Dirty Girl

Crítica – Dirty Girl

1987. Danielle é a “bad girl” da escola. Seu mau comportamento faz com que ela seja transferida para uma turma especial, só de alunos problemáticos, onde ela é escalada para um trabalho de grupo ao lado de um gordinho gay.

Mistura de drama com comédia com “road movie”, Dirty Girl é um bom filme independente e por enquanto obscuro por aqui pelo Brasil – esse só deve chegar através de dvd, acho difícil ver um filme desses no cinema.

Longa de estreia do diretor e roteirista Abe Sylvia, Dirty Girl tem um problema: a primeira metade é melhor que a segunda. Senti uma queda no ritmo. Não que o filme tenha ficado ruim, mas é uma pena que o bom pique inicial não aguente a hora e meia de projeção.

No elenco, o grande nome é Juno Temple. Ainda desconhecida do grande público, Juno esteve em Desejo e Reparação e no novo Os Três Mosqueteiros, além de ter estrelado o bom (e underground) Kaboom – ela também está no novo Batman, mas esse ainda não estreou. Juno está ótima aqui, como uma garota que desperta ao mesmo tempo amor e ódio. O quase estreante  Jeremy Dozier também está muito bem como Clarke, o amigo gordo, gay e com problemas com o pai. Ainda no elenco, Milla Jovovich, Mary Steenburgen, Nicholas D’Agosto e William H. Macy.

Ah, preciso falar de um dos melhores personagens: Joan, o “saco de farinha”. Um trabalho da escola aproxima Danielle e Clarke: eles precisam cuidar de um saco de farinha como se fosse um filho. Eles pegam um pilot e desenham dois olhos e uma boca, o batizam de Joan e passam a carregar o saco de farinha para tudo quanto é canto. E os olhos e a boca (pintados) de Joan reagem a cada cena, criando um alívio cômico discreto e genial.

Gostei muito da ambientação do filme. Mas acho que os figurinistas erraram. O filme se passa em 1987, mas aqueles penteados e roupas estão mais próximos dos anos 70 do que dos 80. Se pelo menos fosse no início dos anos 80, ainda dava, mas 87 o visual já era outro…

Falando em cabelos, achei a Juno Temple a cara da atriz pornô Traci Lords. Não sei se foi intencional, mas, lá pra 87, Traci tinha um visual parecido. Vejam aqui:

(Traci Lords é a de cima…)

Enfim, Dirty Girl não é um filme essencial, mas é uma boa opção – principalmente pra quem curte os anos 80.

God Bless America

Crítica – God Bless America

Frank é um homem de meia idade, frustrado com a vida e com problemas de relacionamento com a filha, que mora com sua ex. Ao mesmo tempo que é demitido injustamente, descobre que tem uma doença terminal. Resolve então aproveitar o resto de sua vida, matando pessoas inúteis – desde participantes de reality shows e homofóbicos até pessoas que falam ao celular dentro do cinema.

O que me chamou a atenção para este filme foi o nome do diretor/ roteirista Bobcat Goldthwait. O leitor pode não ter boa memória, mas heu me lembro bem dele, era o Zed, um dos melhores personagens da série Loucademia de Polícia. Não ouço falar dele há tempos, mas a sinopse do seu filme pareceu interessante.

Logo no início de God Bless America, uma cena quase estraga o filme. Frank tinha um objetivo interessante ao longo do filme: atacar pessoas falsas e vazias. A invasão ao apartamento vizinho – justamente a cena inicial – muda o alvo, para algo que não tem nada a ver. Vou falar que quase perdi a vontade de continuar a ver o filme. Felizmente, a cena inicial é exceção. O foco do filme é outro, muito mais interessante.

A ideia da crítica social é interessante. A nossa sociedade é cheia de pessoas que idolatram valores errados, e muitas vezes temos vontade de atacar essas pessoas. Goldthwait consegue levantar a questão, mas, infelizmente, se perde no desenvolvimento. Alguns diálogos parecem forçados, parece que Goldthwait queria defender algumas ideias, mas se perdeu no meio do caminho.

O elenco é composto basicamente de dois atores (tem mais, mas todos em papeis pequenos), os pouco conhecidos Joel Murray, como Frank, e Tara Lynne Barr, como a adolescente que o acompanha. A química entre os dois é interessante, ambos fazem um bom trabalho. God Bless America ainda traz uma boa quantidade de violência gráfica, e uma boa dose de humor negro.

