O Exterminador do Futuro

Crítica – O Exterminador do Futuro

Sábado passado teve Cineclube Sci-Fi, evento organizado mensalmente pelo Conselho Jedi RJ no Planetário. O filme era o primeiro O Exterminador do Futuro. Há tempos que não via este filme, aproveitei a oportunidade e fui lá prestigiar o evento.

Alguém ainda não viu? No futuro, as máquinas dominam a Terra, e enviam um robô exterminador ao passado para eliminar Sarah Connor, mulher que será mãe do futuro líder dos humanos

Ver um filme de quase trinta anos atrás (O Exterminador do Futuro é de 1984), tem seus problemas. Reparamos em muita coisa que não vimos na época. A maquiagem é muito mal feita, toda a sequência onde o robô conserta o braço e tira o olho é muito tosca. O stop motion é muito inferior ao d’O Retorno do Jedi, lançado um ano antes. Ainda tem a trilha sonora datada, mas isso a gente não tinha como ver na época… 😉

Outra coisa: precisamos de uma boa dose de suspensão de descrença para relevar as inconsistências do roteiro – se um robô pode voltar no tempo se tiver carne em volta, por que não envolver armas pesadas em carne e mandar junto? Mesmo assim, considero este um dos melhores roteiros de viagem no tempo. Cada detalhe da história é importante, o roteiro não deixa pontas soltas.

Além da boa história, O Exterminador do Futuro ainda é um excelente filme de ação. O ritmo do filme é ótimo, o quase novato diretor James Cameron já mostrava talento. Cameron antes tinha feito apenas um longa (de qualidade duvidosa), Piranhas 2 – Assassinas Voadoras. Mas depois, sua carreia deslanchou e ele virou um dos nomes mais importantes da Hollywood contemporânea. Ele fez Aliens – O Resgate, O Segredo do Abismo, O Exterminador do Futuro 2, True Lies, e depois bateu recordes de bilheteria e ganhou 11 Oscars com Titanic – e ainda nem falei de Avatar, outro recordista de público.

O Exterminador do Futuro também foi um marco importante na carreira de outro nome “gigante” hoje em dia: Arnold Schwarzenegger, que era um fisiculturista tentando fazer carreira como ator. Ele já tinha sido o Conan no filme de 1982, mas ainda estava longe de se firmar. O forte sotaque (Arnold é austríaco) e o talento limitado como ator eram compensados pelo enorme carisma. O papel do Exterminador lhe caiu como uma luva: poucas falas e poucas expressões faciais não atrapalharam e Arnoldão teve o seu primeiro grande sucesso. E daí para o estrelato foi um pulo – Schwarzenegger se tornou um dos nomes mais fortes do cinema de ação pelas décadas seguintes.

Os outros dois atores principais, Linda Hamilton e Michael Biehn, não fizeram filmes relevantes fora dos anos 80. Mas o elenco ainda traz algumas curiosidades. Lance Henriksen tem um papel menor como um dos policiais; e Bill Paxton aparece numa ponta, como um dos punks que são atacados pelo Exterminador no início do filme.

Agora, uma história com spoilers leves (pode spoiler de um filme de quase trinta anos atrás?). Lembro, na época do lançamento, o cinema lotado, com todos gritando cada vez que achavam que o Exterminador estava morto, mas depois se levantava – mais uma vez. Era uma histeria divertida!

O Exterminador do Futuro teve três continuações e gerou uma série de TV. E diz a lenda que em 2015 vem mais um filme por aí…

Oldboy

Crítica – Oldboy

Parece que este ano teremos a refilmagem do Oldboy coreano, dirigida por Spike Lee. Tenho dois pés atrás com esta refilmagem – primeiro por não achar necessária uma refilmagem; depois por achar que o estilo de Spike Lee não tem nada a ver com o filme. Bem, independente do filme novo, é hora de rever o original.

