Esquadrão Classe A

Esquadrão Classe A

“Se você tem um problema, se ninguém pode ajudá-lo, e se você puder achá-los, talvez você possa contratar o Esquadrão Classe A”. Alguém se lembra disso?

Estreou ontem o longa baseado no divertido seriado dos anos 80. A ideia é arriscada, temos alguns exemplos que não deram certo, como Os Gatões. Mas desta vez, acertaram a mão!

O Esquadrão Classe A é um grupo de ex-militares meio fora do padrão, mas que conseguem realizar missões consideradas impossíveis. Pela sua natureza meio marginal, acabam vivendo no limite da lei. Aqui conhecemos o início do grupo.

O filme dirigido por Joe Carnahan é muito divertido e conseguiu captar o espírito da série, que trazia cenas de ação exageradas e mentirosas com muito bom humor. Todos os elementos da série estão presentes: os planos mirabolantes de Hannibal, os galanteios de Cara-de-Pau, as maluquices de Murdock e o temperamento instável de BA.

O elenco foi muito bem escolhido. Liam Neeson e Bradley Cooper estão bem como o coronel John “Hannibal” Smith e o tenente Templeton “Cara-de-Pau” Peck, e Sharlto Copley rouba a cena com o seu alucinado capitão H.M. Murdock. Ficou para Quinton Jackson tentar o impossível: substituir Mr. T e o seu sargento Bosco “BA” Barracus (claro que sentimos falta do Mr. T, mas, fazer o que?). Completam o elenco Jessica Biel, Patrick Wilson, Brian Bloom e Henry Czerny.

O filme não é comédia, mas tem momentos hilários. Sharlto Copley é a melhor coisa do filme, está inspiradíssimo como o louco Murdock. Curioso que li uma entrevista dele na época do lançamento de Distrito 9, dizendo que não pretendia seguir a carreira de ator. Que bom que ele mudou de ideia! Ele é o alívio cômico perfeito!

Alias, já que lá em cima falei em mentira, este filme parece querer redefinir o que conhecemos como mentira no cinema. Esquadrão Classe A traz várias sequências exageradamente mentirosas! Várias vezes ao longo do filme, você pensa “ah, mas isso é impossível!”. Sim, e esta é a graça!

Algumas das sequências são sensacionais. A fuga aérea do tanque é mentirosa, divertida e de tirar o fôlego. O mesmo podemos dizer da sequência inicial, da parte onde eles roubam as placas, do momento pendurado no edifício na Alemanha… Tudo isso para culminar na cena onde containers parecem peças de dominó!

Enfim, um excelente filme para os fãs do seriado e para quem curte um bem humorado filme de ação. E tudo indica que teremos continuações. Tomara que mantenham o nível!

Ah, sim, fiquem no cinema até o fim dos créditos! Temos uma curta cena com participação especial de Dirk Benedict e Dwight Schultz, o Cara de Pau e o Murdock originais!

Idas e Vindas do Amor

Idas e Vindas do Amor

Alguns filmes deveriam vir com recomendações médicas. Este Idas e Vindas do Amor não é recomendado para diabéticos, devido ao alto teor de açúcar apresentado na tela!

A trama de Idas e Vindas do Amor limita-se a mostrar várias historinhas de casais no dia dos namorados gringo (14 de fevereiro). Para isso, temos um grande elenco estelar, cada um com apenas alguns momentos na tela. Momentos românticos e bobinhos. E previsíveis, muito previsíveis.

Idas e Vindas do Amor é previsível ao extremo. Conseguimos adivinhar quase todas as situações do filme. Pra ser sincero, acho que o único desfecho que heu não esperava era o da Julia Roberts.

Falei lá em cima em elenco estelar, não? Além da Julia Roberts, temos Anne Hathaway, Jessica Biel, Jessica Alba, Jennifer Garner, Kathy Bates, Jamie Foxx, Patrick Dempsey, Shirley McLane, Hector Elizondo, George Lopez, Topher Grace, Ashton Kutcher, Taylor Swift, Taylor Lautner, Queen Latifah, Eric Dane, Bradley Cooper, Emma Roberts, e ainda rola espaço para uma cameo não creditada de Jon Mantegna!

