Os Caça-Fantasmas

Os Caça-Fantasmas

Mais um clássico dos anos 80 revisto aqui no blog!

Despejados do departamento de parapsicologia da universidade onde trabalhavam, três cientistas resolvem inovar e criar um novo negócio: uma firma de caçadores de fantasmas. Coincidentemente, uma antiga entidade está prestes a invadir Nova York.

Os Caça-Fantasmas foi um grande sucesso nos anos 80. Uma rara mistura entre comédia e terror, que é assustador onde pede para ser, mas nunca deixa de ser engraçado – e isso tudo sem nunca cair no trash.

Os Caça-Fantasmas foi dirigido por Ivan Reitman, que foi um grande nome nos 80 e nos 90, com títulos como as três comédias de Arnold Schwarzenegger (Irmãos Gêmeos, Um Tira no Jardim de Infância e Júnior) no currículo. Hoje ele anda devagar, parece que deixou a profissão para o filho, Jason Reitman, de Juno e Amor Sem Escalas.

O elenco é muito bom. Bill Murray, Dan Aykroyd e Harold Ramis (os dois últimos também escreveram o roteiro), afiadíssimos, fazem o trio inicial de caça-fantasmas; Rick Moranis repete o papel de “looser” que o tornou famoso nos anos 80; e Sigourney Weaver e Annie Pots têm os papéis principais femininos. A bola fora, na minha humilde opinião, é Ernie Hudson como o quarto caça-fantasma. Sei lá, achei forçado, parece que sentiram necessidadede um ator negro no elenco. Me parece que Hudson está deslocado…

Os efeitos especiais traziam o melhor da tecnologia da época. Hoje, quase 25 anos depois, alguns ainda funcionam, outros “perderam a validade”. Mas nada que atrapalhe o filme, que ainda flui normalmente.

Também é preciso falar da trilha sonora. O tema GhostBusters, de Ray Parker Jr, foi um grande sucesso na época. “Who you gonna call? Ghostbusters!”

Cinco anos depois, o diretor e quase todo o elenco voltaram para uma continuação. E ainda rolou um desenho animado depois. E agora rolam boatos de uma terceira parte para 2012!

E agora fica a dúvida: Os Caça-Fantasmas “sobreviveu” ao tempo? Afinal, o filme é de 1984!

Claro que ainda funciona! Vi com minha filha de 9 anos. Tem algumas cenas com conotação sexual, mesmo assim, pode ser uma boa diversão para toda a família!

Zombieland

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Zombieland

Heu já estava pilhado para ver este filme, só pelo simples fato de ser uma comédia de humor negro sobre zumbis. Aí um amigo meu falou de uma versão maomeno que estava rolando pela internet. Não resisti e baixei. E não me arrependi!

A trama do longa de estreia de Ruben Fleischer traz todos os clichês de filmes de zumbi, e faz piada com todos eles. Nos EUA devastados por uma epidemia de zumbis, poucos sobreviventes tentam continuar vivos enquanto procuram um lugar seguro para ficar.

A ideia parece meio trash, não? Mas a produção do filme não segue este caminho. A produção é boa, temos algumas belíssimas cenas em câmera lenta, lembra um pouco o visual de 300. Sabe aquelas batalhas em câmera lenta? Agora imagine cenas semelhantes, só que mostrando ataques de zumbis!

Outro detalhe interessante são as “regras de sobrevivência”, do personagem Columbus, mostradas na tela como se fossem letras em 3D. Muito legal!

Woody Harrelson lidera o pequeno elenco, de só quatro personagens – todos eles com nomes de cidades americanas. Os outros nomes são Jesse Eisenberg, Emma Stone e Abigail Breslin (a menininha de Pequena Miss Sunshine e Três Vezes Amor). E uma participação especial genial de Bill Murray, interpretando ele mesmo.

Claro que algumas das situações mostradas no filme são absurdas. Quem iria andar numa montanha russa enquanto atira em zumbis? Mas, se você não quiser ver situações absurdas, ora, por que diabos resolveu ver uma comédia de humor negro com zumbis? 😛

Desde já, podemos colocar Zombieland ao lado de outras boas comédias recentes semelhantes, como Fido – O Mascote e Todo Mundo Quase Morto.

A Pequena Loja dos Horrores

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A Pequena Loja dos Horrores

Antes de falar do filme certo, vou começar falando de algumas décadas antes…

Nos anos 50 e 60, um diretor chamado Roger Corman ficou famoso por fazer muitos filmes de terror de baixo orçamento. Eram vários por ano! Um dos casos é famoso: em 63, ao ter um “grande” orçamento para filmar O Corvo, baseado em Edgar Allan Poe, ele aproveitou partes do cenário e do elenco e fez outro filme, O Terror, em apenas 4 dias. Não satisfeito, ele filmou um prólogo como se fosse alguém contando uma história, e incluiu o que já tinha filmado, criando um terceiro filme! Perder dinheiro era algo que ele não sabia fazer!

Bem, no meio de tanta coisa, pouco se aproveitava. Roger Corman é considerado genial até hoje, mas a qualidade da maioria dos seus filmes é questionável…

Um de seus filmes, A Pequena Loja dos Horrores, mostrava uma planta carnívora alienígena que mudava a vida de um pacato funcionário de uma floricultura. Uma curiosidade sobre esse filme: um jovem Jack Nicholson fazia um pequeno papel como um paciente masoquista de dentista sádico!

Bem, anos se passaram, e criaram uma versão musical pra esse filme, no teatro Off-Broadway.

Até que (enfim!) chegamos a 1986, data de lançamento do filme do qual estou falando. Uma versão da peça de teatro que por sua vez era uma versão do filme de terror B!

A Pequena Loja dos Horrores de 1986, claro é um musical. Dirigido por Frank Oz, um dos criadores dos Muppets (e criador do boneco e da voz do Yoda!), conta a história de um funcionário de uma floricultura, um típico “loser”, que tem sua vida mudada, quando encontra uma planta diferente e especial. Aos poucos, descobre que a planta se alimenta de sangue, e que ela veio de outro planeta.

O elenco é perfeito! Rick Moranis era o perfeito “loser” dos anos 80, época que fez papéis semelhantes em Os Caçafantasmas, Querida, encolhi as crianças, S.O.S. – tem um louco solto no espaço, e vários outros. E não é que aqui ele até canta? Ellen Greene, como Audrey, foi “reaproveitada” do elenco do musical, e impressiona quando solta o vozeirão. Steve Martin está perfeito como o dentista sádico. Vincent Gardenia faz o dono da floricultura, e o filme ainda conta com participações de John Candy, James Belushi e Bill Murray. E, last but not the least, temos Levi Stubbs, a voz principal do grupo Four Tops, como a voz da planta!

A planta! Audrey 2, como é chamada, é um espetáculo à parte. Numa época sem efeitos computadorizados, a planta cresce, se movimenta, pula, fala e canta! Os movimentos labiais são perfeitos! Audrey 2 fez o filme concorrer ao Oscar de melhores efeitos especiais – na época se falava que era o “monstro de Hollywood” mais perfeito desde E.T.!

Outra coisa a ser destacada no filme é a direção de arte. O filme tem um maravilhoso visual kitsch. É exagerado de propósito – o filme é todo feito em estúdio, com cenários caricatos. Se formos analisar, o filme é extremamente bem feito, apesar de parecer extremamente vagabundo.

E, claro, as músicas são sensacionais. Recomendo esse filme para qualquer fã de cinema. Mesmo aqueles que não gostam de musicais.