Oh Dae-su é sequestrado e preso por 15 anos, sem que lhe seja dada justificativa alguma sobre o ato. Depois da libertação, Dae-su agora quer vingança, e para isso precisa descobrir quem o prendeu e o por que.

Na minha humilde opinião, Oldboy é o melhor filme de vingança da história do cinema. Sou fã dos dois Kill Bill, mas reconheço que a vingança de Oldboy é muito mais elaborada, e MUITO mais cruel.

Baseado no mangá japonês de mesmo nome escrita por Nobuaki Minegishi e Garon Tsuchiya, Oldboy foi o primeiro filme de Chan-wook Park a entrar em circuito aqui no Brasil – hoje seu nome é conhecido entre cinéfilos.

Além da boa história e do bom roteiro, Oldboy tem uma parte visual forte e muito bem construída. Temos várias imagens com muita violência gráfica e alguma escatologia, e pelo menos um plano-sequência genial, onde Dae-su, armado apenas com um martelo, briga com uns vinte inimigos em um corredor.

Oldboy é o segundo filme da “trilogia da vingança”, do diretor Chan-wook Park. Mas os outros dois são bem mais fracos – Mr. Vingança, de 2002, é meio tosco; Lady Vingança, de 2005, parece uma cópia barata de Kill Bill. Os dois filmes até são legais, mas Oldboy é infinitamente melhor.

Como é um filme sul-coreano, admito que não conhecia ninguém no elenco. Os atores seguem o estilo oriental de interpretação, algo mais intenso, mais exagerado do que estamos acostumados no cinema ocidental. Min-sik Choi, o protagonista, está impressionante, vai do zero a 100 por hora em segundos.

Oldboy é de 2003, mas só foi lançado aqui no Brasil em 2005 – e esteve presente em várias listas de melhores daquele ano. E, revisto hoje em 2013, continua um filme excelente.

O Homem de Aço

Crítica – O Homem de Aço

Filme novo do Superman. E aí, será tão fraco quanto o Superman – O Retorno, lançado em 2006; ou manterá o nível da trilogia Batman, o atual top da DC?

A notícia é boa: Homem de Aço é muito bom!

Um menino descobre que tem poderes extraordinários e que não é deste planeta. Mais velho, ele viaja para tentar descobrir de onde veio e por que foi mandado para cá. Mas o heroi deve surgir para salvar o mundo e virar o símbolo de esperança para a humanidade.

A citação ao Batman de Christopher Nolan não é gratuita. Não só por serem os dois principais personagens da DC, mas também pelo fato de Nolan ter atuado aqui como produtor e autor do argumento. E o roteirista é o mesmo David S Goyer, que trabalhou nos três filmes do homem-morcego. Isso tudo é importante, porque a DC quer reunir os herois em um filme da Liga da Justiça tão bem sucedido quanto o ótimo Os Vingadores da Marvel.

E a influência do Batman de Nolan fez de Homem de Aço um filme mais sério do que a maior parte dos filmes de super-herois. O Kal-El / Clark daqui não usa cueca sobre a calça e é cheio de problemas existenciais. Rola até uma sutil comparação com Jesus Cristo – não acredito que tenha sido coincidência Clark estar com 33 anos. Acho que este será o grande diferencial entre DC e Marvel: enquanto uma foca na seriedade, a outra pensa no lema “o cinema é a maior diversão” (ambos os caminhos são válidos, na minha humilde opinião).

A direção coube a Zack Snyder, que já tinha provado seu talento em imagens bem cuidadas em filmes como 300, Watchmen e Sucker Punch. Em Homem de Aço, Snyder teve uma direção mais discreta, acho que não rola nenhuma das suas famosas câmeras super lentas. Mas, mesmo sem a sua “assinatura”, Snyder mostra boa mão na condução das várias cenas de ação.

Não sei o quanto o diretor teve parte nisso, mas os efeitos especiais são absurdamente bem feitos. Os computadores em Krypton tem uma textura diferente de tudo o que estamos acostumados a ver, e a destruição de Metropolis está entre as melhores destruições de cidades já mostradas no cinema. Snyder não usa câmera lenta, mas sua câmera não treme como os “MichaelBays” da vida – conseguimos ver tudo.

