The Oxford Murders / Los Crimenes de Oxford

The Oxford Murders / Los Crimenes de Oxford

Na Universidade de Oxford, um professor inglês (John Hurt) e um aluno americano (Elijah Wood) ajudam a polícia a tentar solucionar uma série de crimes aparentemente ligados a símbolos matemáticos.

O filme é daquele tipo “mistérios misteriosos”, onde a gente fica tentando adivinhar quem será o próximo a morrer, como e por que, e logo vem uma virada de roteiro que nos joga em outra direção. Neste ponto, o filme flui bem, apesar da trama ser um pouco confusa. O problema é que certas coisas na história parecem meio forçadas demais, e aí o que antes funcionava perde a credibilidade.

Sou fã do diretor espanhol Álex de la Iglesia. Gosto de quase todos os seus filmes: Ação Mutante, O Dia da Besta, Perdita Durango, A Comunidade, Crime Ferpeito… Todos trazem um delicioso ar de filme B, um irresistível humor meio trash. Bem, quase todos. Este The Oxford Murders não tem cara de Álex de la Iglesia… Não falo isso só porque o filme se passa na Inglaterra e os atores principais são hollywoodianos. Perdita Durango é em inglês e se passa na América! The Oxford Murders simplesmente parece ser feito por outra pessoa. Não é um filme ruim, apenas não tem a cara do diretor.

Elijah Wood e John Hurt estão bem em seus papéis, o aluno e o professor que desconfiam um do outro. Nos papéis femininos, temos Julie Cox e Leonor Watling (o único nome espanhol no elenco principal). O francês Dominique Pinon faz um pequeno e importante papel.

A trama usa muitas referências matemáticas e é um pouco difícil de acompanhar, mas pelo menos a solução do filme tem uma certa lógica, apesar de também soar meio forçação de barra – ainda não “enguli” o terceiro assassinato, e achei muita viagem o quarto.

Não vi nada sobre este filme aqui no Brasil, apesar dele ser de 2008. Nem título em português! Por enaquanto, só via download…

Prova Final

Prova Final

Alunos de uma escola reparam que alguns de seus professores estão com comportamentos estranhos. Até que descobrem uma possível invasão alienígena, que está rapidamente tomando conta de toda a escola. Seis alunos, diferentes entre si (o atleta, a patricinha, o bad boy, a esquisitona, o nerd e a novata), tentam combater a invasão.

Prova Final é uma mistura de Invasores de Corpos com O Enigma de Outro Mundo, ambientado num clima Clube dos Cinco – a referência a Invasores de Corpos é tão grande que este é citado algumas vezes no roteiro!

Se não traz muitas novidades, pelo menos o roteiro é bem escrito e o filme é leve e divertido. Ok, algumas coisas são meio forçadas – como eles sabiam que ao matar o monstro original os outros voltariam ao normal? Mesmo assim, o filme é muito bom, uma das melhores misturas de terror com ficção científica da década passada!

Lançado em 1998, Prova Final trazia uma inédita e interessante parceria entre o diretor Robert Rodriguez e o roteirista Kevin Williamson. Williamson na época estava badalado por ser um dos responsáveis pelo sucesso dos filmes da série Pânico (Scream), dirigida por Wes Craven. Já Rodriguez era ainda quase um novato, apesar de já ter o genial Um Drink no Inferno na bagagem.

E, realmente, olhando hoje em dia, o filme tem muito mais a cara de Williamson do que de Rodriguez. Prova Final está muito mais para Pânico e Eu Sei o Que Vocês Fizeram Verão Passado do que para Sin City e Planeta Terror

Falando em olhar hoje em dia, é legal vermos o elenco. Vários nomes se valorizaram, como Elijah Wood (que pouco depois interpretou Frodo Bolseiro, personagem principal da saga O Senhor dos Anéis), e Josh Hartnett, hoje com uma extensa lista de sucessos no currículo (Dália Negra, 30 Dias de Noite, Divisão de Homicídios, Falcão Negro em Perigo, etc.) . A brasileira Jordana Brewster (Velozes e Furiosos, Texas Chainsaw Massacre) era uma quase estreante, e Clea DuVall (Garota Interrompida, Identidade) já tinha um currículo grandinho mas nenhum filme de expressão. Laura Harris tem feito muita coisa para a tv ultimamente (24 Horas, Defying Gravity, Dead Like Me); e Shawn Hatosy é o único dos seis principais jovens que sumiu…

E isso porque ainda não falei do elenco “adulto”: Robert Patrick, Piper Laurie, Bebe Neuwirth, Daniel Von Bargen, Christopher McDonald, Jon Stewart… E ainda sobra espaço para Famke Janssen de professora e Salma Hayek de enfermeira!

Enfim, pode até não dar sustos, mas a diversão é garantida!

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças

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Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças

Imagine uma pessoa magoada com o fim de uma relação. Ela quer esquecer tudo que a lembre do ex ou da ex, certo? E agora imagine uma empresa que consegue apagar todas as memórias deste ex! Interessante, não?

Este é o mote do genial Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, um dos melhores roteiros filmados em Hollywood nos últimos anos. Não dá pra falar muito da história sem estragar o filme. Só o que posso dizer é que se trata de uma das mais belas histórias de amor já filmadas!

O diretor francês Michel Gondry (Rebobine Por Favor) conta a história do casal Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet), e seus encontros e desencontros. O roteiro de Charlie Kaufman ganhou o Oscar de melhor roteiro original de 2005 (Kate Winslet foi indicada a melhor atriz). E heu arrisco a dizer que este filme merecia outro Oscar: melhor edição!

A edição deste filme é uma loucura, principalmente nos momentos em que estamos dentro da cabeça de Joel e suas memórias estão sendo apagadas. A continuidade é cuidadosamente desconstruída: num plano o casal está num lugar cheio de pessoas, no plano seguinte o casal está no mesmo lugar, só que vazio; antes um objeto está lá, a câmera se movimenta e de repente o objeto desaparece. É de deixar tonto. E ao mesmo tempo maravilhado!

Ah, sim, preciso falar sobre o elenco. Jim Carrey está irreconhecível e mostra que nem sempre é careteiro, e tem aqui a melhor interpretação de sua carreira. E além de Kate Winslet, temos Kirsten Dunst, Elijah Wood, Mark Ruffalo e Tom Wilkinson.

Por fim, volto ao roteiro. Este é daqueles filmes que dá vontade de rever, pra prestar atenção nos detalhes que passaram desapercebidos. Tudo está no lugar certo, cada cena, cada movimento, cada mudança de cor do cabelo de Clementine!