Sinopse (imdb): Um motorista se encontra em um jogo de gato e rato de alto risco depois de ser forçado a dirigir para um homem misterioso conhecido como O Passageiro.
Dirigido por Yuval Adler, Ligação Sombria (Sympathy for the Devil, no original) usa aquele formato de poucos personagens, poucos cenários e muitos diálogos, onde aos poucos vamos montando o quebra cabeças com as peças que o roteiro nos dá. Quase o filme inteiro tem apenas dois personagens, quase o filme inteiro se passa em dois cenários (dentro do carro ou no restaurante). Um homem está indo ao hospital porque sua mulher vai dar à luz, mas outro homem armado entra no carro e o obriga a irem para outro lugar. Inicialmente vemos um sequestrador e um sequestrado, e ao longo do filme precisamos descobrir o que cada um esconde.
Ligação Sombria tem uma coisa muito boa e outra que me desagradou bastante. Vamos ao ponto positivo: Nicolas Cage. De um tempo pra cá, Cage virou um adepto do “over acting”. O cara quase sempre exagera nas suas atuações. E quando o filme sabe usar isso a seu favor, o resultado é muito bom. E isso acontece aqui. Cage está exageradíssimo, em algumas cenas ele parece completamente alucinado. Se existe um bom motivo para se assistir a Ligação Sombria, este motivo é Nicolas Cage.
Agora, conforme vamos descobrindo o que é cada personagem, o filme vai enfraquecendo, porque são personagens que tomam atitudes incompatíveis. Vou fazer um comentário, mas antes, aviso de spoilers.
SPOILERS!
SPOILERS!
SPOILERS!
No fim do filme descobrimos que o sequestrado matou a mulher e a filha do sequestrador, então isso seria uma jornada de vingança. Mas, se a vingança é contra o sequestrado, por que matar o policial e deixar o sequestrado vivo? Pior ainda: por que fazer aquela “queima de arquivo” no restaurante e matar o cozinheiro – e deixar o sequestrado vivo???
FIM DOS SPOILERS!
Enfim, só vale pra quem curte o Nicolas Cage alucinado.