Os fãs querem esquecer o filme de 2006, mas a comparação com o clássico de 1978, dirigido por Richard Donner, é inevitável. E a boa notícia: se Homem de Aço não é melhor que o filme de 78, também não é pior. Ambos podem figurar entre as melhores adaptações cinematográficas de quadrinhos de super-herois.

É inevitável pensar no Superman e não lembrar de Christopher Reeve, que imortalizou a personificação do heroi. Henry Cavill faz um bom trabalho, não sentimos falta de Reeve. Mas acho que a tarefa mais difícil era a trilha sonora. A trilha de John Williams para o filme clássico é fantástica, o tema pan-pa-rá pa-ra-ra-ra-rá é um dos temas mais conhecidos da história do cinema (talvez um dos 4 mais conhecidos, ao lado de Tubarão, Guerra nas Estrelas e Caçadores da Arca Perdida – todos de John Williams). Hans Zimmer fez bem em ter ignorado a melodia original, e fez uma trilha competentíssima, que pode não ser tão assoviável quanto a de Williams, mas faz um belíssimo trabalho aqui.

Apesar de O Homem de Aço não ser um filme que exige muito dos atores, Michael Shannon faz um excelente trabalho com o seu general Zod – este sim superior ao anterior de Terence Stamp (que por sua vez também tinha feito um bom trabalho em Superman 2). O resto do elenco, repleto de nomes conhecidos, também está bem: Amy Adams, Diane Lane, Russell Crowe, Kevin Costner e Laurence Fishburn.

Infelizmente, O Homem de Aço não é perfeito. Como pontos negativos, podemos citar a longa duração, que chega a cansar (Os Vingadores também é longo, mas não é tão cansativo); e alguns pontos do roteiro que ficaram muito mal explicados – como assim, o planeta vai explodir, e os condenados por traição são mandados para fora do planeta???

Não vi em 3D. Atualmente evito pagar mais caro por um efeito que mais atrapalha do que ajuda. E pelo que li por aí, fiz boa escolha.

Resumindo: apesar dos poucos pontos contra, temos um forte candidato ao Top 10 2013!

p.s.: Só heu achei que o nome “Homem de Aço” parece uma tentativa barata de ganhar visibilidade com “Homem de Ferro”? Sei que o Superman sempre foi “Super Homem, o homem de aço”, mas o título assim, solto, me pareceu querer ganhar a rebarba do Tony Stark. Não precisava, DC, seu filme é bom, não é nenhum Asylum (que lançou “Transmorfers” na época do “Transformers”…

Truque de Mestre

Crítica – Truque de Mestre

Um agente do FBI e uma detetive da Interpol investigam um grupo de ilusionistas que rouba bancos durante suas performances e distribui o dinheiro para sua plateia

Truque de Mestre (Now You See Me, no original) é um filme coerente. Como num espetáculo de mágica, temos um monte de artifícios para chamar nossa atenção. Então, enquanto nos distraímos com o espetáculo, não reparamos no roteiro cheio de falhas.

Como espetáculo, Truque de Mestre é empolgante. Da escola “lucbessoniana”, o diretor Louis Leterrier proporciona um visual bem cuidado ao seu filme. Parece que não há nenhuma tomada estática, a câmera está sempre se movimentando, na grua, na dolly ou na mão do operador, isso tudo ajudado por uma trilha sonora empolgante. E os shows de mágica são bem legais.

Tudo flui num ritmo muito bom – mas, se a gente parar pra pensar, começa a notar as inconsistências do roteiro. Não vou entrar em detalhes por causa dos spoilers, mas todos os três grandes shows de mágica têm pontos mal explicados. E a necessidade de uma reviravolta final gerou uma solução que foi uma das maiores forçações de barra do cinema recente, era melhor ter terminado o filme sem esta desnecessária reviravolta.

