Batalha Real 3D

Crítica – Batalha Real 3D

Gosto muito dos dois filmes japoneses Battle Royale – tenho um dvd duplo com os dois filmes, de 2000 e 2003. Acho o conceito genial: um jogo onde alunos indisciplinados têm que se matar até sobrar apenas um. Quando soube de um novo filme, em 3D, logo virou um dos mais aguardados do Festival do Rio 2011.

Mas…

1- O guia do Festival fala em “nova versão”. Pensei que era uma continuação ou refilmagem. Nada disso, é exatamente o mesmo filme de 2000, convertido pra 3D. Mas é uma conversão tosca, acho que nunca vi um 3D tão mal feito na minha vida.

2- Ainda o 3D. Ao sair da sala, ouvi algumas pessoas reclamando com o gerente do cinema sobre o 3D. Não foi só impressão minha, houve uma falha técnica, e o efeito 3D não estava realmente funcionando. A imagem aparecia manchada, mas, ao colocar os óculos, as manchas continuavam, e nada de efeito tridimensional. Fiasco total!

Sobre o filme, ja falei dele aqui. É exatamente o mesmo filme, não preciso falar de novo sobre ele.

Battle Royale continua bom. Mas a sessão 3D no Festival foi desnecessária. Se heu soubesse, veria outro filme qualquer no mesmo horário.

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p.s.: Acho muito estranho mudar o nome de um filme depois de anos chamando por outro nome. “Battle Royale” não é “Batalha Real“! É a mesma coisa que alguém resolver chamar Guerra nas Estrelas de Star Wars – OH, WAIT!

😛

Chapeuzinho Vermelho do Inferno

Crítica – Chapeuzinho Vermelho do Inferno

No primeiro post sobre o Festival do Rio 2011, falei sobre o risco de se assitir um filme ruim. Como temos poucas informações sobre cada filme, existem boas chances de se pegar algo muito ruim pela frente. É o caso deste Chapeuzinho Vermelho do Inferno.

Tá, um filme com esse nome não tinha muito como fugir do trash. Mas, uma co-produção entre Cuba e Costa Rica, escrita e dirigida por Jorge Molina, o principal ator coadjuvante do divertido Juan de los Muertos, contando uma versão distorcida da historinha clássica infantil? Prometia pelo menos ser um bom trash!

Mas não. Chapeuzinho Vermelho do Inferno é ruim, muito ruim. É um filme ruim em tantos aspectos que não sei nem por onde começar.

Aliás, minto, sei por onde começar. Pedofilia é uma coisa errada. Mostrar uma atriz com cara de adolescente nua é errado e desnecessário. Mas mostrar uma adolescente nua praticando zoofilia com um filhotinho de cachorro é muito errado e totalmente desnecessário. Poucas vezes na minha vida tive vontade de sair da sala de um cinema durante a projeção – e quase me levantei nesta cena. (Ainda rola uma cena de estupro em cima de um cadáver, com a mesma adolescente…)

Isso já seria o suficiente pra Chapeuzinho Vermelho do Inferno ser jogado no lixo. Mas tem mais. Além da pedofilia e da zoofilia (e ainda rola incesto), o filme é tosco demais. Começa pela imagem – diferente de quase todos os filmes presentes no Festival, que são em película, aqui a projeção é em vídeo/dvd, trazendo uma imagem horrível na tela. E a maquiagem é muito mal feita, um ator homem faz a vovó, e o visual dele parece um palhaço de circo de periferia.

A história não só é doente, como o humor presente no filme é digno de programas televisivos como A Praça é Nossa e Zorra Total. Alguns personagens caricatos, como o irmão retardado, não têm nenhum sentido na trama. E, pra manter a proposta apelativa, qualquer coisa é pretexto pra todas as atrizes tirarem a roupa – nem precisa de motivo.

Na sessão que heu estava, no cinema do Shopping da Gávea, tinha uma pessoa, umas duas fileiras atrás de mim, que dava gargalhadas. Quase que fui perguntar pra ele qual era o motivo das risadas…

Resumindo: não é o pior filme da minha vida, porque, como disse um amigo meu, gosto de “filmes limítrofes” – aqueles filmes que ficam na linha entre o ruim e o divertido – então, infelizmente, posso dizer que já vi coisa pior. Mas Chapeuzinho Vermelho do Inferno entra fácil num top 10. E, na minha humilde opinião, é mais ofensivo que A Serbian Film.

