o tíltulo de “the filthiest person alive” – algo como “a pessoa mais obscena viva”. Mas esse título é almejado por um casal que sequestra e engravida jovens – que ficam acorrentadas no porão – para vender seus filhos recém-nascidos para casais de lésbicas.

Bizarro, não? E você ainda não viu nada. A mãe de Divine vive  só com roupas de baixo, dentro de um cercadinho de crianças e só come ovos. O filho faz sexo com uma mulher e uma galinha viva entre os dois, enquanto a irmã se excita assistindo. No meio do filme tem a festa de aniversário de Divine, onde rola, dentre outras coisas, uma cabeça de porco, canibalismo e… hum… como posso dizer… bem, no imdb ele é chamado de “Singing Asshole”…

A cena mais famosa do filme é onde vemos Divine comendo as fezes de um cachorrinho. Sem cortes. Mas a única cena que John Waters se arrepende de ter filmado é uma cena explícita de sexo oral incestuoso…

Mas, diferente do clima sério, pesado e deprimente dos dois filmes que citei lá em cima (SalóCannibal Holocaust), Pink Flamingos é divertido. As atuações são caricatas e exageradas, a câmera é meio mambembe. É tão exagerado que pode ser até engraçado, se você entrar no clima.

Definitivamente não é pra qualquer um. Mas é obrigatório para aqueles que querem conhecer mais a fundo a história da perversão e bizarria no cinema.

Shortbus

shortbus

Shortbus

Em Nova York, uma terapeuta de casais que nunca teve um orgasmo descobre, através de um casal gay de pacientes, um clube de sexo (o Shortbus do título) onde vale tudo. Orgia, homossexualismo masculino e feminino, travestis, sexo a três, sadomasoquismo… Cada personagem está lá para se descobrir e se explorar.

O filme tem varias cenas de sexo explícito… As “perversões” mostradas no Shortbus estão todas lá, jogadas na tela, na cara do espectador. Se por um lado isso é interessante, por não usar a hipocrisia hollywoodiana (onde os casais fazem sexo cobertos pelo lençol, e depois este lençol cobre os seios dela mas deixa o peito dele a mostra), por outro lado me parece sensacionalismo. Algo feito de propósito pra chamar a atenção sobre o filme.

Gostei não. Me parece uma desculpa pra gente cabeça ver filme pornô… Não seria mais honesto pegar numa locadora? Tem filmes pornôs melhores por aí, de vários estilos diferentes, e que mostram mais coisa explícita…

De vez em quando aparece no mainstream um filme desses, com cenas de sexo explícito. E quase sempre é o que mais chama atenção sobre o filme. Neste caso em particular, pelo menos as cenas não são gratuitas, elas têm uma razão para estar lá. Mas me pergunto se este filme “sobreviveria” sem estas cenas. Acredito que o burburinho em torno do filme vai se formar única e exclusivamente por causa do sexo…

Não que tenha sido um filme ruim, como por exemplo foi o Destricted, que passou no Festival do ano anterior, e tinha sequencias onde a picaretagem era tão explícita quanto o sexo. Shortbus tem algumas sequências muito boas, situaçõoes divertidas, uma historia até interessante. Mas nada além disso.

Uma das cenas, a do hino nacional, me lembrou Borat, em sua sequência mais grotesca, quando os dois estao nus correndo pelo hotel. Aqui a cena é bem mais explícita, mas tão engraçada (e grotesca) quanto. E ambas as cenas têm que ser vistas, não dá pra explicar escrevendo…

Em suma, um filme que pode até ser interessante, mas não vai mudar a vida de ninguém.