O resultado final fica abaixo de obras como Assassinos Por Natureza, do Oliver Stone. Mas serve para levantar a discussão sobre a futilidade da sociedade onde vivemos.

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Homens de Preto 3

Crítica – Homens de Preto 3

Dez anos depois do segundo filme, chega aos cinemas o terceiro MIB!

Um alienígena criminoso viaja no tempo e mata o agente K (Tommy Lee Jones), aterando a linha do tempo. J (Will Smith) precisa voltar no tempo para 1969 e encontrar o jovem agente K (Josh Brolin), para salvá-lo, e também salvar o planeta e a raça humana.

Já faz um bom tempo que não vejo os dois primeiros filmes, então não posso comparar. Mas posso dizer que, assim como os outros dois, este novo Homens de Preto é bem divertido!

Barry Sonnenfeld, que andava meio sumido, volta à cadeira de diretor – ele também dirigiu os outros dois, Homens de Preto (1997) e Homens de Preto 2 (2002). Mais uma vez ele consegue encontrar um bom equilíbrio entre a ação, a comédia e a ficção científica. E ainda acrescenta à trama uma bem bolada viagem no tempo.

Will Smith e Tommy Lee Jones repetem a boa parceria (que já foi citada aqui no Top 10 de melhores duplas policiais). Pena que dura pouco tempo, a maior parte do filme é com Josh Brolin no papel de K. Nada contra Brolin – o cara merece o meu respeito, esteve em Goonies, Planeta Terror e dois filmes seguidos dos irmãos Coen, Onde os Fracos Não Têm Vez e Bravura Indômita! – mas confesso que prefiro Jones no papel. Além do trio principal, o elenco conta com Emma Thompson, Alice Eve e Bill Hader. Jemaine Clement e Michael Stuhlbarg também mandam bem como dois carismáticos alienígenas.

O elenco está bem, mas tem uma coisa que me incomodou – aliás, um erro recorrente em Hollywood: a idade dos atores. Josh Brolin é 22 anos mais novo que Tommy Lee Jones, diferença de idade incompatível para fazer o mesmo personagem em um intervalo de 43 anos. Mas, até aí, ainda vai, porque o K de Brolin era para ser mais novo e ter cara de mais velho (ele fala que tem 29 no filme, enquanto o ator está com 44 anos). O pior problema está com a Emma Thompson, que tem 53 – e tem cara de quem está com seus cinquenta anos. Ela não poderia ser adulta em 1969, muito menos ser interpretada por Alice Eve, que tem 30 anos e aparenta a idade que tem. O intervalo de tempo deveria ser menor, ou então deveriam escolher atores com idades mais próximas aos personagens.

Deixando este “detalhe” de lado, Homens de Preto 3 é bem divertido. Gostei muito da reconstituição de 1969, com aliens semelhantes aos dos filmes da época; assim como gostei das referências ao universo pop (Lady Gaga, Andy Warhol). Também achei boa a solução apresentada pelo fim do filme.

Ainda preciso falar da bem cuidada maquiagem, ao cargo do veterano Rick Baker (Guerra nas Estrelas, Um Lobisomem Americano em Londres, o videoclipe Thriller do Michael Jackson) – são vários os alienígenas criativos, todos muito bem feitos. Outros destaques são os excelentes efeitos especiais e a boa trilha sonora de Danny Elfman.

Deu vontade de rever os outros filmes…

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Anjos da Lei

Crítica – Anjos da Lei

Mais uma ideia reciclada…

Dois jovens recém formados na academia de polícia são enviados para uma divisão que coloca policiais disfarçados dentro de escolas, atrás de uma nova droga sintética.

Todo mundo sabe que este filme é baseado numa série que passou aqui no fim dos anos 80 / início dos anos 90. Mas na verdade, acredito que poucos se lembrem da série em si, mas sim do seu ator principal, um jovem (e ainda desconhecido) Johnny Depp – que faz aqui uma participação especial, “validando” a franquia. Se não fosse por Depp, acho que Anjos da Lei iria continuar desconhecido…

A adaptação para os dias de hoje ficou boa – o ambiente escolar americano não é exatamente igual ao que era nos anos 80. Mas achei que a produção cometeu um erro na escalação do elenco principal. Jonah Hill, com 29 anos, e Channing Tatum, com 31, não seriam velhos demais para convencer em uma volta à escola, para contracenar com garotos de 17 anos? Qual o problema de pegar atores de vinte e poucos anos? (Depp tinha 24 quando começou o seriado).

