Frank

frank-2014Crítica – Frank

Meio que por acidente, Jon, um tecladista com pouca experiência profissional, entra para o Soronprfbs, uma banda experimental onde o vocalista e líder da banda fica o tempo todo usando uma grande máscara de papel machê.

O Frank deste filme foi inspirado em Frank Sidebottom, personagem criado pelo músico e comediante inglês Chris Sievey, líder da banda The Freshies que usava uma cabeça bem parecida com a do filme nos anos 80. Não conheço o som do Frank Sidebottom, e pelo que li por aí, não tem nada a ver com o som deste Frank. O Frank do filme dirigido por Lenny Abrahamson é uma espécie de Daminhão Experiença misturado com Rogerio Skylab, mais um que de Hermeto Pascoal. Música experimental, com um pé na genialidade e outro na picaretagem.

Não sou um apreciador da música experimental, heu não compraria um disco dos Soronprfbs. Mas admito que é uma ideia muito boa para um filme. Os percalços que Jon tem que enfrentar quando tenta empurrar a banda para um caminho mais mainstream são muito bem construídos, assim como todos os dilemas internos dos membros da banda quando vislumbram o sucesso e o reconhecimento – os caras não querem ser conhecidos, eles querem fazer música pra eles mesmos!

Claro que ter um grande ator ajuda o filme. Michael Fassbender quase não mostra o rosto, e mesmo “escondido” dentro da máscara consegue construir seu personagem com riqueza de detalhes. O curioso é que, teoricamente, o personagem principal era pra ser o tecladista Jon de Domhnall Gleeson (que era coadjuvante de Harry Potter e estará no Star Wars 7 – esse garoto vai longe!), mas Fassbender rouba todas as cenas. Ainda no elenco, Maggie Gyllenhall, Scoot McNairy, François Civil e Carla Azar. Ah, detalhe importante: todas as músicas que rolam no filme foram tocadas pelos atores!

Frank não vai agradar a todos. Aliás, arrisco a dizer: Frank não vai agradar quase ninguém. Mas quem entrar na onda dos Soronprfbs vai curtir.

O Ataque

Crítica – O Ataque

Ué, mas heu já falei de Invasão À Casa Branca! Ah, tá, esse é outro filme…

Um ex-militar quer entrar para a equipe do serviço secreto que protege o presidente dos Estados Unidos, mas não é aprovado na seleção. Sem saber como dar a notícia para sua filha, ele a leva para um passeio à Casa Branca, no mesmo dia que o local é atacado por um grupo paramilitar fortemente armado.

Existe uma prática bastante comum em Hollywood. Quando um estúdio anuncia um projeto, muitas vezes outro estúdio aproveita a ideia e faz um filme com o argumento semelhante. Não é o caso de plágio, são filmes completamente diferentes entre si. Mas um quer “pegar carona” no marketing do outro. É o caso aqui. Não sei qual filme está pegando carona e qual teve a ideia antes, mas são dois projetos bem parecidos. A sinopse é quase igual: “a Casa Branca é invadida, e um cara que não deveria estar lá, sozinho, salva o presidente”.

Uma coisa que chama a atenção aqui é que O Ataque (White House Down, no original) foi dirigido por Roland Emmerich, famoso por filmes catástrofe como Independence Day, 2012 e O Dia Depois de AmanhãO Ataque não é um filme catástrofe, mas segue a mesma fórmula dos outros filmes do diretor: um homem sozinho luta contra forças externas enquanto tudo em volta se quebra. A diferença é que aqui são terroristas destruindo a Casa Branca…

O elenco é repleto de bons nomes. Jamie Foxx se sai bem como presidente; Channing Tatum, mais limitado, não atrapalha com o seu heroi inesperado. E James Woods está bem, apesar de ter um personagem caricato. Ainda no elenco, Maggie Gyllenhaal, Richard Jenkins e a menina Joey King.