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Se você gostou de Chapeuzinho Vermelho do Inferno, o Blog do Heu recomenda que você reveja os seus conceitos.

Rock Brasilia: Era de Ouro

Crítica – Rock Brasilia: Era de Ouro

Durante o Festival do Rio, costumo deixar de lado documentários musicais. Nada contra, é que priorizo filmes toscos com pouca chance de entrar no circuito. Mas quando li sobre este Rock Brasilia: Era de Ouro, achei que era a minha cara – pra quem não sabe, gosto tanto do estilo que fundei uma banda só de rock nacional anos 80, a Perdidos na Selva (a banda ainda existe, mas não toco mais nela).

O documentário de Vladimir Carvalho fala sobre o “rock de Brasília” – enquanto o rock nacional estourava no eixo Rio-SP, três bandas que vieram da capital alcançaram o sucesso: Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial.

Além de imagens de arquivo, o filme mescla entrevistas atuais com outras feitas anos atrás. Isso era essencial, afinal, Renato Russo, morto há exatos 15 anos, é um dos personagens principais dessa galera. Esse artifício da “entrevista de arquivo” funciona muito bem. Os relatos de Renato Russo se encaixam perfeitamente com os depoimentos atuais de Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá (Legião), André Mueller e Philippe Seabra (Plebe), Dinho Ouro Preto, Fê e Felipe Lemos (Capital). Até parece que as entrevistas foram feitas na mesma época.

Se por um lado as entrevistas misturadas funcionam, por outro, o texto fica um pouco confuso, principalmente na parte final, quando acontecem os relatos do que aconteceu com cada uma das três bandas depois dos anos 80. São três histórias entrecortadas, e cada uma delas nada tem a ver com as outras.

Outra coisa que senti falta foi das pessoas que fizeram parte da história mas não estão no filme. André Pretorius, um dos fundadores da banda seminal Aborto Elétrico (junto com Renato Russo e Fê Lemos), é citado como um personagem importante, mas o filme não fala do que aconteceu com ele (pesquisei na wikipedia, ele faleceu de overdose, em 1987, na Alemanha, então com 26 anos). O mesmo posso falar sobre os outros componentes das três bandas – Negrete (Legião), Loro Jones e Bozo Barretti (Capital), e Jander e Gutje (Plebe), que foram deixados de lado no documentário – Gutje fala rapidamente em uma entrevista antiga, Jander e Negrete aparecem em imagens de arquivo, Loro Jones é ignorado, e Barretti é citado como alguém que atrapalhou o sucesso do Capital.

Apesar disso, gostei do filme, que documenta passagens históricas interessantes, como o famoso show de Brasília onde Renato foi atacado por um fã e depois comprou briga com os seguranças, ou um relato sobre a primeira viagem da Plebe, ou ainda as reações de Chico e Caetano ao verem a Legião pela primeira vez em seu programa de tv na Globo.

Imperdível para fãs de rock nacional anos 80!

Shark Night 3D

Crítica – Shark Night 3D

Sabe quando um filme não precisa se esforçar muito pra agradar, e mesmo assim não consegue atingir o objetivo?

A sinopse aqui é o de sempre. Um grupo de jovens universitários, todos bonitos e sarados, vão passar um fim de semana numa casa num lago (de água salgada), mas um deles é atacado por um tubarão. Aos poucos, eles descobrem que estão cercados.

A trama é besta, o elenco é limitadíssimo, os personagens são clichê. Mas isso tudo é aceitável, afinal, o público que se propõe a ver um filme desses na verdade se preocupa mais em ver mortes bem filmadas, de preferência com muitas coisas sendo atiradas na direção da tela, e melhor ainda se for com mulheres usando pouca roupa. E é aí que Shark Night 3D é fraco.

O 3D nem é mal feito. O problema é que são poucas as cenas usando o efeito de maneira satisfatória. Poucas coisas são atiradas na direção do espectador! E Shark Night 3D tem zero de nudez e gore – no máximo, rolam mulheres de biquini e algum sangue discreto.