Se a gente deixar pra lá o fato de um ator de mais de 30 se passar por um adolescente, Anjos da Lei (21 Jump Street, no original) é até divertido. Dirigido por Phil Lord e Chris Miller, que antes fizeram a animação Tá Chovendo Hamburguer, Anjos da Lei tem um bom equilíbrio entre ação e comédia – algumas piadas são bobas, mas o roteiro tem algumas boas sacadas, como a sequência com os efeitos da droga, ou as explosões de carros. E não é todo filme que tem uma perseguição com limusines…

A dupla principal de atores, se não tem a idade coerente, pelo menos tem boa química e gera alguns bons momentos ao longo do filme. Ainda no elenco, Ice Cube, Brie Larson e Dave Franco (com 26 anos, também velho para o papel), além de pontas de Depp, Richard Grieco e Peter DeLuise, atores da série original.

Anjos da Lei não chega a ser um bom filme, mas não deve decepcionar os menos exigentes.

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Um Natal Muito Louco

Crítica – Um Natal Muito Louco

O primeiro Madrugada Muito Louca é bem divertido. O segundo tem alguns bons moments, mas é bem mais fraco. Heu não esperava muita coisa do terceiro. Mesmo assim, fui ver qualé.

Seis anos depois dos acontecimentos do último filme, hoje Harold e Kumar estão distantes um do outro. Uma misteriosa encomenda faz os dois se reencontrarem, e por causa de um acidente, eles precisam encontrar uma árvore de natal urgentemente.

Um Natal Muito Louco (A Very Harold & Kumar 3D Christmas, no original) é um filme “honesto”, não engana ninguém. O título original do filme já entrega o que veremos: piadas do mesmo estilo dos outros dois filmes, só que desta vez usando efeitos em 3D e tendo o Natal como pano de fundo.

O estilo de humor usado aqui não agrada a todos. Heu mesmo achei bobas boa parte das piadas. Mas admito que algumas são realmente engraçadas. Adorei os momentos politicamente incorretos do bebê experimentando drogas!

O elenco repete a dupla principal, John Cho e Kal Penn, e a participação de Neil Patrick Harris, como acontece nos outros dois filmes. Aliás, como acontece nos outros, a pequena participação de Harris é uma das melhores coisas do filme. Além dos três, o elenco ainda conta com Elias Koteas, Danny Trejo, Thomas Lennon e Paula Garces.

Ah, ainda preciso falar do 3D. Aqui o efeito é usado com o espírito “parque de diversões”, que nem acontece nos divertidos filmes de terror Piranha e Dia dos Namorados Macabro – qualquer coisa é desculpa para se atirar um monte de coisas na direção do espectador. Bem mais interessante do que um filme convertido em 3D apenas pra aumentar o preço do ingresso!

Quem curtiu os outros, pode ir sem medo. Só não sei se vai passar no cinema, acho que por enquanto só por download.

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Fase 7

Crítica – Fase 7

Uma comédia apocalíptica feito na Argentina!

Um prédio de apartamentos é isolado em quarentena depois que uma epidemia de um vírus mortal se espalha. Os moradores têm que se virar sozinhos agora.

Claro, a primeira coisa que a gente lembra é REC : moradores de um prédio de apartamentos colocados em quarentena por suspeita de um vírus – e ainda é falado em espanhol! Mas não, Fase 7 não é nada parecido com REC.

Em primeiro lugar, Fase 7 é uma comédia. O clima às vezes lembra Todo Mundo Quase Morto, mas o humor aqui é bem mais contido. Mais: a ameaça é um vírus fatal, invisível, não temos um inimigo presente como um zumbi.

Escrito e dirigido por Nicolás Goldbart, Fase 7 tem como trunfo justamente ser uma produção despretensiosa. O protagonista Coco age como a maioria de nós agiríamos em uma situação parecida. A trilha sonora, que parece uma homenagem a John Carpenter, ajuda na construção de um “filme B simpático”.

Não gostei do fim, acho que Fase 7 poderia ter acabado alguns minutos antes (logo depois da parte onde Coco sai do prédio). Não chega a estragar o filme, mas acho que seria melhor se o fim fosse outro.

Um último comentário, para aqueles que falam português: fica estranho o casal protagonista se chamar “Pipi” e “Coco”, não? 🙂

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Roubo nas Alturas

Crítica – Roubo nas Alturas

Filme novo com Ben Stiller, Eddie Murphy e Mathew Brodderick? Ok, vamos ver qualé.