O roteiro tem alguns problemas. Além do exercício de patriotada e do excesso de clichês – o que era previsível pelo tema abordado – existe um sério problema de maniqueísmo. E os vilões são entregues logo nas primeiras cenas, o que já estraga muita coisa.

Por outro lado, se a gente se deixar levar pelo fator “filme-pipoca” O Ataque tem um bom ritmo e boas cenas de ação, o que garantem um programa divertido. A única vez que Emmerich se propôs a fazer um filme sério (Anônimo), o resultado ficou abaixo da média. Os pontos altos de sua filmografia são justamente os filmes-pipoca. Afinal, Emmerich segue o velho lema: “cinema é a maior diversão”…

Top 10: Atrizes Feias

Top 10: Atrizes Feias

Duas semanas atrás fiz aqui um Top 10 de atores feios. Por que não fazer um de atrizes feias?

Achei que ia ser difícil encontrar atrizes feias, mas foi mais fácil do que imaginei. Foi mais difícil escolher as 10 aqui do que no de atores! Tiveram algumas feias que mereciam estar aqui, mas tive que cortar, já que este é um Top 10. Menções honrosas para Rhea Perlman (que apesar da feiúra e do sobrenome, não é parente do Ron Perlman) e para as televisivas Rachel Dratch e Kathy Kinney.

Ah, como não usei atores brasileiros no outro Top 10, deixei as brasileiras de fora deste também. Mas, como homenagem, olha lá a Zezé Macedo como imagem principal!

Vamos às feiosas?

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10. Hillary Swank

Comecei o Top 10 de atores feios com um bom ator oscarizado, mas dono de uma beleza “diferente”. O mesmo aqui, com Hillary Swank e seus dois Oscar…

9. Heather Matarazzo

Heather surgiu ainda adolescente, no badalado Bem-Vindo à Casa de Bonecas. Ela cresceu, e até já apareceu sem roupa (em O Albergue 2). E continua muito feia.

8. Rosie Perez

Rosie Perez às vezes faz o papel de “latina gostosa”. Mas pra mim, é o exemplo típico do estilo “raimunda”: feia de cara e boa de – corpo.

7. Maggie Gyllenhaal

Boa atriz, fez bons papeis em vários filmes muito bons. E ainda tem um irmão talentoso, o Jake. Mas é feia que dói.

6. Tilda Swinton

Outra boa atriz. Mas é tão feia que já fez papel de um anjo homem, e não ficou estranho.

5. Tori Spelling

O pai dela é Aaron Spelling, um poderoso produtor em Hollywood. Se não fosse o pistolão do pai, acho que a carreira dela não existiria…

4. Sarah Jessica Parker

A feiosa, líder das peruas de Sex And The City, se acha gostosa. Seu maior feito na vida foi ter casado com Matthew Broderick – o Ferris Bueller em pessoa.

3. Anne Ramsey

Não confunda com outra Anne Ramsey, coadjuvante do seriado Mad About You. Essa daqui é a velhinha apavorante de Goonies e Jogue a Mamãe do Trem.

2. Sandra Bernhard

Sandra é mais comediante do que atriz, mas fez seus filmes. Pela foto, parece que ela está fazendo careta, mas a cara dela é assim mesmo.

1. Rossy De Palma

“Musa” de Almodóvar, Rossy de Palma parece uma pintura. Que deu errado.

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Se você gostou do Top 10: Atrizes Feias, o Blog do Heu recomenda os outros Top 10 já publicados aqui:
filmes de zumbi
filmes com nomes esquisitos

filmes sem sentido
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estilos dos anos 80
melhores vômitos
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melhores finais surpreendentes
melhores cenas de massacre
filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil
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Coração Louco

Coração Louco

Atrasado, mas vi Coração Louco, o filme que deu o Oscar em 2009 para o grande Jeff Bridges!

Com 57 anos, o cantor de country Bad Blake vive à sombra do próprio passado, tocando em buracos quase sempre indignos do seu talento, acompanhado de muito cigarro e muito álcool. O orgulho o impede de se aproximar de Tommy Sweet, um cantor mais novo que no passado foi seu pupilo, e hoje goza de grande fama e prestígio. Apesar de vários casamentos frustrados, Bad ainda faz uma nova tentativa com a jovem jornalista Jean.