Se a parte trash é fraca, a parte séria é lamentável. O roteiro é repleto de inconsistências – se heu começar a listar os furos, o post não acaba hoje. E o elenco só tem jovens desconhecidos e com pouco talento para a atuação – o cara que faz Blake é terrível, no mau sentido!

Decepcionante. Reveja Piranha 3D, vale mais a pena.

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Se você gostou de Shark Night 3D, o Blog do Heu recomenda:
Dia dos Namorados Macabro 3D
Fúria Sobre Rodas
Piranha 3D
Premonição 5

Juan de los Muertos

Crítica – Juan de los Muertos

Tem alguns filmes que aparecem de vez em quando em festivais que a gente PRECISA ver. O primeiro filme de zumbis feito em Cuba é um desses. Imperdível!

Juan é um quarentão preguiçoso e de bem com a vida. Quando acontece uma epidemia de zumbis em Havana, ele cria, com seus amigos também desocupados, um serviço de extermínio de zumbis.

O filme, escrito e dirigido por Alejandro Brugués, é muito engraçado. Daqueles de rir até perder o fôlego. Humor negro de primeira linha!

A trama é o de sempre: epidemia de zumbis, blá blá blá. Mas o bem bolado roteiro tem um bom timing de piadas, e aproveita pra inserir um monte de comentários sócio-políticos sobre a situação de Cuba. E o melhor de tudo é que em momento nenhum o filme fica panfletário, as críticas entram naturalmente nas piadas (a piada dos carros russos é sensacional!).

O elenco não tem ninguém conhecido. Os atores estão ok em seus papéis caricatos. Os efeitos especiais às vezes parecem toscos demais, mas, para o que o filme pede, funcionam. A maquiagem também é boa, o filme traz quantidade de gore suficiente para o que o estilo pede.

Infelizmente, Juan de los Muertos não será visto por muita gente – convidei algumas pessoas para verem o filme comigo no último domingo, quase todos não se interessaram pela esquisitice “filme cubano de zumbis”. Mas torço pelo sucesso do filme. Este é daqueles pra comprar o dvd e rever de vez em quando!

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Se você gostou de Juan de los Muertos, o Blog do Heu recomenda:
Todo Mundo Quase Morto
Fido – O Mascote
Evil Dead

A Coisa

A Coisa

Ficou pronto o prequel de O Enigma de Outro Mundo, um dos melhores filmes de John Carpenter!

Antártica, 1982. Um grupo de pesquisadores noruegueses descobre, dentro do gelo, uma nave espacial e um alienígena. Mas o alienígena consegue escapar, e agora ninguém mais pode confiar em ninguém, já que a criatura tem a capacidade de se transformar em todo ser humano que toca.

Quando li a lista das centenas de filmes do Festival do Rio, confesso que este foi o que mais me interessou. Sou um grande fã de O Enigma de Outro Mundo, de 1982, (que, por sua vez, é refilmagem de O Monstro do Ártico, de 1951). Já tinha ouvido falar deste A Coisa, que contaria os fatos anteriores ao filme, mas nem sabia que já estava pronto, muito menos prestes a ser exibido no Brasil – as legendas já estão na película, e quando isso acontece, normalmente já tem previsão de entrar no circuito. Legal!

A Coisa não decepciona, o diretor estreante Matthijs Van Heijningen faz um bom trabalho ao recriar o clima tenso que rolava na versão da década de 80. Porque, no que diz respeito a recriação / homenagem / cópia, o filme é excelente. Às vezes, até parece uma refilmagem! Os efeitos especiais são bem feitos, nem parecem cgi. E a trilha sonora de Marco Beltrami segue a linha da trilha anterior de Ennio Morricone – o tema principal monocórdico do outro filme chega a ser usado.

No elenco, apenas um nome conhecido: Mary Eisabeth Winstead (À Prova de Morte, Scott Pilgrim Contra o Mundo). Os nerds de plantão poderão reconhecer os dois pilotos de helicóptero: Adewale Akinnuoye-Agbaje, o mr. Eko de Lost; e Joel Edgerton, o Owen Lars da nova trilogia de Star Wars. E o monte de atores noruegueses (desconhecidos por aqui) que completam o elenco não fazem feio.