Quando funcionários de um prédio de luxo de Nova York descobrem que caíram em um golpe, aplicado pelo rico morador da cobertura, eles resolvem se unir para tentar roubá-lo e recuperar o dinheiro perdido.

Roubo nas Alturas (Tower Heist, no original) é um daqueles filmes onde um bom elenco sustenta uma trama divertida e improvável. O plano do assalto tem algumas situações meio forçadas, mas o filme não deixa de ser interessante por isso.

O melhor de Roubo nas Alturas é sem dúvida o elenco. Eddie Murphy está bem diferente do “estilo Norbit” – onde ele faz vários papeis em uma comédia com humor de gosto duvidoso. Aqui, Murphy tem um papel secundário, e seu personagem lembra os bons tempos de comédias policiais, como Um Tira da Pesada. Gosto do Ben Stiller, ele não é um grande ator, mas sabe muito bem escolher os seus projetos, tanto como ator, quanto como diretor (tipo Trovão Tropical). E sou fã de Mathew Brodderick – pô, o cara é o Ferris Bueller! Brodderick tem um papel menor aqui, e mesmo assim é uma das melhores coisas do filme. E os três não estão sozinhos, o elenco ainda conta com outros bons nomes como Téa Leoni, Alan Alda, Casey Affleck, Michael Peña e Gabourey Sidibe.

A direção ficou a cargo de Brett Ratner, profissional competente mas sem muita personalidade – o cara dirigiu A Hora do Rush, Dragão Vermelho, X-Men 3… Como o filme é construído em cima do bom elenco, Ratner só tem que ficar quieto e não atrapalhar. E a parte técnica segue a mesma filosofia de não atrapalhar o trabalho dos atores – tudo certinho, tudo até meio previsível. Gostei das locações, com algumas belas paisagens de Nova York.

Roubo nas Alturas não vai virar o filme preferido de ninguém. Mas pode ser uma boa diversão, se você estiver no clima certo.

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Superman 3

Crítica – Superman 3

Depois de ver os dois primeiros, encarei o terceiro Superman, de 1983, nitidamente inferior aos outros.

Gus Gorman é um desempregado trapalhão que resolve fazer um curso de informática e vira um super gênio dos computadores da noite para o dia. Um rico empresário resolve usar os seus talentos para o mal – e para derrotar o Superman.

Superman 3 é um desastre. Parece que não se decidiram entre um filme de super-heroi e uma comédia pastelão. O resultado: fraco enquanto comédia; ridículo enquanto filme de heroi.

O roteiro é tão absurdo que fiquei com medo: será que em 83 a gente era tão ingênuo, pra acreditar naquilo? É uma abobrinha seguida de outra. Só pra citar um exemplo: determinado momento o vilão resolve hackear um satélite para fazer chover (?) e destruir as plantações de café da Colômbia!!! E o roteiro é repleto de situações patéticas como essa. Na cena final, o Superman vira um videogame, e uma vilã vira um robô… A sensação de vergonha alheia torna difícil de assistir até o fim…

(Li em algum lugar que Mel Brooks deveria ser o diretor. Pelo menos o filme seria engraçado!)

Acredito que boa parte da culpa é do diretor Richard Lester e dos produtores Alexander e Ylia Salkind. Diz a lenda que os produtores queriam este tom caricato desde o primeiro filme, mas Richard Donner, contratado para ser o diretor, mudou o conceito e fez um filme sério. Donner foi demitido e Lester foi contratado para completar o segundo filme – por isso que existem duas versões, uma mais séria e outra não. O terceiro filme teve Lester (e a galhofa) desde o início…

No elenco, Christopher Reeve repete o papel de sempre, mas parece que o nome principal não é o Superman, e sim o atrapalhado (e bobo) personagem de Richard Pryor. Margot Kidder aparece rapidamente, o papel principal feminino fica com Anette O’Toole, no papel de Lana Lang.

Agora preciso de coragem (muita coragem) pra ver o quarto filme. Superman 3 é ruim, mas conheço gente que gosta. Já o 4 é unanimidade: todos concordam que é o pior de todos!

As Amazonas Na Lua

Crítica – As Amazonas Na Lua

Ano passado ganhei do meu amigo Luiz Alberto Benevides o dvd de As Amazonas Na Lua (gringo, claro, acho que só foi lançado por aqui nos tempos do vhs). Revi no fim de semana, não via este filme desde os “saudosos” tempos do vhs.