Ah, o elenco é acima da média: Morgan Freeman, Michael Caine, Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Isla Fisher, Dave Franco, Mark Ruffalo e Mélanie Laurent. Alguns estão no piloto automático – Eisenberg parece repetir o papel de A Rede Social; mas outros estão muito bem – gostei muito do personagem de Harrelson.

Enfim, assim como um bom espetáculo de ilusionismo, Truque de Mestre é bem divertido. Mas só se você se deixar enganar.

A Lonely Place To Die

Crítica – A Lonely Place To Die

Um grupo de montanhistas nas highlands escocesas encontra por engano uma menina raptada, e, quando resolvem salvá-la, caem num jogo de gato e rato fugindo dos sequestradores.

Produção modesta, diretor desconhecido, só uma atriz conhecida no elenco (e nem tão conhecida assim) – A Lonely Place To Die poderia ser bom. Mas se perde completamente no terço final.

O início é promissor. O diretor Julian Gilbey não só filma belas tomadas aéreas de escaladas nas highlands escocesas, como sua história (ele escreveu o roteiro junto com seu irmão Will Gilbey) pega um rumo inesperado e interessante. Mas aí a trama se muda pra uma cidade, e a quantidade de furos no roteiro passa do limite aceitável…

Melissa George lidera um elenco quase desconhecido, onde quase todos estão bem. Gostei das atuações de Sean Harris (Prometheus) e Karel Roden (Hellboy).

Mas, no geral, A Lonely Place To Die fica devendo. Só vale pelo início.

Guerra Mundial Z

Crítica – Guerra Mundial Z

O primeiro blockbuster de zumbis!

O funcionário da ONU Gerry Lane roda o mundo numa corrida contra o tempo atrás da cura para uma epidemia zumbi.

Vamulá. É a primeira vez que temos uma superprodução, com um astro do primeiro escalão no elenco, usando o tema “zumbi”. Por um lado, isso é positivo: os efeitos especiais são excelentes. O tal “formigueiro zumbi” é impressionante, e são várias tomadas aéreas bem feitas com centenas de pessoas correndo ao mesmo tempo.

Mas, por outro lado, Guerra Mundial Z não era pra ser um filme de terror? Cadê o sangue? Cadê o gore? E vemos muito pouco das ações dos zumbis, quase todos os ataques são vistos de longe. Parece que os realizadores estavam preocupados com a censura e optaram por não mostrar nada – mesmo em cenas onde era importante vermos, a câmera desvia o olhar (como na mão decepada ou no pé-de-cabra preso).

Seguindo com o tema: os zumbis aqui não são “zumbis clássicos”. Não falo isso só pelo fato de serem zumbis corredores (a refilmagem de Madrugada dos Mortos tinha zumbis “maratonistas”), mas principalmente pelo fato de não termos mortos voltando à vida. Todos os zumbis aqui são pessoas infectadas, mais ou menos como no filme Extermínio e seus “raivosos” que parecem zumbis (mas na verdade não são). Então, me questiono se realmente são zumbis aqui…

O diretor é Marc Foster, o mesmo de 007 Quantum of Solace. Não achei uma boa escolha, talvez fosse melhor alguém mais íntimo do cinema de horror, sei lá, um Sam Raimi ou um mesmo um Brian de Palma. Acaba que o filme não se decide entre ação e drama – a única coisa certa aqui é que não estamos diante de um filme de terror.

O roteiro foi baseado no livro de Max Brooks. Não li o livro, mas li que o roteiro foi muito mexido – o que quase sempre é sinal de problemas. E pelo que li, o clima entre e o diretor e o ator principal não era muito bom. Não sei se é por causa disso, mas Guerra Mundial Z tem sérios problemas de ritmo. Algumas sequências são muito boas, como a fuga pelo engarrafamento. Mas outras são bobas e confusas, como toda a parte na Coreia. E, pra piorar, a câmera às vezes dá uma “michaelbayada”, algumas cenas tremem demais e a gente não consegue entender o que está acontecendo.