A Coisa é bom, mas não é perfeito. Achei a parte dentro da nave desnecessária e forçada demais. E tem mais uma ou outra coisinha, como os veículos danificados que voltam a andar. Bem, felizmente, nada muito grave.

Ainda preciso falar duas coisas sobre o título do filme. Primeiro sobre o título original: o título é exatamente igual ao dos anos 80, ambos se chamam “The Thing“. Como fazer pra diferenciá-los? E com relação ao título nacional, fiquei na dúvida sobre a tradução”oficial”, já que o imdb o chama com o mesmo nome do filme de quase trinta anos atrás, “O Enigma de Outro Mundo“. Mas acho que vai ser A Coisa mesmo, afinal, as legendas da película estão assim.

Última coisa: não saiam logo que começarem os créditos. Durante os créditos rolam cenas importantes ligando o filme com o de 82!

A Mulher Selvagem / The Woman

Crítica – A Mulher Selvagem / The Woman

Um advogado extremamente machista encontra uma mulher selvagem em uma floresta. Ele decide capturá-la e civilizá-la a sua maneira, prendendo-a num porão escuro na casa onde vive com a esposa e os filhos

Heu não sabia, mas esta é a continuação do estranho Offspring, tem até a atriz Pollyanna McIntosh repetindo o papel do outro filme. Mas, se você não viu o filme anterior, não se preocupe, as histórias são independentes.

Assim como acontece em Offspring, A Mulher Selvagem / The Woman tem imagens muito fortes, com muito sangue e muito gore. E, desta vez, achei o visual menos tosco. Nisso, o filme é eficiente.

Mas não gostei muito do roteiro, co-escrito pelo diretor Lucky McKee e pelo escritor Jack Ketchum, autor do livro que deu origem à história (Ketchum também escreveu Offspring). Tem um elemento misterioso muito mal desenvolvido que aparece na parte final. E os personagens são mal construídos, a família é apenas um fraco esboço do que poderia ser.

O resultado final nem é muito ruim. Mas heu esperava mais de um filme que ganhou o prêmio de melhor filme do Rio Fan 2011, e agora ganhou sessões no Festival do Rio…

Raiva / Kalevet

Crítica – Raiva / Kalevet

Um filme de terror israelense? Tem coisas que a gente só vê em festivais!

Em uma reserva florestal, grupos de pessoas desconhecidas entre si se metem em situações inesperadas e com consequências violentas.

Raiva é israelense, mas o estilo não foge muito do que vemos por aí em filmes hollywoodianos. Me lembrou filmes como Viagem Maldita e Doce Vingança, onde pessoas comuns são submetidas a situações extremas. O filme tem algumas coisas muito boas, mas tem um grave defeito: um roteiro cheio de pontas soltas.

Vamos primeiro ao que funciona. As mortes são muito bem mostradas, tanto graficamente, quanto na parte auditiva, com trilha e efeitos sonoros eficientes. Gostei muito de quase todas, com destaque para a marretada e para a explosão da mina. Alguns diálogos são bem legais também – a cena com o casal que briga é hilária!

Mas o roteiro preguiçoso atrapalha. São vários pontos fracos, como por que Tali foi colocada na armadilha, ou qual o sentido daquele incêndio. Acaba o filme e a gente fica se perguntando um monte de coisas.

Mas mesmo com roteiro fraco, ainda acho que vale a experiência.

A Pele Que Habito

Crítica – A Pele Que Habito

Pedro Almodóvar é um dos diretores mais prestigiados entre boa parte dos cinéfilos cariocas. Nada como usar o seu novo filme para abrir o Festival do Rio, hoje à noite, né?

O doutor Robert Ledgard (Antonio Banderas) passou doze anos se dedicando à criação de um novo tipo de pele, depois que sua mulher sofreu queimaduras fatais num acidente de carro. Vera, uma misteriosa paciente, é usada para testar a pele.