Esta comédia nonsense mostra vários trechos de diferentes programas de tv, como se alguém estivesse mudando de canal. E, ao longo da programação,  vemos alguns pedaços do longa fictício As Amazonas Na Lua, filme vagabundo de ficção científica dos anos 50.

Como quase todo filme em episódios, As Amazonas Na Lua (Amazon Women on the Moon no original) é irregular. Algumas cenas são muito engraçadas, outras são meio bobas. O resultado final é positivo – o filme não é excelente, mas é uma boa diversão.

São cinco diretores – dentre os quais John Landis (Irmãos Cara de Pau) e Joe Dante (Gremlins) – e um elenco estelar, que conta com Michelle Pfeiffer, Rosanna Arquette, Kelly Preston, Steve Guttemberg, Arsenio Hall, BB King, Joe Pantoliano, Sybil Danning, Jenny Agutter, Carrie Fisher, Paul Bartel e Ed Begley Jr., dentre outros.

As Amazonas Na Lua traz boas críticas ao american way of life, satirizando vários clichês da programação televisiva. Se por um lado algumas piadas ficaram velhas, por outro lado algumas das situações mostradas fazem mais sentido hoje em dia, já que a tv a cabo faz parte da nossa realidade (o filme é de 1987, na época não existia tv a cabo aqui no Brasil).

As Amazonas Na Lua não é um filme “obrigatório”. Mas é uma boa diversão, principalmente pra quem curte tv.

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O Jovem Frankenstein
Apertem Os Cintos O Piloto Sumiu

Dogma

Crítica – Dogma

Empolgado com estes Top 10 de entidades divinas, resolvi rever Dogma, um dos melhores filmes de Kevin Smith, um dos meus diretores favoritos.

Dois anjos banidos por Deus descobrem uma brecha nas regras e com isso querem voltar ao Paraíso. Mas se fizerem isso provarão que Deus não é infalível e toda a existência poderá ser destruída. Uma funcionária de uma clínica de aborto recebe a missão de tentar parar os anjos.

Dogma foi lançado em 1999. Na época rolava um “frenesi do fim do mundo”, por causa da virada do milênio (apesar da real virada ter sido entre 2000 e 2001). O filme foi comparado com filmes como O Sexto Dia ou Stigmata, apesar de ser uma comédia. Pelo menos Dogma não ficou datado, já que não falava especificamente da virada do milênio. Visto hoje, é uma divertida comédia apocalíptica.

Kevin Smith pode não ter muita fama como diretor de atores, mas é um gênio no que diz respeito a diálogos bem escritos. Aqui em Dogma ele tem uma história baseada em universo mais complexo do que seus filmes anteriores (O Balconista, Barrados no Shopping, Procura-se Amy). Pela primeira vez, ele usa personagens tirados de outra fonte – a bíblia. E Smith conseguiu: não só os diálogos são bem escritos, como os personagens adaptados da bíblia funcionam bem ao lado de seus personagens habituais.

O elenco é muito bom, talvez o melhor que já esteve à disposição de Smith. Ben Affleck e Jason Lee eram figuras constantes em seus filmes (estiveram em Barrados no Shopping e Procura-se Amy); e Affleck aqui repete a parceria com Matt Damon, que lhes rendeu Oscar de melhor roteiro dois anos antes, por Gênio Indomável. E o filme ainda tem Alan Rickman, Linda Fiorentino, Salma Hayek, Chris Rock, Janeane Garofalo, Guinevere Turner e uma divertida ponta da cantora Alanis Morrisete. E, claro, Jason Mewes e o próprio Kevin Smith mais uma vez como a dupla Jay e Silent Bob.

Falando em Jay e Silent Bob, tive saudades dos dois doidões. Entendo e respeito a decisão de Smith de seguir em frente com a carreira e abandonar a dupla – já foram três filmes sem os dois, Pagando Bem Que Mal Tem, Tiras em Apuros e Red State. Mas que a dupla, presente em seis filmes, era muito divertida, isso era!

Ainda tenho que falar da polêmica com a igreja católica que rolou na época. Os católicos mais radicais se sentiram ofendidos, já que Dogma mostra algumas figuras bíblicas em situações pouco convencionais. Mas, vendo o filme de cabeça aberta, o filme não é ofensivo. É apenas outra visão – uma visão diferente, um pouco mais escrachada…

Dogma é um filme estranho. Não vai agradar a todos, afinal, é uma comédia com temática séria em cima de um tema polêmico. Mas, pelo menos pra mim, é um dos melhores filmes do Kevin Smith.

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