Enfim, Guerra Mundial Z não chega a ser ruim. Mas que é uma decepção, isso é.

Caça Aos Gângsteres

Crítica – Caça Aos Gângsteres

Los Angeles, 1940. Mickey Cohen, um dos líderes da máfia do Brooklyn, decide expandir suas atividades pelo oeste dos Estados Unidos. Um grupo especial da polícia é encarregado de capturá-lo.

Bom elenco, excelente ambientação de época… Mesmo assim, Caça Aos Gângsteres (Gangster Squad, no original) ficou devendo.

O diretor Ruben Fleischer (Zumbilândia) fez um bom trabalho no visual do filme – além de uma câmera lenta bem utilizada, várias sequências são esteticamente muito bonitas. Some-se a isso uma reconstituição de época bem cuidada e temos um filme onde o visual chama a atenção.

Mas, por outro lado, o roteiro é muito fraco. Não só toda a trama é previsível, como todos os personagens são unidimensionais – isso porque não estou falando do maniqueísmo onde os maus são muito maus e os bons são perfeitos.

Pior que o elenco é bom. Acho uma pena ver Sean Penn desperdiçado como um vilão esquecível (Mickey Cohen existiu de verdade, mas os fatos aqui são ficção); enquanto parece que Emma Stone só aparece pra mostrar uma menina bonitinha. Ryan Gosling é badalado atualmente, mas não consigo entender por que, ele fica o filme inteiro com a mesma cara de paisagem que faz em todos os seus filmes (Gosling me parece uma versão masculina da Kirsten Stewart, um rostinho bonito que não consegue fazer uma expressão). Ainda no elenco, Josh Brolin, Nick Nolte, Giovanni Ribisi, Robert Patrick, Anthony Mackie e Michael Peña – todos mal aproveitados.

Por fim, o nome nacional mais uma vez enfraquece a ideia do filme. “Esquadrão de Gângsteres” é porque eles agem paralelamente à lei. “Caça aos Gângsteres” não chega a ser errado, mas passa uma ideia diferente da original.

Enfim, plasticamente, Caça Aos Gângsteres é bonito. Mas trata-se de um filme vazio. É preferível rever Os Intocáveis.

Meu Malvado Favorito 2

Crítica – Meu Malvado Favorito 2

Estreou a continuação de um dos desenhos mais engraçados dos últimos tempos!

Gru largou a vida de malvado, e agora quer apenas ser um bom pai e trabalhar no ramo de geleias. Como agora virou mocinho, é contratado pela Liga Anti-Vilões, e agora tem a companhia da espiã Lucy para resolver um caso secreto.

O primeiro Meu Malvado Favorito tinha alguns trunfos: um anti-heroi bem construído, um trio de coadjuvantes crianças fofinhas e um grupo de alívios cômicos muito bons – os hilariantes Minions. A produção do segundo filme usou o bordão “não se mexe em time que está ganhando”, e temos de volta os três elementos. Gru continua o mesmo apesar de não ser mais malvado; e as três meninas continuam sendo adoráveis – principalmente a caçula Agnes. E os Minions… Um parágrafo à parte pra eles…

Os alucinados e inconsequentes Minions são sensacionais. E parece que os roteiristas sabiam disso – mesmo em momentos onde não são tão necessários na trama, os Minions têm grande tempo de tela. E as cenas são geniais, só o “irish drinking Song” já vale o ingresso. Mais: não sou o único que gosta dos Minions, eles vão ganhar um longa metragem “solo” ano que vem!

A parte técnica da animação é top de linha, apesar de não ter nenhuma grife (não é Pixar, nem Dreamworks, nem Disney, nem Blue Sky). A qualidade é impecável, e o 3D é bem usado com detalhes que se jogam para fora da tela.

