O Preço da Traição

O Preço da Traição

Novo thriller erótico na área, com um elenco acima da média!

Desconfiada de uma possível infidelidade de seu marido, uma médica contrata uma garota de programa para testar o seu marido. Mas este ato traz consequências imprevisíveis!

Uma coisa admiro no diretor Atom Egoyan. O cara tem talento pra tirar a roupa de suas atrizes. Me lembro de Exotica, de 1994, seu primeiro filme a ser lançado comercialmente aqui, com Mia Kirshner de colegial stripper. E, recentemente, vi A Verdade Nua, que traz, bem à vontade, Alison Lohman e Rachel Blanchard, entre outras. Aqui, não só temos Amanda Seyfried em suas primeiras cenas de nudez, como ainda rola Julianne Moore em cenas de nudez e sexo, ainda com tudo em cima apesar dos seus quase 49 anos.

Mas quando acaba o filme, a gente fica se questionando qual foi o sentido de tudo aquilo. A trama é boba e inverossímel – uma garota de programa não agiria daquela forma!

Apesar disso, os atores estão bem, não só Seyfried e Moore, como também Liam Neeson, que mostrou extremo profissionalismo durante as filmagens – Natasha Richardson, sua esposa, se acidentou e faleceu enquanto o filme era feito.

Mas o resultado final é insosso. Fiquei com vontade de rever thrillers eróticos “clássicos”, como Atração Fatal ou Instinto Selvagem

p.s.: Não confundam este filme com outro O Preço da Traição (Mulholland Falls), de 1996, com Nick Nolte, Chazz Palminteri, Michael Madsen e John Malkovich, onde quem tira a roupa é a Jennifer Connelly!

Garota Infernal

GarotaInfernal2

Garota Infernal

Depois de um evento misterioso, uma cheerleader típica das escolas americanas começa a assassinar cruelmente os colegas.

À primeira vista, Garota Infernal parece ser apenas mais filme de terror adolescente, igual a muitos por aí. Mas alguns nomes na produção chamam a atenção, justamente porque não combinam muito com o estilo.

Acho que o nome mais estranho aqui é o da roteirista (e também produtora executiva), Diablo Cody, que ganhou o Oscar de melhor roteiro por Juno, e depois disso criou a série The United States of Tara. Sei lá, me parece que alguém badalado por projetos mais alternativos não faria um terror com cara de filme trash…

Os dois principais nomes do elenco também não combinam muito com o tema: Megan Fox, a gostosona da vez, recém saída de dois blockbusters (os dois Transformers); e Amanda Seyfried, a filha da Meryl Streep no musical Mamma Mia. Ah, sim, ambas estão com 23 anos, acho que precisariam de atrizes mais novas para representar adolescentes. Mas este é um defeito recorrente em Hollywood.

(Aliás, boa parte da divulgação do filme capitaliza em cima da sensualidade de Megan Fox. No trailer, ela aparece provocante, com pouca roupa, e ainda beija outra garota. Mais: antes do filme, vazaram na internet fotos dela seminua em uma das cenas do filme. E, pelo tipo de entrevista que ela dá, sempre procurando polêmicas, não me espantaria se o vazamento das fotos fosse armado… Principamente porque a nudez não está no filme, só deve rolar nos extras do dvd.)

Mas, afinal, e o filme? É bom?

Olha, não é ruim, mas tampouco é bom. É apenas “mais um filme de terror adolescente”, apesar dos tais nomes incluídos no projeto.

Não só é escrito e estrelado por meninas, também é dirigido por uma, Karyn Kusama, que antes fez o esquisito Aeon Flux, com a Charlize Theron. Mas nem o fato de ser um “filme de meninas” mudou alguma coisa, os clichês são sempre os mesmos.

Os efeitos especiais são eficientes, mas nada de encher os olhos. O roteiro é cheio de furos – vários assassinatos ocorrem numa cidade pequena, e a polícia nunca aparece, por exemplo. Mas se a gente abstrair, pode até se distrair.

Enfim, uma boa diversão, mas apenas para os menos exigentes.

Meninas Malvadas

meninas-malvadas-poster02

Meninas Malvadas

Sou fã do seriado 30 Rock, sitcom escrita e estrelada pela Tina Fey, que conta os bastidores de um programa no estilo do Saturday Night Live (do qual a própria Tina participou). Quando soube que o roteiro deste Meninas Malvadas (Mean Girls no original) era escrito por ela, fiquei curioso pra ver – apesar de não ser muito chegado a comédias adolescentes…

Cady (Lindsay Lohan) é uma adolescente que passou a vida inteira morando na África, por causa do emprego dos pais, e nunca foi a uma escola convencional por isso. De volta aos EUA, já adolescente, tem que aprender a “sobreviver” na escola, onde os grupos sociais são separados. Lá, Cady fica entre dois nerds esquisitões e um grupo de patricinhas muito patricinhas.

Como era de se esperar, são vários os clichês, principalmente na formação dos personagens. Mesmo assim, o filme é divertido e flui bem. Pelo menos até a parte final – acho que o diretor Mark Waters perdeu a mão no momento que o livro com as fofocas é exposto (mas, mesmo assim, a cena do atropelamento é genial!).

De vez em quando Cady observa certos comportamentos sociais e os compara com a savana africana. São momentos muito divertidos!

Enfim, nada que vai mudar a sua vida, apenas uma boa e despretensiosa diversão!

Mamma Mia!

Mamma Mia!

Alguns filmes parece que são feitos para um determinado tipo de público. Este é o caso de Mamma Mia, um musical baseado nas músicas do grupo sueco Abba: se você é fã de Abba, vai adorar. Mas se não for fã…

A idéia é até interessante: várias músicas do Abba são costuradas, criando uma história: uma menina de 20 anos, às vésperas do casamento, descobre que sua mãe teve aventuras amorosas com três diferentes homens antes de engravidar. Assim, ela manda convites para os possíveis pais, para tentar descobrir qual dos três é o verdadeiro pai.

Confesso que não sou fã de Abba (só reconheci 4 músicas!), então não sei se as adaptações foram fiéis ou se as músicas foram modificadas. Mesmo assim, a história quase sempre funciona, apesar dos personagens clichês.

Quase sempre funciona, heu disse. Tem coisas mal pensadas no roteiro, como, por exemplo, a época que o filme se passa. Fala-se de internet, então não se passa há muitos anos. Mas a menina de 20 anos foi gerada na época do “flower power”. Ou seja, uma menina gerada no fim dos anos 60 ou início dos 70, com 20 anos hoje em dia – bem, as minhas contas não bateram…

Um dos pontos positivos é o cenário: o filme se passa inteiramente em ensolaradas e belíssimas ilhas gregas. E o elenco quase funciona.

Sim, heu disse quase de novo. Meryl Streep está ótima como a mãe, e além de boa atriz, também canta bem – o momento “The winner takes it all” é ótimo. Amanda Seyfried não decepciona como a filha. E os 3 candidatos a pai são interpretados por Stellan Skarsgard, Colin Firth e Pierce Brosnan. E, bem, a voz deste último não funciona tão bem assim… Talvez a escolha do elenco devesse pensar também nas vozes que iriam cantar.

Mas, apesar de tudo, o filme diverte. Podia ser um pouco mais curto (precisava de Dancing Queen duas vezes?), mas, mesmo assim, é divertido.