Jeff Bridges está ótimo, como sempre. Admito que sou fã do cara, caramba, ele é o Dude Lebowski! E não só isso, é só olhar o currículo dele pra virar fã: Tron, Starman, O Pescador de Ilusões… Ele estava até em Homem de Ferro! Confesso que Bad Blake não é o meu personagem preferido de sua carreira recente – ele merecia um prêmio por Os Homens Que Encaravam Cabras, isso sim! Mas pelo menos o Oscar foi para a pessoa certa.

O resto do elenco também está ok. Colin Farrell, sei lá por que, não está nos créditos principais, mas tem um dos principais papeis como Tommy Sweet. E Maggie Gyllenhaal, feinha mas simpaticíssima, está perfeita como Jean, a mulher que sabe que precisa manter distância do homem que ama. E ainda tem Robert Duvall num papel pequeno.

Preciso falar da parte musical. Por um lado, é legal ver Bridges e Farrell cantando e tocando, gosto muito quando os atores “colocam a mão na massa” e conseguimos vê-los cantando e tocando (confira nos créditos: eles não foram dublados!). Mas, por outro lado, não sou chegado em música country… Mesmo assim, reconheço o bom trabalho – e não estou sozinho, a Academia deu à canção “The Weary Kind” o outro Oscar de Coração Louco.

Coração Louco é o filme de estreia do diretor Scott Cooper, que também escreveu o roteiro. O filme é interessante, mas é o tipo de filme que não tem muito como ser criativo. É aquilo, cantor veterano tem problemas com álcool, com mulheres, com ego… e depois tem problemas com álcool, com mulheres, com ego… Não sou muito fã do estilo, então não virei fã do filme. Mas é sempre um prazer ver Jeff Bridges atuando bem!

Batman – O Cavaleiro das Trevas

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Batman – O Cavaleiro das Trevas

Acho que este foi o filme mais falado do ano passado… É um filme que consegue agradar a todos: aos fãs de quadrinhos, aos fãs de filmes de ação, e aos fãs do bom cinema independente do estilo. Então, o que falar agora, já que todos falaram por aí?

Sim, a atuação do Heath Ledger é impressionante, assim como Aaron Eckhardt e Gary Oldman (como sempre) mandam bem. Sim, as sequências de ação são de tirar o fôlego – nem parece que são duas horas e meia de filme.

Gotham City está um caos: enquanto o crime organizado tenta destruir Batman, anônimos vestem fantasias e tentam combater o crime por conta própria. Ao mesmo tempo, surge um “Cavaleiro Branco”, o promotor Harvey Dent, um homem íntegro e que, diferente do Batman, mostra a cara. E aí surge o melhor vilão dos últimos tempos: o Coringa.

O Coringa de Ledger é genial. Deve até ganhar o Oscar póstumo domingo que vem. Mas independente disso, é genial. O jeito de andar, de falar, a ironia, a loucura, mostram que o único objetivo deste coringa é criar o caos. Desculpe, Jack Nicholson, um “garoto” te passou pra trás…

Outra coisa boa de se ressaltar é a quantidade de efeitos especiais que “estão lá” – usa-se pouco CGI, as explosões são verdadeiras, as perseguições de carro também. Numa época onde tudo é feito no computador, bola dentro para Christopher Nolan e seu “filme-sem-cara-de-computador”.

Não gostei da Maggie Gyllenhaal no lugar da Katie Holmes. Ela é boa atriz, mas acho que a franquia merecia uma atriz mais bonita (afinal, já tivemos até Nicole Kidman e Michelle Pfeiffer!). Mesmo assim, ela funciona, assim como todo o elenco.

Enfim, um forte candidato a ser lembrado sempre como “um dos melhores filmes de super-heróis”, como é o caso do Superman de 1978…