Vou confessar uma coisa aqui: por motivos diversos, perdi vários filmes seguidos de Almodóvar. Não tenho nada contra ele, foi apenas coincidência. Curiosamente, antes dele ser popular (fase pré Mulheres À Beira de um Ataque de Nervos), vi muita coisa da sua fase underground, como A Lei do Desejo e Pepi, Luci, Bom y Otras Chicas del Montón. Mas agora heu estava devendo, o último filme que vi dele foi Carne Trêmula, de 1997.

A expectativa era grande, já que fazia tempo que heu não via nada dele. Mas não me decepcionei, A Pele Que Habito é um bom filme, e traz algumas coisas que são a cara do diretor espanhol, apesar de ter uma temática científica, com direito a roteiro em ordem não cronológica.

A melhor coisa de A Pele Que Habito é a estrutura do seu roteiro. A trama tem uma reviravolta de roteiro sensacional, acho difícil o espectador sair ileso – conversei com algumas pessoas depois da sessão de imprensa, e o desconforto era uma sensação comum. E a fotografia também é bem cuidada, o filme tem várias imagens belíssimas.

A Pele Que Habito também traz uma coisa que é a cara de seu diretor: personagens bizarros vivendo situações bizarras. Toda a parte do Tigre é genial!

O elenco está muito bem. Antonio Banderas, que não trabalhava com o seu compatriota desde Ata-me, muitas vezes é canastrão, mas aqui acerta o tom. Elena Anaya, linda linda linda, está ótima num papel difícil. E Marisa Paredes, eterna musa de Almodóvar, também tem um papel importante.

Nem tudo é perfeito. Almodóvar quis homenagear o Brasil, então criou alguns personagens brasileiros. Mas, caramba, por que não colocar atores brasileiros? O sotaque dos gringos é horrível!

Mesmo assim, A Pele Que Habito é um bom filme e merece ser visto. Pena que a sessão de hoje é só pra convidados (heu também não tenho convite…). Mas tem sessões domingo e segunda. E a estreia nacional está prevista para 4 de novembro – a maioria dos filmes do Festival do Rio não tem exibição garantida no circuito.

Festival do Rio – 2011

Festival do Rio – 2011

Uêba! Sexta agora começa o Festival do Rio 2011!

Como todos sabem, o Festival traz, por duas semanas, centenas de filmes espalhados por algumas salas. Filmes de todos os tipos, novos e velhos, bons e ruins, filmes de todos os estilos, filmes para todos os gostos, desde o mais alternativo até o mais mainstream.

Os filmes são divididos em mostras. A maior parte dos filmes mais procurados está nas mostras Panorama do Cinema Mundial e Expectativa 2011 – nunca entendi quais são os critérios para um filme ficar em uma e não na outra, me parecem ser filmes com o mesmo perfil. Também tem as Premieres Brasil e Latina, que também trazem sempre algumas sessões concorridas, além de várias outras mostras de estilos diferentes.

E, claro, tem a minha mostra favorita: a Midnight Movies. É onde se concentram os títulos mais bizarros do Festival, ou seja, é onde estão os melhores filmes segundo os meus critérios. Sou fã dos Midnight Movies desde a época do Fest Rio, festival que rolava aqui nos anos 80…

Este ano, a Midnight Movies está dividida. Ano passado rolaram vários documentários musicais dentro da Mostra; este ano tem uma “sub mostra” Midnight Música. O mesmo com filmes de terror: tem a Midnight Terror. Legal, essa daí já nasceu favorita! (Apesar de repetir alguns filmes que passaram este ano no Rio Fan, que rolou em julho deste ano)

Ah, e, pra quem curte, tem uma mostra com a filmografia completa de Dario Argento!

Claro que não dá tempo de ver tudo que parece ser legal. E como a maior parte dos filmes é inédita, a gente precisa de sorte pra arriscar nas opções certas. Assim como fiz ano passado, vou dar umas dicas aqui. Mas sempre lembrando que não existe garantia. Já vi muito filme bom no risco, mas também já vi muito filme ruim…

Os únicos que posso palpitar sem arriscar são os que já vi. Graças ao download, seis dos filmes inéditos do Festival já foram comentados aqui no blog (coincidência ou não, três estão na Midnight Movies, e os outros três na Midnight Terror). São eles: Paul (comédia de ficção científica sobre nerds que encontram um alienígena), Attack The Block (uma gangue de adolescente londrinos combate uma invasāo alienígena), Rare Exports (filme finlandês com um Papai Noel do mal), Red State (filme de terror dirigido pelo Kevin Smith), The Troll Hunter (mockumentário norueguês sobre um caçador de trolls) e Vermelho, Branco e Azul (um desconfortável filme independente). (Além destes, também já falei de alguns filmes do Dario Argento: A Mansão do Inferno, Giallo – Reféns do Medo, O Fantasma da Ópera e O Pássaro das Plumas de Cristal.)