Vi a versão dublada, não ouvi Steve Carell e Kristen Wiig como Gru e Lucy. Mas gosto muito do trabalho de Leandro Hassum como dublador do Gru. Ele continua com um ótimo timing, nem dá vontade de ver o original pra comparar. E ainda tem o Sidney Magal, excelente como El Macho.

Na comparação, esta segunda parte não chega a ser melhor que a primeira. Mas, sem dúvida, mantém o nível.

E que venham mais Minions ano que vem!

Dark Skies / Os Escolhidos

Crítica – Dark Skies / Os Escolhidos

Alguns filmes são muito mal lançados por aqui. Se não fosse por recomendação de um amigo, ia deixar passar este bom Dark Skies / Os Escolhidos.

Quando a pacata vida no subúrbio da família Barret é sacudida por uma série de estranhos e misteriosos eventos, a família acaba descobrindo que existe uma terrível e mortal força atrás dela.

Dark Skies é uma eficiente mistura entre ficção científica e terror. A economia no CGI e a ausência de gore criaram um clima que lembra uma mistura de Contatos Imediatos do Terceiro Grau com Poltergeist.

O diretor e roteirista Scott Stewart mostra amadurecimento depois de ter feito os divertidos Padre e Legião. Gostei mais de Dark Skies, menos farofa que os outros dois. Desta vez, podemos até levar o filme a sério, coisa impensável com os anteriores.

O roteiro tem lá os seus clichês, claro. Mas são bem usados, são “clichês do bem” – o filme pode ser um pouco previsível, mas tem um bom ritmo.

No elenco, Keri Russell (Missão Impossível 3) lidera um elenco de nomes pouco conhecidos, mas que estão bem no filme: Dakota Goyo (o moleque de Gigantes de Aço), Josh Hamilton, Kadan Rocket e uma participação especial de J.K Simmons.

Dark Skies não vai mudar a vida de ninguém, mas pelo menos está acima da média do que temos por aí.

Os Suspeitos

Crítica – Os Suspeitos

Há tempos heu queria rever este ótimo filme de quase vinte anos atrás. Aproveitei uma promoção da Amazon com uma edição especial em blu-ray.

Um barco foi destruído, criminosos estão mortos, e a chave para este mistério está com o único sobrevivente e sua estranha e complexa história que começou com cinco malandros escolhidos aleatoriamente para uma linha policial.

Os Suspeitos é um ótimo filme de 1995, que tem dois trunfos: um roteiro perto da perfeição e um ator excelente e inspiradíssimo. Não à toa, o filme ganhou os Oscars de roteiro e de ator coadjuvante (Kevin Spacey).

Os Suspeitos foi o grande momento do diretor Bryan Singer. Antes, ele tinha feito apenas o pouco visto Public Access; depois sua carreira deslanchou. Veio o bom O Aprendiz e depois os elogiados dois primeiros X-Men. (Depois disso, parece que Singer perdeu a mão, Superman – O RetornoOperação Valquíria e Jack, O Caçador de Gigantes ficaram devendo. Ano que vem ele volta à franquia X-Men, será que volta à boa forma?)

O roteiro, escrito por Christopher McQuarrie (que ano passado dirigiu Jack Reacher), é muito bem arquitetado e tem um ritmo excelente. A trama é baseada em personagens muito bem construídos, e traz um dos finais mais surpreendentes dos últimos tempos.

No elenco quase todo masculino, o destaque é Kevin Spacey, mas podemos dizer que todos estão bem, mesmo atores que não têm currículos interessantes, como Kevin Pollack e Stephen Baldwin. Ainda no elenco, Gabriel Byrne, Chazz Palminteri, Pete Postlethwaite, Benicio Del Toro, Giancarlo Esposito e Suzy Amis.

Sobre a edição em blu-ray, tem um livreto bem legal dentro da caixinha. Pena que não tem legendas em português…

Por fim, recomendo Os Suspeitos para quem não viu. Mas, cuidado! Não leia nada sobre o final do filme!