Sinopse (catálogo do Festival do Rio): No verão de 1967, os EUA enfrentavam uma profunda inquietação social, com a Guerra do Vietnã e um número cada vez maior de casos de repressão racial. Durante os protestos em Detroit, a polícia local é chamada para investigar uma denúncia de tiros no Motel Algiers. Ignorando a lei, os policiais interrogam e torturam um grupo de afro-americanos, em um jogo mortal de intimidação. Ao fim da noite, três homens desarmados foram mortos e outros ficaram gravemente feridos. Baseado em uma chocante história real.
Acho que já comentei aqui. Preferia a diretora Kathryn Bigelow dos anos 80/90, quando ela fazia filmes divertidos (Caçadores de Emoções, Quando Chega a Escuridão, Estranhos Prazeres). Mas depois que ela mudou de estilo e passou a fazer filmes “sérios” (Guerra ao terror, A hora mais escura) ela passou a ser mais respeitada e ganhar prêmios (incluindo o Oscar). Então ninguém pode reclamar.
Bem, pelo menos ela continua muito boa no que se propõe. Detroit em Rebelião (Detroit, no original) é muito bem conduzido, por uma câmera nervosa, que coloca o espectador lá dentro da ação. A duração do filme é um pouco longa (2 horas e 23 minutos), mas, assim como aconteceu nos filmes anteriores, o filme nunca fica monótono. Bigelow sabe como filmar este tipo de filme!
O elenco é bom. O pouco conhecido Algee Smith manda bem não só interpretando como também cantando. Will Poulter tem cara de mau, e aproveita isso no seu policial mau caráter. Jack Reynor está completamente diferente do papel que fez em Sing Street. John Boyega, do novo Star Wars, está apenas burocrático. Ainda no elenco, Anthony Mackie, Hannah Murray e Kaitlyn Dever.
Detroit em Rebelião vai entrar no circuito. Boa opção para quem gosta do estilo!
p.s.: Com este Detroit, encerro minha participação no Festival do Rio 2017, voltarei aos filmes em cartaz no circuito. É, foram poucos, só 11 filmes este ano. Mas ano que vem tem mais…