Vou agora citar alguns filmes que pensei em assistir. Mas lembro que não vi nenhum ainda, então não recomendo nada!

– Alien Lésbica Solteira Procura

Vale ser visto só pelo título…

– Amor Debaixo D’Água

O início da sinopse é besta. Mas leiam este trecho: “O musical tem trilha da banda austríaca Stereo Total e pertence ao movimento pink film, um gênero de soft porn típico do Japão” – Musical? Soft porn???

Aqui é meu Lugar

Sean Penn como um ex rock star cinquentão. Pode ser legal.

– Batalha Real 3D

A ideia da série japonesa Battle Royale é muito boa: jovens são colocados à força em um reality show fatal, de onde sai apenas um sobrevivente.

Batida Policial

A sinopse parece de filme policial americano. Mas a produção é da Indonésia…

O Bosque

Um grupo de jovens idealistas parte para uma floresta. Até aí, tudo bem. Mas eles ligam tvs e computadores em tomadas nas árvores!

– Chapeuzinho Vermelho do Inferno

Adaptação do clássico infantil, feita em Cuba e na Costa Rica.

A Coisa

Prequel de O Enigma de Outro Mundo, clássico de John Carpenter. Não sei se presta, mas, se heu fosse escolher um único filme do Festival, era esse aqui.

Dark Horse

Novo filme de Todd Solondz. Não sei se vale, não gostei do seu último, A Vida Durante a Guerra.

Drive

Promessa de bom blockbuster hollywoodiano.

Finisterrae

Fantasmas russos vagando pelo caminho de Santiago de Compostela…

– George Harrison: Living in the Material World e Pearl Jam Twenty

Documentário de banda de rock é tudo parecido. Mas esses dois são dirigidos por Martin Scorsese e Cameron Crowe. Pelo menos eles têm pedigree. Pra quem curte, também tem outros, com gente como U2, Iggy & The Stooges e Sigur Rós.

Gigante de Aço

Promessa de bom blockbuster hollywoodiano.

– Juan dos Mortos

O primeiro filme de zumbis feito em Cuba. Nuff said.

Um Método Perigoso

Novo filme de Davis Cronenberg. Jung e Freud são os personagens principais.

– A Mulher Selvagem

Uma mulher selvagem é capturada e presa num porão. Prêmio de melhor filme do último Rio Fan.

Ninja Kids!!!

Parece ser infantil, mas é dirigido pelo barra-pesada Takashi Miike, o mesmo de Ichi The Killer.

O Pequeno Polegar

Se estivesse na mostra Geração, heu passava pra minha filha. Mas tá na Midnight Movies, e tem um ogro devorador de crianças na história…

Raiva

Primeiro filme de terror produido em Israel.

Rock Brasília, Era de Ouro

Documentário sobre as bandas de Brasília (Legião, Capital, Plebe). O assunto me interessa.

Shark Night 3D

É um filme chamado Shark Night. E é em 3D. Precisa de mais?

– Sleeping Beauty

Tem título de conto de fadas, mas sinopse de filme estranho.

Torrente 4 3D

Quarto filme do anti-heroi Torrente, o detetive corrupto, beberrão e preguiçoso de Madri. O 3D me atrai, mas não vi o 2 e o 3…

A Última Sessão

Um funcionário de um cinema sai por aí matando mulheres.

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Provavelmente, não conseguirei ver todos esses. E ao longo das próximas duas semanas, vou descobrir outros filmes pela programação. Ou seja, minha programação é imprevisível. Só garanto uma coisa: falarei de todos aqui no blog!

Bons filmes!