(Como fã da falecida série That 70’s Show, fiquei com pena do roteiro não mostrar Topher Grace e Ashton Kutcher juntos em nenhum momento!)

O americano Idas e Vindas do Amor lembra muito o inglês Simplesmente Amor, que tem mais ou menos a mesma estrutura e também conta com um elenco estelar. Na minha humilde opinião, o britânico é melhor…

Mas não adianta reclamar, afinal, quem vai ver um filme desses, deve saber o que está procurando. E, dentro do que ele propõe, o filme é até eficiente. Eficiente, bobinho e “fofo”. Sim, pode levar a namorada / esposa, que ela vai achar o filme fofo! 😉

Só achei esquisito não esperarem para lançar o filme em junho, perto do nosso dia dos namorados. Não acho que este estilo ia perder tanto com a pirataria se atrasasse apenas quatro meses…

Se Beber, Não Case!

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Se Beber, Não Case!

Quatro amigos vão para Las Vegas para a despedida de solteiro de um deles. Só que, na manhã seguinte, quando acordam no meio de uma ressaca enorme, com um caos no quarto do hotel, descobrem que não se lembram de nada que aconteceu na noite anterior.

Sim, tem cara de comédia pastelão besta. Ou então mais um “filme com cara de Judd Apatow” (O Virgem de 40 anos) – comédias bem construídas, mas pouco engraçadas. Mas não – o filme (The Hangover no original) é uma agradável surpresa, muito engraçado e cheio de piadas politicamente incorretas.

A estrutura lembra um pouco Cara, Cadê meu Carro?, onde Sean William Scott e Ashton Kutcher precisam refazer os passos da noite anterior para descobrir onde deixaram o carro. Aqui, os três amigos acordam em Las Vegas e não se lembram de nada que aconteceu na última noite. Só que, diferente do outro filme, em vez do carro, eles perderam o noivo – dois dias antes do casamento!

Um dos trunfos do filme do diretor Todd Philips e dos roteiristas Jon Lucas e Scott Moore é o elenco, de nomes quase desconhecidos. Os três amigos do noivo, Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms) e Alan (Zach Galifianakis), cada um com sua personalidade distinta, são muito bem construídos. A improvável amizade entre os três é responsável por boa parte das piadas do filme.

Os personagens secundários também são legais, e aqui temos pelo menos dois rostos conhecidos. Heather Graham (a Rollergirl de Boogie Nights) faz uma prostituta boazinha, e Mike Tyson – sim, o boxeador – interpreta ele mesmo.

O título em português é que é horrível. Afinal, não tem nada a ver com o enredo do filme… Por que não uma simples tradução: “A Ressaca”?

O Último Trem / The Midnight Meat Train

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O Último Trem /The Midnight Meat Train

Um fotógrafo, atrás de fotos mais realistas, sai pela noite de Nova York, e acaba encontrando um serial killer que busca suas vítimas no metrô de madrugada.

Baseado no conto homônimo de Clive Barker (Hellraiser), O Último Trem / The Midnight Meat Train é um bom filme de terror despretensioso. Digo isso porque foi mal lançado, enquanto porcarias como Os Estranhos passam nos cinemas…

O filme tem muito gore. Muitas cenas graficamente explícitas, muito sangue. Bom para os fãs do gênero!

Um dos melhores achados do filme foi colocar Vinnie Jones no papel de Mahogany, o sinistro e quieto assassino. Todo mundo conhece o tipo de papel que ele costuma fazer, aquele “cara grandalhão e mal-encarado que quando encara você é melhor atravessar a rua e ir para a outra calçada” (como em Snatch ou em 60 Segundos). Pois bem, aqui ele empresta a sua cara mal-humorada para um perfeito serial killer.

Outra curiosidade: uma das mortes mais “legais” (graficamente falando, vendo pelo lado do gore), quando um cara leva uma marretada na nuca e seus olhos saltam para fora das órbitas, é protagonizada por um tal de Ted Raimi, irmão do Sam Raimi, diretor das trilogias Evil Dead e Homem Aranha, entre outros bons filmes.

A parte final do filme é meio estranha, o filme toma um rumo diferente que talvez desagrade algumas pessoas. Mas nada grave, na minha opinião.